G i e n n a h
Primeiro senti o calor do seu corpo se aproximar do meu. No instante seguinte, suas mãos percorreram minhas pernas, suaves, delicadas, como se quisesse sentir por mais tempo cada centímetro do meu corpo. Seus dedos encontraram a parte de trás dos meus joelhos. Seus olhos não encaravam seus movimentos, mas sim o meu rosto, minha reação. Eu gostaria de ler seus pensamentos, ouvir o que ele pensava, mas Thomáz era transparente quando deixava suas emoções guiarem suas ações. Eu já tinha visto isso acontecer. E agora não era diferente. Suas emoções estavam tão aparentes que eu poderia sentir, talvez tocar aquilo que estávamos fazendo. Não saberia dizer o que era. A sensação dos seus dedos, agora nas minhas coxas, fez meu corpo estremecer, enviando ondas de eletricidade pelo meu corpo. A expectativa estava fervilhando nas minhas veias como nunca sentira antes. Eu estava totalmente vulnerável. Entregue.
Seus olhos se desprenderam dos meus e focaram na parte interna da minha coxa que estava na sua frente. Ele abaixou o rosto, tocando com os lábios a pele exposta. Fechei os olhos com essa sensação, sentindo sua respiração quente junto com o toque macio. Seus dedos continuaram a subir, dessa vez no cós do short, embrenhando-se no botão e o abrindo. Em um movimento lento, ele arrastou o tecido pelas minhas pernas arrepiadas. Quando ele se voltou para mim novamente, eu podia, dessa vez, ouvir o que ele pensava. Talvez fosse o mesmo que eu. Eu podia ver que ele queria lembrar de cada momento em que estávamos juntos. O tempo foi muito cruel com nós dois. O espaço que nos separava não existia mais. Estávamos próximos demais agora, sem intenção nenhuma de nos afastar. Sua atenção se voltou novamente para os seus movimentos. Ele levantou a blusa fina, expondo a minha barriga, e inclinou o rosto, beijando os centímetros de pele, fazendo rastros até em cima. Fechei os olhos, suspirando. Cada toque dele era uma grande reação no meu corpo, não podia controlar. Nem se eu quisesse.
Ele beijou minha barriga até não haver mais lugares não tocados pelos seus lábios. Quando atingiu o sutiã, se deteve, apenas para levantar o tronco e tirar minha blusa. Ergui os braços, deixando que o tecido deslizasse. Em seguida, o sutiã. Ele olhava para os meus olhos, como se não estivesse me despindo e me expondo daquela maneira. Daquele jeito gentil. Eu podia sentir seus próximos passos, podia sentir a excitação preenchendo o ar. Ele se controlava. Thomáz pensava em mim antes dele, talvez pensasse que eu queria algo romântico, como uma primeira vez, mas eu queria o contrário. Queria sentir seu corpo no meu de uma forma que eu não soubesse onde eu começava e ele terminava.
Segurei suas mãos assim que largaram o sutiã em algum canto do quarto escuro, iluminado apenas pela luz de fora. Talvez da luz do jardim, ou da falsa luz que não pertencia à Lua. Eu não me importava. Ele obedeceu a meu comando, parando com o toque. O empurrei gentilmente, apenas para me ajoelhar na cama, junto com ele. Passei as mãos pelo seu peito coberto pela camisa fina de botões. Comecei abrindo o primeiro, até chegar no último. Escorreguei o tecido pelos seus ombros, vendo pela parca luz do quarto a sua pele arrepiar. Estávamos na mesma altura, e eu podia ver o brilho dos seus olhos em mim. No que eu estava fazendo. Passei as palmas das mãos na sua pele agora livre de barreiras, tocando, sentindo. Conhecendo novamente. Era a primeira vez que fazíamos aquilo sem nos enganar, sem que seja algo como sexo casual. Estamos mais maduros, emocionalmente conectados. Era real, recíproco. Tinha amor. Deslizei minhas mãos para baixo, sentindo as elevações no seu abdome, até chegar no cós da calça jeans. Toquei na braguilha, abrindo o botão. Thomáz levantou apenas para despir a calça. Em seguida, a cueca, revelando tudo de uma vez. Senti um arrepio se alojar nos meus seios. Ele voltou para a cama, ajoelhando novamente. Sua mão se ergueu para o meu cabelo, encaixando a mecha atrás da minha orelha.
- Eu já imaginei isso diversas vezes, mas ver de fato, nem se compara. – Disse ele, a voz quase em um sussurro.
Sorri levemente, sentindo o toque dos seus dedos no meu maxilar, deslizando pelo meu pescoço.
VOCÊ ESTÁ LENDO
NEIGHBORS
RomanceThomáz se muda para um apartamento depois que a mãe vai morar com o marido. Queria independência, silêncio. Porém, sua paz é tirada quando uma garota se muda para o apartamento ao lado. Giennah Jones era sinônimo de problema. Quando termina com o n...