CAPÍTULO XIX

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NOTA INCIAL: Para o público mais sensível devo dizer que esse capítulo contém cenas +18. Entretanto, para melhor compreensão da história caso deseje pular as cenas hot, veja o diálogo final do capítulo ( é importante).

 Entretanto, para melhor compreensão da história caso deseje pular as cenas hot, veja o diálogo final do capítulo ( é importante)

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— Ei! — Frederick grunhiu — Eu chutei alguma coisa.

A expressão de Eliza endureceu e ela pareceu prestes a estrangulá-lo. Lady Eliza abaixou-se, pegando a gata no colo e acariciando seu pelo branco.

— Você chutou Anne Boleyn, Frederick! — resmungou — Tome mais cuidado.

O marquês estreitou os olhos.

— Por que você deu o nome de uma rainha decapitada para sua gata?

— Florence Abbey me emprestou um livro sobre as esposas de Henry VIII certa vez e eu gostei muito. Era Anne Boleyn ou Marie Antoinette. Anne é mais inglês.

— Oh, que gracioso — murmurou — outra rainha decapitada.

— Frederick, você vai ficar implicando com meus animais ou vai vir comigo?

— Provavelmente vou com você, mesmo não sabendo onde exatamente estamos indo.

Eliza franziu o cenho, pensando que aquilo era óbvio. Ela parou no primeiro andar da escada, segurando no corrimão e procurando ele na escuridão do hall de entrada. Eles não puderam acender vela alguma, pois entraram pelos fundos, sendo assim o único guia na casa era a luz da noite que entrava por algumas das janelas, e claro, a intuição de lady Eliza. Lord Morley a alcançou poucos segundos depois.

— Nós estamos indo, hum, para o meu quarto?

O coração de Frederick esqueceu-se de como bater por alguns segundos. Ele assentiu, esforçando-se para parecer o mais tranquilo possível, mas ela ainda estava desconfiada. Liz agarrou em seu pulso, guiando-o degraus acima.

— Não faça barulho. Logo depois desse lance há um mezanino com algumas estantes. Não derrube nada. — Liz explicou — Ele é o terceiro do corredor. E ainda há uma sacada tão bonita...

Lord Morley assentiu com a cabeça. Provavelmente a sacada seria a última coisa no qual ele iria prestar atenção. Apesar de que a noite estava tão iluminada... Seria esplêndido vê-la embaixo da luz do luar, contorcendo-se em seus braços e revirando os olhos de prazer. Sua mente trabalhava para resgatar todas as memórias daquele maldito sonho que por tantos dias havia atormentado suas lembranças. Agora, entretanto, ele estava prestes a se tornar a mais pura e genuína realidade.

Eliza encontrou a porta de seu quarto e girou lentamente a maçaneta. Por um instante Frederick ficou transtornado demais para se mover. A varanda estava bem à frente deles, com as portas entreabertas e a cortina cintilando no ar, seguindo suavemente o soprar da brisa de verão que invadia todo o cômodo. A cama grande, com travesseiros e lençóis de chiffon ficava bem ao lado da sacada, sendo completamente iluminada pela luz do luar. Ao redor estavam as coisas típicas de uma dama da alta sociedade. Baús, estantes, poltronas e uma penteadeira. Frederick não perdeu muito tempo com os detalhes. Ele sabia muito bem onde deveria ir, apenas não conseguia se mover.

OS MISTÉRIOS DE ELIZA GUNNING [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora