Por que Shivani nunca aceita algo meu logo de cara? No começo da nossa amizade eu entendia mas agora não tem porquê. Ela recusa carona, ajuda financeira, acompanhamento, tudo. E eu juro que eu só queria saber o porquê de tudo isso. Talvez ela ache que eu queira algo com ela e esteja fazendo isso pra a conquistar, mas não é isso. Eu quero fazer ela feliz e a proteger de tudo e todos, sei que ela não é frágil mas pra mim é como se ela fosse um pequeno bebezinho que precisa de todo amor e carinho. Eu imagino que ela tenha sofrido por muitas coisas no passado, um passado que ela nunca se aprofundou, e talvez seja isso que faça ela se afastar de mim ou talvez ela tenha medo de mim, ou talvez seja os dois. Mas eu realmente espero que seja so algo da minha cabeça. Respiro fundo, olhando para a entrada do hospital. Remexo meus fios do couro cabeludo e me apoio um pouco mais na porta do carro. Eu estava no estacionamento do hospital, esperando a Shivani sair para voltáramos pra minha casa, pegarmos a Maya e eu levar as duas para as suas casas. Vejo de longe uma silhueta que eu conheço bem, era ela. Olho pro ponteiro do relógio e vejo que ela nem sequer passou 15 minutos lá dentro. Quando a mesma chegou perto de mim e eu perguntei.– já? - nesse mesmo instante me desencostei da porta e a abri para ela entrar.
– Eu quase perdi o horário da visita, já tava no finalzinho e a enfermeira me deixou ficar mais alguns minutinhos. - ela sorri e eu dou a volta no carro pra chegar no banco do motorista.
– e como ela está? - perguntei quando sentei e enquanto ela colocava o sinto.
– Muito bem na medida do possível - ela sorri e eu dou partida no carro - ela está muito grata pela a ajuda e disse que vai fazer um almoço de agradecimento quando ela estiver melhor e liberada para cozinhar. - ela diz rindo a última frase.
– Imagino que deve ser delicioso, sempre dizem que comida de vó é a melhor - digo sorrindo. Eu nunca tive avós presentes então eu não sei o que é ter esse prazer de almoçar algo que minha avó fez.
– sobre o dinheiro - eu tento interromper e dizer que não precisa falar nada mas ela interrompe a minha interrupção - eu vou pagar cada centavo, vou pegar um empréstimo no banco e trabalhar até consegui todo o dinheiro. Se você quiser eu posso ir pagando em parcelas, posso ir dando setecentos dólares ao mês. Você que decide - ela diz afobada.
– Shiv, você não precisa pagar nada - digo olhando de relance. Ela balança a cabeça, negando - encare isso como um presente, então.
- Bailey, é muito dinheiro. O que seus pais vão pensar de mim? Que eu sou uma interesseira? Além do mais eles podem usar esse dinheiro pra outra coisa, sei lá, dá entrada num carro ou em um apartamento. Eu não posso aceitar.
– Eles não tem que achar nada. O dinheiro era da minha poupança ou seja era meu. - menti.
– não, não era seu dinheiro - ela diz irritada - era o dinheiro dos seus pais. O dinheiro batalhado e suado deles e não seu. Além do mais era da sua poupança você poderia usar pra comprar qualquer coisa pra você. Serio, todo mês eu vou te depositar 700 reais. Pode me dizer sua conta.
– Do mesmo jeito que você não aceita uma ajuda ou não aceito seu pagamento. -eu já estava irritado - caceta, Shivani. - aumento um pouco meu tom de voz mas logo me arrependo e abaixo o mesmo - eu só quero te ajudar, porra.
– MAS EU NÃO PRECISO DE AJUDA. - ela diz alto, no meu mesmo tom de antes.
- PARA DE SER ASSIM! Eu não quero seu mal e Eu não fiz isso com outra intenção. Além do mais, o dinheiro é meu e eu uso no que eu quiser. - respiro fundo, me calmando - admitir que precisa de uma ajuda e aceitar uma não vai te fazer menos forte. - digo a olhando. A mesma fica em silêncio. E esse silêncio se estabelece até o final da viagem.
Já havia deixado as duas em casa e eu, finalmente já estava em casa de novo. Infelizmente, quando eu cheguei meus pais haviam chegado de viagem. Tentei passar pela sala sem ser percebido mas não deu certo.– Trouxe um presente pra você, filho. - minha mãe diz animada. Dou um sorriso amarelo, já no pé da escada.
– Obrigado, mãe. Da pra Yon que ela guarda e depois me dá. Eu estou cansado, vou ir dormir. Boa noite.
– Quem manda ficar na balada até tarde. - meu pai diz ríspido.
Reviro os olhos e subo as escadas indo para o meu quarto.
Me joguei na minha cama, sendo abraçado pela mesma. Respirei fundo e pude sentir o seu cheiro no quarto.
É, eu havia discutido com ela pela primeira vez.
NOTA DA AUTORA
Oiiii, gente. Tudo bem? Por aqui o meu teclado resolveu bugar e a letra "a" só funciona quando quer. Só eu sei a luta que está sendo digitar 😑
O que ces acharam do cap de hoje? ❤️ até domingo 🥰
Beijos de glitter ✨
(ANTES DISSO VCS VIRAM ISSO AQUI:
Sim, gente. Ele admitiu que tá apaixonado por mim 😍😍❤️❤️🥺🥺
A Shivani que lute ✊🏻
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O inesperado - Maliwal / Shivley
FanfictionOnde Shivani teve que abandonar sua maior paixão, a dança, para conseguir cuidar e sustentar Maya, sua irmã de três anos. Em um dia comum, Paliwal conhece Bailey May, um estudante de engenharia civil do quinto período e seu futuro aluno de monitoria...