41. Bailey

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Escuto o despertador tocar e logo abro meus olhos, assustado. Olho o relógio e vejo que está na hora da Yonta ir para a escola. Olho para o lado e observo a minha pequena dormir no outro lado da cama, sorrio ao ver a cena. Me estico até ela, mesmo sentindo todo meu corpo doer, e passo a mão em seus cabelos tirando-os do seu rosto.

– Acorda, pequena! – a cutuco e a mesma remexe – o sol já nasceu na fazendinha e já acordou o bezerro agora só falta a Yontinha.

– Como você consegue me irritar nos primeiros minutos do dia? – ela diz. Ela odeia essa "música" eu cantava para ela quando era menor, e ela amava mas hoje em dia ela odeia mas eu canto hoje em dia de propósito.

– Algumas proezas só eu consigo fazer – digo me gabando e a minha irmã, que ainda nem abriu os olhos, vira para o lado oposto que eu estou e se cobre com o cobertor.

– Vou contar até três, se você não se levantar eu vou começar uma série de cosquinhas em você.

– Você não ousaria – sua voz sai abafada.

– Você sabe que sim – digo confiante

– TÁ BOM – ela diz se levantando, fugindo de mim – eu vou me arrumar, tchau.

– Ei – eu a chamo e a mesma me olha já na porta – cadê meu beijinho de bom dia? – ela revira os olhos e vem até mim dando um beijo na minha bochecha.

– Bom dia, Bay.

– Bom dia, Yon. -

(...)

Me manti deitado na cama depois que a Yonta saiu do quarto. Tudo em mim doia, do fio do cabelo até o dedinho do pé. Apesar dele ter acertado meu rosto, era como se um caminhão tivesse me atropelado. Até porque ele me derrubou no chão, ou seja a pancada me deixou dolorido. Apesar disso, eu queria fazer uma supresa para a shivani. Aparecer na casa dela para levá-las a seus compromissos, escola e trabalho, mas duas coisas me impediam: a dor e as marcas. Meu rosto estava marcado e roxo e ,provavelmente, isso assustaria a Shivani que não tem ideia do que acontece aqui em casa. Não gostaria de deixá-la preocupada então preferi ficar em casa mas especificamente na minha cama, pois não queria trombar com meu pai pela casa.

Passei o dia jogado na cama, mexendo no celular e jogando FIFA . Comi apenas o que minha irmã trouxe escondido, dois sanduíches de queijo com presunto, pois meu pai havia dado uma ordem de nenhum dos meus empregados me levassem comida. Faltei a faculdade também, afinal a Shivani estaria lá e ela provavelmente me veria nesse estado então optei por não ir. Menos uma preocupação, quer dizer, nem tanto. Pois como não fui, a Shivani voltará de ônibus sozinha para casa, naquela avenida escura, sem contar, que ela ainda passará na casa da Sofya para pegar a Maya. Eu não vou deixar as duas em perigo.

Levanto da cama em torno das sete da noite, desço as escadas levemente para que não chame atenção de ninguém, principalmente do meu pai, e vou em direção da cozinha.

– Finalmente, senhor Bailey, saiu daquele quarto. – a dona Lena, a nossa cozinheira, diz. – Meu deus, meu filho – ela diz surpresa ao me olhar e se aproxima de mim– quem fez isso com você? – ela diz passando a mão sobre meu rosto.

– Você sabe quem. – digo sorrindo fraco, não queria deixar o clima tão pesado.

– Oh – ela balbucia provavelmente chocada.

– Onde está o Frank? – pergunto.

– Está lá fora, meu filho. – a mesma diz saindo do seu transe – Se cuide por favor – ela completa.

– Pode deixar – digo beijando a sua testa e indo em direção do jardim de trás.

Vejo o Frank de longe, encostado no carro conversando com um dos nossos seguranças.

– Meu deus – ele diz ao me olhar. Vejo pelo olhar periférico o segurança me olhando com pena.

– Frank, tem como o senhor fazer um favor para mim?

– Obvio, Meu menino. Diga.

– Você poderia ir na minha universidade e levar aquela amiga minha até em casa?

– Seu pedido é uma ordem. De que horas eu saio daqui?

– As oito e meia pois ela larga de nove horas. Ela te diz o caminho até a casa dela, na verdade vão ser dois percursos. – digo o olhando e o mesmo concorda com a cabeça – Você lembra dela né?

– Lembro, so não lembro o nome.

– Shivani, Shivani Paliwal.

– Ok. Quando eu tiver saindo eu lhe aviso.

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NOTA DA AUTORA

Sei que o capítulo foi uma tremenda bosta mas os próximos vão melhorar.

Vou tentar trazer outro cap quarta mas não sei se vai dar! Não é uma promessa tá?

Enfim, como tá o carnaval de vocês? Eu estou viajando.

Beijinhos e até o próximo ❤️😙✌🏻

O inesperado - Maliwal / ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora