CAPÍTULO XVII

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— O que é isso? — Ronnie perguntou, colocando a taça novamente sobre o balcão sem nem ao menos fazer questão de tentar provar uma segunda vez

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— O que é isso? — Ronnie perguntou, colocando a taça novamente sobre o balcão sem nem ao menos fazer questão de tentar provar uma segunda vez.

Reynard saiu do apoio da parede. Ele tinha em mãos duas taças. Uma com vinho do porto e outra com champagne rosé. Diferente da noiva, entretanto, ele parecia se deliciar com o líquido. Com genuína alegria ele largou as taças e se aproximou de lady Ronnie por trás do balcão, pairando ao lado dela e sorrindo.

— Rum, querida — o Sr. Paine avisou — e isso que você está colocando no copo é whisky. Não tenho certeza se vai gostar mais do que gostou do primeiro.

Lady Veronica fez uma careta, desistindo de se servir com a bebida e deixando mais um copo sobre a madeira. Eles estavam na copa de sua propriedade fazendo uma degustação para o menu do casamento. Já haviam decidido juntos os doces na semana passada e hoje era o dia das bebidas. Por sorte lady Besset tinha um encontro do clube de leitura, e como uma mãe não muito preocupada com a reputação da filha, não fez objeção nenhuma ao encontro dos noivos em sua própria casa — nem ao fato da filha possivelmente ingerir álcool durante as provas. Ronnie, aproveitando a liberdade concedida, fez questão de deixar que mais degustadores experientes opinassem.

Aaron Crosby, como esperado, e seu fiel escudeiro, Frederick Morley.

Os dois estavam sentados nas poltronas, segurando taças com vinho tinto e observando os noivos conversando há alguns metros. Era verdade que nem lord Crosby nem lord Morley estavam verdadeiramente preocupados com o menu do casamento dos futuros Sr. e Sra. Paine. Tratava-se de uma terça-feira à tarde e eles não tinham nada muito melhor para fazer. Desfrutar de algumas bebidas grátis na casa da lendária lady Besset era o melhor que eles poderiam conseguir.

— Eu ainda prefiro limonada, — Ronnie disse, inclinando a cabeça para Reynard e fazendo biquinho — podemos substituir whisky por limonada?

— Teremos limonada, Ronnie — Reynard disse, rindo — assim como precisamos de álcool para os cavalheiros. Crosby. Morley. Preferem rum ou gim?

— Gim. — Frederick respondeu — Apesar de que o vinho já está de bom tamanho.

Aaron concordou. Ele estava ocupado demais com seu champagne que havia acabado naquele instante. Lord Crosby se levantou indo até o outro lado do balcão e servindo-se com a próxima bebida da degustação.

— Ah, é suco. Estou um pouco decepcionado... — Crosby olhou para a garrafa com rum — e se nós misturarmos...

Ronnie suspirou. Ela sabia que a mãe era louca por deixa-la sozinha com aqueles homens. Bem, ela tinha a acompanhante, a Srta. Hekoony, mas a moça em questão parecia um objeto inerte no canto do cômodo. Ela estava sentada em um dos bancos, com as pernas cruzadas, braços sobre os joelhos e um sorriso estático há pelo menos quinze minutos. Ronnie nem ao menos tinha certeza se ela respirava.

OS MISTÉRIOS DE ELIZA GUNNING [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora