36 | volto para você em um minuto.

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Preciso de outra história
Algo que saia do meu peito
Minha vida está entediante
Preciso de algo que eu possa confessar

Até todas as minhas mangas estão manchadas de vermelho
De todas as verdades que eu disse
Venha, honestamente eu juro

Pensei que você tinha me visto por um instante, não, eu tenho andado à beira de um precipício, então

Não há razão
Não há vergonha
Não há família
A quem eu possa culpar
Não me deixe desaparecer
Eu vou lhe contar tudo

Diga-me o que quer ouvir
Algo que agradará os seus ouvidos
Cansado de toda esta insinceridade
Então abrirei mão de todos os meus segredos
Dessa vez
Não preciso de outra mentira perfeita
Não me preocupo se as críticas nunca aparecem de uma só vez
Eu estou me desfazendo de todos os meus segredos

SECRETS — ONE REPUBLIC

Se você me perguntar no futuro sobre a noite de Halloween em que eu me fantasiei de mulher gato, eu morrerei antes de admitir que sim

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Se você me perguntar no futuro sobre a noite de Halloween em que eu me fantasiei de mulher gato, eu morrerei antes de admitir que sim. Sim, eu me fantasiei de mulher gato para vir à noite de Halloween no Red Nightmare porque meu irmão meio que implorou. Afinal, se eu não viesse significaria que Gwen também não viria, e por sua vez, eu teria que usar a violência para manter a bunda festeira do meu irmão quieta para que ele não arriscasse estragar as coisas com ela.

— Você não parece feliz, Young — Caden disse próximo ao meu ouvido, cruzando por mim e ocupando o lugar vazio ao meu lado no bar. — E, sério? Mulher gato? Eu esperava mais de você.

Eu tombei minha cabeça para ele, uma dose de vodka no drink em minha mão suspensa no ar. Meu olhar percorreu sua calça social preta até a camiseta cheia de lantejoulas pratas reluzindo a cada passagem das luzes estroboscópicas que passeavam pelo lugar. Seguindo até seu rosto, ele tinha a barba coberta de glitter prata e uma tiara branca brilhante entre os fios negros de seus cabelos na altura do pescoço.

— Que. Porra. Você. Tá. Vestindo? — eu indaguei ceticamente, girando meu corpo de frente para ele, nossos joelhos batendo um no outro. — Minha nossa, Burns. Você 'tá mesmo uma gracinha!

Sério? — ele se endireitou, parecendo genuinamente contente com minha opinião. — Nenhum palpite?

Levantei uma sobrancelha, tentando outra análise. Então, Caden enfiou a mão no bolso da calça e retirou dali um pequeno bastão dourado com uma estrelinha de plástico, que parecia vidro, na ponta. Ele girou o pulso com a varinha e com a outra mão fez um gesto como se estivesse jogando alguma coisa em mim, mas sua performance fora interrompida por minha gargalhada ainda mais alta que a música reverberando entre nós dois.

Amnésia (vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora