✴️ ♾ Capítulo XIV ♾ ✴️

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A amizade entre uma Uchiha e uma Otsutsuki.
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Kyara andava pelas ruas silenciosas de Konoha. A madrugada proporcionava um frio agradável, mas os pensamentos da albina estavam muito longe dali.

Não tinha voltado para seu apartamento depois da briga do dia anterior. Pelo contrário, passou a noite no de Izumi, que prontamente a apoiou e a hospedou em um de seus quartos de hóspedes.

Não havia muita distância de seu apartamento, mas ainda assim era útil. Não queria saber se Neji tinha aparecido lá, ou se teve a mesma ideia que a jovem e resolveu dormir em outro lugar. Por estar pensando muito nos problemas do dia anterior, Kyara resolveu esfriar a cabeça e andar um pouco. Não adiantou muito.

Mais uma vez, o vento gelado beijou a face da Hyūga, que fechou os olhos e suspirou, cansada. Ao abrí-los, reparou onde seus pés a levaram inconscientemente. Um parquinho nostálgico se encontrava em sua frente, invadindo sua mente de memórias que a jovem não queria relembrar.

A Marca de Orochimaru não doía tanto quanto um dia já havia doído, mas ainda havia dor, por isso Kyara atingiu os pontos que a faziam sentir toda e qualquer dor em seu corpo.

Naquela mesma noite, outra reunião do clã ocorreria. Mas Kyara não estava afim de reencontrar seu irmão, que era obrigado a participar por ser membro da família secundária, muito menos de encarar Hiashi para participar de seus joguinhos mentais ou por causa de Hinata. Em parte, era culpa dela a garota estar no estado em que estava. Sua recuperação seria lenta, os esforços dados a ela no exame chunnin foram apenas para mantê-la viva e estabilizada. Pensar em Hinata fazia Kyara se lembrar do jeito que encontrou Lee na enfermaria. O garoto estava destruído. Seus ossos, quebrados em pedacinhos tão pequenos que a albina não sabia se poderia curar um dia. Ou se ele poderia voltar a ser um ninja novamente. Seu caso era semelhante ao de Izumi.

- Por que as coisas têm de ser sempre tão difíceis? - perguntou ela, para ninguém em específico, no meio daquele parque silencioso.

Rapidamente, a Otsutsuki saiu daquele local de memórias, levando a si mesma para mais uma pequena viagem de madrugada. A única coisa que pedia para si mesma era que não tivesse mais nenhuma surpresinha escondida naquela vila.

Tantos problemas, tantas intrigas e conflitos... A cabeça da albina parecia que iria explodir de tanto que a albina pensava. O que poderia ela fazer para tentar melhorar sua situação?

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- As casas de banho!

- As casas de banho? - perguntou Kyara, um pouco confusa.

- Isso. Águas termais, casas de banho, termas de sei lá o que, tanto faz. - continuou Izumi, horas depois de sua conversa com Kyara, onde a albina contou tudo o que se passava. Ou seja, estavam em outra conversa quando a Uchiha mudou de assunto bruscamente. - Você precisa ir para lá, sabe? Vai ser legal, posso ir com você se quiser.

- Faria mesmo isso? - perguntou a Otsutsuki, sorrindo animada. - Olha que eu cobro.

- Podemos ir agora, então. O que acha?

- Tão rápido? Pode ser, não tenho nada pra fazer mesmo. - diz Kyara - Quanto tempo vamos ficar lá?

- Ah, por favor! - debochou Izumi - decidimos isso na hora!

Kyara saiu do apartamento da amiga e foi para o seu, encontrando Sayuri com uma terrível cara de sono, estava no sofá, rodeada de pergaminhos. A Terumi cumprimentou a albina automaticamente, como em uma rotina que não se quebrava.

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