36| a subjetividade do amadurecimento

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As xícaras de café iam esfriando tranquilamente enquanto papéis eram olhados, relatórios feitos e contratos, assinados. Com poucos dias assumindo a empresa, Baekhyun já estava odiando a monotonia e ao mesmo tempo se acostumando com ela.

Talvez ele só estivesse ainda suportando tudo aquilo porque tinha Kim Hyeri ao seu lado, dando-lhe apoio e direção. Hyeri era uma velha amiga, que ele perdera o contato depois que ela resolveu terminar o ensino médio no exterior, nos Estados Unidos, e agora ela era sua noiva.

Sr. Byun tirou Suji do caminho da empresa assim que viu as intenções que o pai dela tinha, e não, Suji não tinha planos de dar um golpe em Woobin, todavia seu pai conseguia entrar, mexer em alguns papéis se necessário e sair. Talvez Woobin fora extremista demais, podia apenas ter negado o acesso do irmão, mas era uma oportunidade única de colocar o filho no cargo.

Era isso ou ele daria um jeito de incriminar Suji e seu pai.

E essa era uma das coisas que Baekhyun tinha a perder, mas ele nunca admitiria ver seu pai colocando sua prima na cadeia.

Depois disso, o velho Byun resolveu unir forças com o pai de Hyeri, o qual tinha uma empresa de publicidade altamente renomada até no exterior, logo, para ele seria vantajoso se Baekhyun resolvesse se casar com a filha do homem; seus negócios tenderiam a crescer.

Mas não era isso que os filhos dos milionários queriam.

— Eu simplesmente odeio aquele velho. — a loira se referiu ao advogado de ontem que não parava de olhá-la, sem nenhuma discrição.

— Sinto muito por ontem, se eu pudesse teria feito algo.

— Como o quê? — ela riu. — Iria quebrar a cara dele? Sabe que se quer sobreviver nesse mundo, não pode simplesmente deixar os instintos agirem como bem quiser. — ela fez uma pausa pasando a fazer uma massagem nos ombros alheios. — Usar as palavras para machucar o ego desses velhos é a melhor opção.

Usar as palavras para machucar...

Baekhyun estava quase tirando nota dez neste quesito. Primeiro mentia para seus melhores amigos e depois magoava Chanyeol, e sinceramente? Ele não aguentava mais ter que discutir com Park, omitir coisas e mentir sobre outras, mas no momento, ele só podia fazer isso para manter Chanyeol seguro assim como o resto de Exodus.

— Era ele, não? — a mulher perguntou assinando alguns papéis, sem fitar o outro, mas sabendo que tinha seus olhos em si.

— Sim. — respondeu sabendo que ela se referia a Chanyeol. — Os outros estavam lá também.

— Acho que deveria esclarecer a situação para eles, talvez seja a melhor forma de mantê-los seguros.

— Tsc, se eu contar daí quem não vai estar seguro é o meu pai. — sorriu de lado imaginando a cena que Jongdae e Sehun fariam, ao lado de um Kyungsoo bravo, porém quieto e com Chanyeol observando a situação sem saber o que fazer. — Não, vamos ter que sair desse problema por nós mesmos.

— Irei te ajudar no que puder.

Ela sorriu tentando de alguma forma, conforta-lo. Mas não conseguiria com êxito, porque o único conforto que ele queria no momento era ter Chanyeol ali, ao seu lado, dizendo que tudo ia ficar bem.

Mas por hora? Isso era era sonhar com o impossível.

***

As costas não doíam mais depois que uma pomada foi passada no local da queimadura, no entanto doíam, agora, pela posição que Chanyeol resolveu dormir: com o peitoral jogado sobre o volante e a cabeça encostada, quase caindo toda hora para o lado.

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⏰ Última atualização: Jun 25, 2021 ⏰

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