》 CAP. 24 《

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Estou com uma dor de cabeça horrível e agradecendo que é fim de semana por que eu não sou um ser humano digno hoje, a campainha tocando horrores só me confirma que eu não quero nem me mover.

- Edgar.- chamo.- Vai atender a porta.

- Dessa vez não Preta, eu tô morto.- responde com a cara enfiada nos travesseiros.

- Por favor.- choramingo.

- Não, deve ser seu pai e é sua vez.- fala.

- Estamos no seu apartamento.- respondo desistindo e levantando.

Estou um bagaço vestida com uma camisa do Edgar, short e meu cabelo parecendo uma revolução mas mesmo assim vou atender a porta. Assim que eu abro vejo a Maria e o Sr. Q com sorrisos enormes no rosto e acho isso muito estranho.

- Parabéns.- fala a Má me abraçando elétrica.

- É meu aniversário?.- pergunto confusa.

Meu raciocínio está longe de ser homo sapiens com essa ressaca.

- Não, quer remédio para dor querida?.- pergunta o Edward carinhoso.

- Sim, eu tô morrendo de ressaca.- respondo indo para a cozinha onde a Maria já está.

- Eu disse que eles estavam super bêbados.- fala o Queiroz mais velho entrando na cozinha comigo.

- Mas isso não importa muito.- responde a Maria sem tirar o sorriso no rosto.

- O que não importa?.- pergunto tomando o remédio.

- O pedido, você não lembra?.- pergunta a Maria confusa.

- Maria mulher pare de fazer perguntas, acabamos de acordar ela.- repreender o senhor Edward e ela volta a fazer o que estava fazendo.

Descanso minha cabeça sobre o balcão da cozinha sentada enquanto tento pensar o que aconteceu depois do karaokê, afinal ficamos bêbados ao ponto de cantar " Señorita - Shawn Mendes feat Camila Cabello" publicamente, mas quando o Sr. Q colocou o café na minha frente e levantei para tomar o primeiro gole eu lembrei de tudo.

- Meu Deus o Edgar me pediu em casamento.- grito em choque e me arrependo no minuto seguinte.

- Ela lembrou.- comemora sorrindo a Maria.

- Na frente de todo mundo do bar depois de cantar a música...- continuo divagando nas lembranças da noite anterior.

- Ela tá lembrando de tudo, será que já posso pedir netos?.- fala o Edward olhando para mim sorrindo.

- Meu Deus, estávamos muito bêbados.- falo por fim.

- Sim, mas um pedido de casamento é um pedido de casamento.

- Mas a gente nem estabeleceu que namoramos.- digo tentando formar uma linha de raciocínio.

- Vocês moram juntos como nômades que sempre variam de lugar, aqui ou no seu apartamento.- fala o meu sogro?

- Preta, você também lembrou do pedido de casamento?.- pergunta Edgar parecendo que tinha tomado banho.

- Lembrei da loucura que fizemos Edgar.- respondo a ele.- Você não tava dormindo?

- Assim que você saiu da cama, eu não conseguir dormir imediatamente e lembrei de tudo.- respondeu sentando do meu lado e pegando meu café.

- E tá tranquilo?.

- Sim, você aceitou, porque eu estaria desesperado?.- pergunta confuso.

- Aquilo foi uma loucura.- falo olhando para ele.

- Foi até bonitinho, você não pode simplesmente desistir de casar comigo.- fala com um biquinho.

- Edgar, você cantou uma música na frente do bar inteiro, no fim pegou um guardanapo na nossa mesa, amarrou no meu dedo e se ajoelhou me pedindo em casamento.- relato o acontecimento.

- Exato e você aceitou, nosso amigos adoraram.- fala sem tanta agitação porque sei que a ressaca está matando nos dois.

- Estavam tão bêbados quanto nos.- digo para ele.

- Preta eu tenho meu sim, então vamos nos casar.- fala e me beija de leve.

- Vamos ver.- falo simples.

- Todo mundo concorda não é?.- pergunta e o seu pai e a Maria balança a cabeça em confirmação.

- Eu não sou todo mundo.- digo.

- Você já me disse isso uma vez, olha onde estamos.- fala levantando a sobrancelha para mim.

- Já que vocês resolveram essa questão, posso pedir netos agora?.- o Edward Queiroz se pronúncia depois do silêncio.

Depois de um café da manhã completamente maluco me jogo no sofá na companhia dos presentes e resolvemos assistir um filme para deixar esse papo de lado para quando eu não tenha uma banda de rock na minha cabeça tocando e volte a pensar como todos os seres humanos.

Assim ficamos um sábado inteiro sem fazer nada e quando o Juca, a Heloísa e o Rafael ligaram fizeram uma pequena festa pelo telefone comemorando nosso suposto casório. A noite quando a Maria e o Edward voltaram para a mansão o Edgar sumiu pelo apartamento enquanto eu me sentei na varanda para ver o céu.

- Preta.- escuto o Edgar falar e se sentar atrás de mim.

- Moreno.- respondo me encostando nele.

- Eu sei que acha que ontem a gente fez uma grande loucura porque estávamos bêbados mas dizem que bêbados são verdadeiros então é incontestável que eu quero que se case comigo.- diz me apertando no seu abraço.

- O que quer dizer com isso?.- pergunto o vendo me soltar e se mexer depois parar.

- Que realmente quero que case comigo.- diz e abre uma caixinha na frente do meu rosto.

- Edgar...- fico sem falas.

- Você já me disse sim uma vez.- diz olhando para mim.- só precisa falar de novo.

- Sim.- digo sorrindo.

- Sim?.- pergunta.

- Sim meu Moreno, não dá para fugir.- respondo e dou um beijo nele e nos deitamos nas almofadas gigantes da varanda.

- Quando o papai me deu esse anel que foi da mamãe hoje, eu fiquei com medo mas depois eu percebi que amo muito você para deixar esse "sim" passar.- diz enrolando meu cabelo nos dedos.

- Eu também amo muito você encosto.- digo e o beijo mais uma vez.

|Revisado|

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