The Crown - Livro 1 (Em revisão)

Capítulo 1

Eliza

Londres tempos atuais

Ela estava em um lugar escuro, encolhida contra o parapeito de uma enorme janela que desconhecia, chorando de medo e sentindo a aflição do que acontecia ao seu redor entrando na alma quando houve um grande estrondo, como se algo tivesse explodido parte do lugar onde estava, foi a hora que sentiu o chão começar a tremer que começou a correr, correr como se sua vida dependesse disso. Estava em busca de algo que não fazia idéia do que era. De repente passa a escutar a voz de uma mulher no fundo:

-Venha, nós não temos tempo!- sua voz era carregada de espanto e medo, ela se virou para olhá-la mas não conseguia ver seu rosto.Droga, todas as vezes em que visitava aquele lugar em seus sonhos era assim, era como se tudo fosse um eco distante. Optando por segui-la, acabam abrindo uma porta que dava para um tipo de corredor estreito que ia para algum lugar bem abaixo, depois o sonho muda completamente, indo para um lugar que não estava só com essa mulher e sim outras pessoas que também não conseguia ver seus rostos e nem ouvir corretamente suas vozes direito.

Eliza estava prestes a perguntar áquelas pessoas o que estava acontecendo, mas sua voz não saia e ela entrou em desespero, praticamente todas as vezes ela sentia aquele nó na garganta que não sabia explicar, aquilo era completamente angustiante. Não houve tempo de sequer conseguir respirar quando ela vê de relance um portal, e caiu, e caiu, como se fosse um penhasco sem fim.

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Acordo sobressaltada e ponho a mão na cabeça, ó céus eu tinha tido aquele sonho, pesadelo seja lá o que for outra vez, levanto da cama e desativo meu alarme que começa a tocar, isso me deixava irritada. Não que eu já não estivesse acostumada com isso, pois venho sonhando com a mesma coisa faz uns dois anos, apenas algumas partes mudam de vez em quando mas sempre é o mesmo lugar. Atualmente eu optava por ignorar, por meses tentei juntar algumas peças pra ver se consigo lembrar de algo, ou, se fosse algum tipo de comunicação comigo por mais bizarro que fosse, mas desisti, jamais chego à alguma conclusão. Caminhei e abri meu pequeno e humilde guarda roupa para escolher algo para vestir hoje, minha intenção era desaparecer antes que qualquer outro me visse e conseguisse me impedir de prosseguir com meus planos. 

Eu não sei se devo ficar feliz ou extremamente deprimida pelo fato de que meu aniversário de 17 anos vai ser daqui à duas semanas, eu nunca dei importância para essas coisas, mas eu espero conseguir fazer algo diferente, Praticamente todos os anos de minha vida desde que eu me entendo por gente, nos meus aniversários e de minha pequena irmã caçula Emmily, Kate e Patrick sempre optavam por nós e desde então praticamente todos os nossos aniversários eram em casa, o que se resumia em um inferno. Quando finalmente escolhi minha roupa suspirei de alívio, optei por uma calça jeans meio escura, uma blusa preta com uma jaqueta e meus tênis já gastos. Olho para o lado e vejo Emma ainda dormindo e relaxo um pouco, ela é a razão por eu agüentar tantas coisas por tanto tempo, sempre coloquei na minha cabeça que devo protegê-la custe o que custar. Abro a porta de fininho para que ninguém me escute, nesta manhã de férias minha intenção é sair de casa totalmente despercebida, cada minuto não pode ser desperdiçado, e depois eu voltaria bem mais tarde apenas com a notícia de que consegui um emprego, acredito que essa será a única forma de meus "pais" não tentarem me barrar, pois da última vez não deu muito certo, fiquei proibida de sair de casa por quase 1 mês, não gosto nem de pensar no que tive que inventar na escola depois disso com a pequena ajuda de Kate que pra variar é muito boa em mentir.

Passo no corredor e me deparo com o espelho, dou uma ajeitada em meus cabelos castanho médio, e por fim desço as escadas, ao chegar na sala quase pulo de susto quando escuto a voz mais irritante do mundo vinda da porta da cozinha.