11.1 | detalhes, memórias e queda.

4.2K 451 522
                                    


Não era o planejado, mas vamos de meta outra vez? O capítulo acabou ficando longo demais ;/

VAMOS DE 100 COMENTÁRIOS? ATUALIZO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! Vocês vão amar o 11.2 rss.

Minhas mãos tremem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minhas mãos tremem.

Odeio meu ritmo cardíaco neste momento.

A sensação era como ter engolido uma pedra a cada esquina.

Ethan está batucando o pé no chão incessantemente, e então bate na porta com mais agressividade.

Eu também sinto essa coisa. Essa preocupação. E me acho ridícula enquanto permaneço em total silêncio ao lado de Ethan, encolhida por causa do frio que a chuva torrencial trouxe consigo. E por causa da chuva que peguei com Ethan correndo até a portaria do maldito prédio porque não havia vaga para estacionar.

Estou pensando seriamente em dizer a Ethan que vou chamar um Uber para mim; ele estava tão aflito que sequer queria saber se eu gostaria de ficar em casa. Vendo o estado do meu irmão agora, fico feliz que Leon tenha o perdoado, porque ninguém que fez aquilo por maldade estaria com os olhos imparáveis correndo por cada dobradiça da porta.

Ah, a porta. Branca de madeira maciça. Ela se abre.

E toda minha empatia vai por água abaixo quando as duas figuras se apresentam descabelados diante de nós dois. As expressões se resumem a constrangimento, exasperação e confusão.

E, claro, existe eu:

— Mas que porra é essa, St. John? — eu exclamo, jogando as mãos para o ar. — Eu juro que se meu irmão tivesse apenas derrapado nesse caralho desse asfalto molhado, eu arrancaria o...

Ethan dá um puxão na ponta do meu cabelo e arregala os olhos para mim como se dissesse “para”. Eu ignoro, me voltando brevemente para a garota loira parada ao lado de St. John. Ela quer rir, mas se limita a beijar a bochecha do loiro e murmurar um pedido de licença para mim.

Ethan está muito confuso. St. John está muito confuso e perplexo.

Quando Ethan disse, com tamanha urgência que o tal do pai de St. John estava aqui, eu pude pensar em mil e uma situações. Nenhuma delas incluía o zíper do jeans dele aberto e muito menos a visão terrivelmente atraente de suas tatuagens. Nem os cabelos assanhados. Nem as linhas em “V” que seguem para... Minha nossa.

Brava, sim. Eu estou brava.

— Certo, vocês tem que entrar. Aparentemente, meus vizinhos não gostam de barraco. Eu só precisei de sete advertências do síndico para entender.

O loiro nos dá passagem e Ethan entra primeiro, sigo logo após ele.

O apartamento é bonito, mas a faísca acolhedora está intensa no centro dele. A cozinha fica para a direita, separada por meia parede que serve como balcão. O piso é de madeira engenheirado, e o tom escuro contrasta com as paredes acinzentadas correndo para um azul. O tom lembra o amanhecer. É... Interessante. Com uns sete passos eu desço os dois degraus que levam ao piso inferior onde está a sala, e eu realmente gosto do que ele fez por aqui. Há um som distante de vozes, mas minha inspeção é mais interessante do qualquer besteira que esses dois estejam enrolando. Afinal, pensar que era algo sério e encontrá-lo com uma loira gostosa meio que reprime todo o tipo de preocupação que eu desenvolvi em dez minutos.

Amnésia (vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora