06 | quem é Leon Reed St.John?

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Cause I'm a problem with problems, I know who I am
[Porque eu sou um problema com problemas, eu sei quem eu sou]
And I'm not no good
[E eu não sou boa]
You can have me tonight or never, I thought you understood
[Você pode me ter por essa noite ou nunca, pensei que tivesse entendido]
Baby, some people are meant to be loved
[Querido, algumas pessoas não foram feitas para serem amadas]
And others just make it
[E outras, apenas amam]
So take what I'm willing to give, love it or hate it, oh
[Então pegue o que eu tenho para dar, ame ou odeie, oh]

Zayn, (feat. Kehlani) — wRoNg 

Calum não sabia o que estava acontecendo

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Calum não sabia o que estava acontecendo.

Calum não fazia ideia de que, enquanto o grafite de seu lápis deslizava pela folha branca fazendo ruídos suaves e os traços de seu desenho eram formados, estávamos prestes a enterrar nossos pais.

Ele não fazia ideia de que eu estava destruída. E não fazia ideia do quão mais ficaria por ter que lhe explicar o que aconteceu.

E o lápis continua. A ponta gasta e as juntas dos dedos brancas. O coração esmigalhado. O sorriso inocente.

Sozinha. Meu pai e minha mãe morreram.

Qual é o sentido de tudo?

Onde está Ethan? Por que ele não está aqui agora? Por que parece nunca estar?

O grafite. Percorrendo traços pelo papel limpo e manchando sua antiga história.

Aperto as pálpebras, segurando o copo de vidro com mais força do que o recomendado. É essa porra desse barulho que Gwen está fazendo enquanto passa a limpo suas anotações.

Gwen Evans está um semestre atrás de mim, e meu trabalho será orientá-la com a cadeira de Desenho da Figura Humana. Eu, particularmente, sempre fui boa com pintura, esboços e afins, mas Gwen parece ter certa dificuldade. Ela terá o trabalho e progresso avaliado no fim do semestre, em conjunto com um seminário; eu serei avaliada como orientadora e por minhas capacidades nessa matéria, por tabela com os resultados dela. É imprescindível que essa garota saia bem e que eu faça alguma coisa útil por aqui.

A loirinha é meio insegura, introvertida, mas muito sorridente. É como se ela pudesse ver flores e pássaros até mesmo dentro da jaula de um leão.

Eu gosto dela. Há algo tão natural e gentil nos sorrisos e na forma com a qual ela organiza suas observações tímidas que me faz sentir bem. Sem precisar estar sempre esperando por algo; sem ter que estar sempre na defensiva.

Viro o restante da água na pia e dou a volta na ilha, apoiando os cotovelos sobre a bancada e observando seus últimos rascunhos.

— Se você usar mais delicadeza com o lápis, — pouso o indicador sobre o traço os cílios e da íris. — vai conseguir mais sutileza e destaque na hora do sombreamento e dos detalhes que você precisa deixar mais... Intenso.

Amnésia (vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora