Capítulo 10

123 14 0
                                    

Já no meu quarto diante da lareira, andando de um lado para o outro, eu estava quase arrancando os cabelos ao ligar os pontos definitivamente. Então a pedra era apenas um objeto na qual encontrava um grande possuidor de magia para ajudá-lo a concentrar seu poder, aquilo queria dizer que...

Que fora o seu próprio poder que se libertara quando ela tocou naquela pedra, e ele próprio que a tinha lembrado. Quando criança ela foi muito esperta ao deduzir que isso aconteceria. Ela mesma tinha escondido aquelas coisas lá então, agora suas lembranças vinham como um furacão em sua mente de como ela tinha feito aquilo, exatamente para que Kate e Patrick com suas poções de esquecimento não pudessem apagar o poder que ela tinha, aquele que a levara até ali, aquele que a fizera se lembrar, aquele que a fizera abrir uma porta naquela muralha invisível quando ninguém mais conseguiria, e que por mais incrível que parecia, a curara, duas vezes. Porque era essa a questão pensou ela com um sorriso, eles não poderiam arrancar seu poder por mais que quisessem ou fizessem-na perder a memória completamente.

Era isso...

Ao se deitar na cama ela só conseguiu adormecer depois de algumas horas, pensando e pensando em tudo que passara a se encaixar. E ao formular seus planos para o que faria no dia seguinte.

________________

Grunhindo ao fazer força para colocar suas botas momentos depois de acordar, Elizabetth terminou de se trocar com mais uma troca de roupas diferente que lhe havia sido trazido por Lianna e Trivya ao amanhecer, que a acordaram lhe anunciando o café da manhã que fora levado até seu quarto.

Neste dia, ela estava usando outra túnica, quase igual ao da noite anterior, só que de um azul Royal sob veludo, e uma calça preta, que fizera questão de pedir as suas criadas, que ainda insistiam dizendo que ela deveria usar um vestido. Ela as calava com apenas um olhar de súplica, mas se sentia bem com aqueles trajes, não estranha, mas se sentia bem, como se já estivesse acostumada com aquilo. Estava mais radiante e se sentindo mais leve, constatou por si mesma quando terminou seu banho, o que era estranho, mas muito bom ao mesmo tempo. Ao sair do quarto, foi direto até a enfermaria onde tinha sido informada logo de manhã que estaria sendo aguardada por lá para fazer alguns exames em sua memória. Sendo guiada pelos guardas que ficavam às suas costas,mas, para seu assombro, parte dela sabia exatamente aonde estava indo.Ao bater na porta, foi recebida por um sorriso caloroso de Jane, a médica chefe.

Ao entrar ela se depara com uma grande sala, cheia de artefatos médicos, com prateleiras, um canto com livros e uma mesa, provavelmente deveria ser o escritório. Era simplesmente espetacular aquela parte.

Quando se senta em uma cadeira diante de Jane, que era bastante morena, de cabelos cacheados meio contidos e um rosto muito bonito, ela não tivera tempo de reparar, até agora.

Depois de responder algumas perguntas sobre alimentação e sobre como se sentia, além de especulações sobre o que descobrira sobre seu poder até então e começar a examiná-la, com nada mais do que magia, incrível a ideia de que ela também a possuía. Depois de um determinado tempo de silêncio, ela finalmente volta a se pronunciar

- Parte de sua mente parece ter sido dado um nó, mas ao que também parece está meio frouxo, como se você tivesse tentado desamarrá-la, o que já é muito bom, não será preciso fazer muita coisa – terminou ela com um sorriso – logo ,logo estará se lembrando de tudo perfeitamente e estará tudo em ordem

- Consegue fazer isso? ... quero dizer, recuperar o que ainda não consigo lembrar – perguntei receosa

- Acredito que sim vossa alteza – disse Jane com um meio sorriso – preciso que sente-se e tente puxar seu poder das profundezas, acha que consegue fazer isso? – perguntou franzindo a testa em desafio

The Crown - Livro 1 (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora