Lauren viu em Watertown e em seus novos pais adotivos uma chance de recomeçar e talvez até de ser feliz, mas quando Chris, a pessoa mais importante da sua vida desaparece em condições misteriosas, ela vê um novo mundo antes inimaginável se formar di...
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Camila se levantou e eu andei rápido para subir no palco pela escada, como qualquer pessoa normal faria, professora Marin nem podia ser chamada de senhora, era uma moça loira e não aparentava ter mais do que 30 anos e ela realmente era agradável e até engraçada, falou sobre a história do teatro, pelo que observei parece que toda aula um aluno trazia algum assunto para ser falado em aula, depois fizemos um exercício de respiração.
— Boa galera! — Ela bateu palmas. — Agora eu quero uma roda! — Disse fazendo os alunos abrirem um círculo no meio do palco. — Quero que escolham um animal para ser você, qualquer animal!
Vi alguns meninos começarem a imitar macacos e começarem a discutir para saber quem seria o macaco.
— O que você é? — Camila perguntou.
— Não sei, o que você é?
— Eu sou um lobo! — Ela me olhou serrando os olhos e andando de cabeça erguida se aproximando de mim, seus olhos não desgrudaram dos meus e alguma coisa naquilo me deixou paralisada, sentia a boca seca e passei a língua rapidamente pelos lábios a fazendo sorrir de canto, ainda com os olhos em mim.
— Lobos não andam em dois pés! — Disse tentando me lembrar como era respirar.
— Abre a sua mente! — Ouvi uma voz vindo de trás de mim me assustando, me virei e era a professora. — Você pode ser o que quiser e demonstrar como conseguir. Agora, que bicho você é?
— Um gato! — Respondi rápido.
— Gato? — Vi o rosto de Camila se contorcer em uma careta.
— É!
— Porque um gato? — Quis saber.
— Não sei! — Dei os ombros.
— Esse vai ser o exercício da semana que vem! — Marin disse em voz alta para todos os alunos ouvirem. — Quero saber o porquê desse animal, agora estão dispensados.
— Qual é, um gato? — Camila continuou reclamando.
— Porque um lobo? — Perguntei quase me sentindo ofendida.
— Eles são lindos! — Ela deu os ombros enquanto andávamos.
— Um cachorro do mato! — Provoquei.
— Um animal livre, mas um gato? Fica lá miando e soltando pelo pela casa!
— Eles caem em pé, joga um cachorro e vê se ele cai em pé!
— Quem seria sem coração de jogar um pobre cachorrinho? — Ela disse e eu ri.
— Então admite que lobos são cachorros?
— Não! — Ela fechou a cara fazendo um bico até fofo.
— Agora eu preciso de um bom motivo para ser um gato! —Revirei os olhos.
