》 CAP.6 《

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Votem!!

Beijinhos de eu ❤

Fico bem uns 30 minutos tentando ouvir atrás da porta e só consigo escutar o barulho da chave quando ele finalmente resolve abrir.

- O que aconteceu?.- pergunto nervosa mais não vejo machucados nele.

- Tem que melhorar nas recepções.- ele diz e fecha a porta.

- Você é um...- não término a frase e grito bem alto.

- Calma Preta, não aconteceu nada.- vem para perto de mim com uma voz mansa.- Você não vai ser expulsa okay?

E eu? Eu caio lindamente de um precipício, bastou um sussurro no ouvido "Não vou prejudicar você pretinha".

- Talvez seja exatamente isso que eu quero.- falo mais rápido que penso.

- Então bora se prejudicar?.- pergunta sorrindo de mim.

- Não, para de me seduzir praga!.- digo tentando me afastar.

- Poxa mas eu nem comecei..- fala fingindo lamento.

- E nem vai, não vou cair nessa Edgar, obrigada pelo celular. Agora por favor, vai embora?

- Não vai me convidar para fazer o almoço?

- O quê?.- falo sem acreditar em mais uma idéia absurda do Edgar.

- Eu sou um ótimo cozinheiro, sério.- diz como se fosse uma promessa.

- Não, não..- antes de eu terminar minha série de negações o Edgar me puxa colando em mim.

Eita esse jogo de nem fode nem sai de cima já tá me irritando. E nem adianta falar que a culpa é minha, porque é ele que não quer desistir.


- Qual é Preta, dá um descanso para nós.- pede com tanto chamego no meu ouvido que caiu do Monte Everest dessa vez.

Porém não tem nada gelado no beijinho que ele dar na minha orelha.

- Okay, você tem que ser muito bom mesmo.- digo aceitando minha sentença.

- E sou todinho bom, a cozinha?

Guio o Edgar até a cozinha e quando faço menção para dizer onde as coisas estão vejo que nem preciso pois ele vai abrindo tudo.

- Bom, vejo que temos todos os ingredientes para uma lasanha de camarão.- pega as coisas colocando no balcão de frente para mim.

- Bom, quer ajuda?

- Não pode ficar sentadinha aí.- diz me dando um beijinho por cima da bancada da cozinha.

- Não se acustume com isso.- o repreendo.

- Será?

Logo depois de dizer isso ele volta mexendo na cozinha até se encontrar e quando faz isso começa as coisas com uma seriedade e firmeza absurda. Começo a ficar mais curiosa para saber quem é o Edgar atrás de todos os risinhos e seduções.

- O que você não sabe fazer?.- pergunto chamando sua atenção.

- Lavar roupas, na verdade, eu só não gosto.- responde cortando os temperos.

- O que você faz exatamente na empresa?

- Tudo.

- Tudo...?.- espero ele continuar.

- Sim, é tipo, eu vou em todos os setores e ajudo quem precisar.- fala mas não volta a atenção a mim.

- Até o financeiro?

- Sim.

- Quem inventou esse cargo? Como foi contratado?.- indago realmente interessada.

- Aprecio seu interesse por mim.- me olha e pisca.

- Não estou interessada por ti.- falo exasperada.

- Não? Por que tantas perguntas?.- diz de um maneira irônica e eu bufo me calando.

Depois de uns minutos de silêncio percebo que ele só me enrolou e fugiu da pergunta, esse homem vai me deixar doida só pode. Resolvo desistir de tirar perguntas diretamente dele e ser menos evasiva.

- Não que eu esteja interessada por ti, só que você tá fazendo comida na minha casa no domingo. Então, me fale um pouco de você.

- Adoro essa curiosidade disfarçada sua, ninguém nunca pergunta muito sobre mim.

- Na empresa ou na vida?

- Agora? Em tudo, eu acho. As pessoas normalmente sempre acham que estou sempre bem, não os culpo.

- E sua família?

- Não vamos falar sobre isso.- fala sem nem me olhar.

- Por que?

- Melhor não, por favor?.- fala em súplica meio exagerada para esconder a verdade.

- Okay.- falo simples.

- E sua vida pessoal Srta. Richard? Família? Amigos.

- Eu amo meu pai e meu amigo Juca, aparentemente fim da lista.- digo me reajustando no banco quando o Edgar chega perto.

- Lista curta, faltou a terceira pessoa.- diz se acomodando entre minhas pernas apoiando suas mãos nela.

- Quem é?.- pergunto tendo consciência que estou somente de calcinha e blusa ainda.

- Eu, obviamente.- diz como se fosse verdade absoluta e eu começo a rir muito.

- Tadinho dengo.- ironizo com a mão no seu rosto tentando controlar o riso.

Sinto seu aperto a minha cocha e a outra mão subindo até a cintura fazendo o mesmo, paro de rir na hora ficando séria e olhando aquela intensidade de olhos negros me fuzilando.

- Tadinho é? Bora ver o " tadinho".- ele fala e me agarra em um beijo, que misericórdia.

Sem perceber já tô gemendo em sua boca e me agarrado cada vez mais no seus cabelos, se continuássemos assim nos trasariamos na cozinha mesmo.

- Oh Deus por que?.- escuto antes do Edgar se afastar de mim com respiração irregular.

Respiro fundo porque faltou ar nos meus pulmões e vejo o encosto mexer nas panelas remungando.

- Por que está resmungando tanto?.- pergunto atenta a ele.

- Porque não estaria? Eu tive que te largar só para não queimar a droga da comida! Poderia está te comendo agora.- reclama mexendo na panela.

- Edgar!.- grito indignada.

|Revisado|

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