Depois de ter preparado o brigadeiro e a pipoca, fui até a sala, a encontro da minha irmã e da Shivani. Quando cheguei as mesmas riam de algo, que eu não tinha ideia do que era. Mas gostei, pois pude apreciar o sorriso da Shiv. Sei que é entranho, afinal eu só falo ela a quase três meses, então é como se eu não conhecesse ela tão bem. A Shivani é uma pessoa muito fechada, nesses três meses eu não sei quase nada sobre a familia dela ou sobre o íntimo dela, sabe? Talvez ela não confie em mim o suficiente pra me contar o que rolou pra ela morar com a avó paterna. Eu só sei o básico de sua história: sua mãe era indiana e que veio para a Califórnia com vontade de crescer na vida, que a mãe dela morreu no parto da Maya e que ela mora com a avó paterna. Tirando isso eu não sei quase nada sobre ela. E talvez seja esse segredo que me deixe mais interessado sobre ela. Eu sempre tive mulheres jogadas aos meus pés, pelo falo de eu um rostinho bonito e um sobrenome de poder, e ela é e foi uma das únicas que nunca se jogou em mim. Ela não liga para meu sobrenome, minha família e seu status, muito menos pro meu dinheiro. Talvez seja tudo isso que me atraí nela, sem contar com a sua beleza imoral. Sua pele cor de avelã, seus olhos castanhos, seu corpo, mesmo que com poucas curvas comparado a outras mulheres, seu cabelo meio ondulado meio liso castanho forma combinação perfeita.Ela me faz sentir diferente. Minhas mãos suam quando eu estou ao seu lado, meu coração acelera quando ela ri de alguma palhaçada minha, sempre que ela comprime os lábios quando está com vergonha me dá uma tremenda vontade de beija-lá, ela me faz querer estar sempre perto dela, e por algum motivo inexplicável, eu sinto vontade de protegê-la, mesmo sabendo que ela não é frágil, na verdade não passa nem um pouco perto disso.
O Noah me disse, antes de namorar com a Sina, que mãos suarem, coração acelerado e vontade constante de estar perto, são alguns de milhares de sintomas da paixão. Apesar de estar sentindo tudo isso, eu não acredito que esteja apaixonado. Estar apaixonado, é algo muito forte pra se falar agora, quem sabe num futuro próximo? Eu gosto da Shivani, isso eu já percebi. Desde que a vi pela primeira vez ela me chamou atenção, ela tinha uma beleza única. Depois que eu conheci eu percebi que ela não era só bonita por fora, era por dentro também.
– Vai ficar parado aí mesmo, mané? - a Yonta me tira dos meus devaneios.
– Não - disse me jogando no sofá, do lado da Shiv, e olho de relance para a televisão e vejo, infelizmente, as letras bem grande anunciando que iríamos assistir High school musical - AH NÃO - reclamei - de novo não! Yon, você já assistiu esse filme milhares de vezes!!! E eu tenho certeza que a Shivani já assistiu MILHÕES de vezes também - disse olhando para as duas, a Shivani ria do meu desespero e a Yon fez uma cara de deboche enquanto comia a pipoca - Você não vai fazer eu e a Shiv sofrer não, né?
– Para a sua informação, foi a Shivani que indicou esse filme.
– AH, NÃO - digo olhando para Shiv que apenas ria do meu desespero - A gente ia assistir outra coisa porque vocês mudaram?
– Porque eu indiquei outro filme melhor? - a Shivani disse simples mas eu pude sentir um pouco de deboche na sua fala. Faço uma careta e encaro o teto com a cabeça apoiada no encosto do sofá. - esse é um clássico, Bay. Não importa se já assistirmos bilhões de vezes, nunca vai perder a graça e a magia.
– Ou é isso ou é maratona de filmes da Barbie. -olho incrédulo para a Yon.
– Vocês se lembram de alguma vez que eu reclamei de assistir High school musical hoje? Porque eu não imagino um filme melhor pra assistir que esse - digo fingindo animação e dando uma colherada no brigadeiro. A Shivani ria de uma forma contagiante, me fazendo rir fraco, junto com ela. – Tó - eu disse erguendo a colher, cheia de brigadeiro, perto da boca da Shivani. - é bom. É uma mistura de leite condensado e chocolate em pó. Não tem como ficar ruim, prova. - disse colocando a colher mais perto de sua boca.
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O inesperado - Maliwal / Shivley
FanficOnde Shivani teve que abandonar sua maior paixão, a dança, para conseguir cuidar e sustentar Maya, sua irmã de três anos. Em um dia comum, Paliwal conhece Bailey May, um estudante de engenharia civil do quinto período e seu futuro aluno de monitoria...