Saí do apartamento do meu pai biológico totalmente sem rumo, eu sabia o que tinha que fazer para ajudá-lo e iria ir até o fim nisso, sendo a cura ou a morte.
Deixei as gotas de chuva me molharem e minhas lágrimas logo se misturaram a elas. Eu achava que me sentiria aliviada, mas meu coração só estava mais apertado do que a hora que cheguei.
Fui a pé para a casa e entrei ensopada no elevador. Desci e abri a porta do apartamento, sequei os pés no tapete da entrada, passei na área de serviço e joguei minha roupa molhada na máquina e saí andando direto para o chuveiro.
Como era possível que meu coração estivesse tão esmigalhado por um homem que, até pouco tempo atrás, nunca tinha se importado comigo?
Saí do chuveiro, me enrolei numa toalha, fui até o quarto, coloquei o pijama e deitei na cama onde fiquei pelo resto da tarde e da noite.
Quando Yasmin chegou em casa eu já estava dormindo e ela não me acordou, só percebi que minha irmã tinha estado ali quando acordei quatro da madrugada e vi um bilhete dela no meu criado mudo.
"Tem comida chinesa na geladeira para você, fiquei com pena de te acordar. Amanhã conversamos, beijos".
Meu estômago estava embrulhado e meu coração permanecia apertado. Antes de tomar qualquer atitude eu sabia o que tinha que fazer... Tinha que conversar com a doutora Kayla, vulgo minha mãe, e ouvir a versão dela da história.
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Minha mãe é uma mulher que sofreu muito na vida e a morte do meu pai realmente afetou ela de um jeito inimaginável.
Assim que entrei dentro do apartamento dela me senti num quartel. A coitada da empregada, dona Nilde, estava esbaforida enquanto minha mãe empacotava as coisas do meu pai.
- Oi Gio, tudo bem com você?
- Mais ou menos, Nilde... E por aqui? Como andam as coisas?
- Corridas...
- Percebi...Então fui até a minha mãe e a abracei. Ela parecia apressada, até demais:
- Podemos conversar?
- Que foi, filha?
- Mãe, é sério...Fiquei encarando a minha mãe que andava de um lado para o outro e dava ordens para todos.
- Pode falar, filha...
- Eu queria falar só com você, sabe? - olhei para os dois funcionários que pegavam as caixas da pilha.
- Precisa ser hoje? O caminhão da instituição vem aí logo mais pegar as coisas...
- Se não precisasse ser hoje eu teria vindo amanhã... Sabe?
- É urgente?
- Mãe!Me levantei e parei na frente dela com os braços cruzados.
- É muito importante, eu tenho medo de fazer uma coisa errada!
- Uma coisa errada? Sobre o que quer falar exatamente?Ela não estava me dando outra opção:
- Sobre o Davi Lima, meu pai biológico, sabe?
Então ela parou tudo o que estava fazendo, colocou a mão no meu ombro e disse:
- Vamos para o meu quarto...
________________Pessoal, estou com um problema de saúde chamado periodontite e não estou conseguindo atendimento no hospital público, então peço encarecidamente que orem por mim e vou deixar a minha chave PIX caso alguém queira me ajudar a comprar medicação para tentar cessar a minha dor:
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______________Oi gente, o cursinho está pegando pesado com a gente e vou tirar uns dias para colocar a matéria em dia, então se desaparecer vocês me perdoem.
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Nosso universo particular - Livro 08 (Série Família Cavallero) [Concluído]
RomanceGiovanna Cavallero Adkins não tinha do que reclamar, no ano anterior concluiu o curso de publicidade e propaganda, seu canal do YouTube bateu três milhões de inscritos e cinquenta milhões de visualizações e finalmente ela tinha superado o pé na bund...