stay with me - adaptation noart | ✓

¤ capítulo 12.

Jace não sabe cantar.

#ClichéTheory

A intensidade que ele me olha, me faz arrepiar. Ele se aproxima lentamente de mim e acho que vou ter um ataque cardíaco a qualquer momento devido a maneira que meu coração está batendo dentro do peito. Mas eu não consigo ver seu rosto, isso é tão agoniante.

Ele está tão perto de mim que consigo sentir sua respiração no meu rosto, sua boca está a centímetros da minha, e que boca!

Ele vai me beijar!

Sua boca está tão próxima e...

- Sina, acorda! - a voz grossa do meu irmão, me faz sair da minha quimera matinal.

- Hum. - resmungo de descontentamento, por ele ter interrompido meu quase beijo com... com quem mesmo? - Hoje é meu dia de folga. - balbucio me enfiando embaixo das cobertas na tentativa de voltar a sonhar e descobri de quem é aquela boca maravilhosa.

- Eu sei. - ele fala puxando as cobertas de maneira bruta. - Você precisa levar o Marvel pra passear.

- Leva você. - falo ainda sonolenta, puxando minhas cobertas das mãos dele.

- O cachorro é de quem? - ele questiona irônico, saindo do quarto. - Levanta logo daí, porque o pobrezinho está chorando para a coleira. - ele grita do corredor.

Acordar antes das onze da manhã no sábado já é ruim. Agora, acorda antes das onze no meu sábado de folga, é horrível.

Coloco a primeira roupa que eu vejo, ou seja, jeans e moletom. E sigo em direção a cozinha ainda descalça porque eu ainda não estou devidamente acordada para calçar o tênis, pois os cadarços irão embolar minha mente.

Bailey está sentado na mesa, vestido com uma camiseta preta com a cara do Darth Vader estampada, digitando velozmente no seu novo brinquedinho digital criado pela Apple.

- Dividiu em quantas vezes? - brinco me referindo ao celular, enquanto pego minha caneca dentro do armário.

- Foi à vista. - o olho desconfiada. - Quinze vezes. - confessa olhando para mim. - Não conta pra mamãe.

Concordo rindo e me sento na mesa.

Olho para o relógio amarelo pregado na parede da cozinha, e ainda são nove e meia. NOVE E MEIA DA MANHÃ DE UM SÁBADO PORRA!

Desculpa. Me alterei, eu sei.

Mas sábado é o dia em que normalmente - isso é em dias de folga - durmo até meio dia e passo o resto da tarde alternando entre dormir mais, comer e assistir o máximo de filmes que eu puder, até a chegada dos meus pais, porque essa é a hora que tenho que finjir que sou gente. Ou seja, sair do quarto e me socializar com o resto da família.

- Por que você está acordado a essa hora? - pergunto colocando um pouco de café dentro da xícara.

- Combinei de testar o R-boy com a Letícia na faculdade.

- Vocês dois tem problemas. Testar robô a essa hora da manhã. Química no sábado.

Balanço a cabeça em negação em ver tanta animação para estudar a essa hora da manhã.

- Física. - ele me corrigi automaticamente.

- Tanto faz, é a mesma matéria do diabo. - falo e levo a caneca em formato da cabeça do Jake the dog do desenho "Adventures Times", até os lábios.

- Bom, tenho que ir. - Bailey anuncia se levantado. - Qualquer coisa me liga. - beija minha testa e logo em seguida pega a chave de sua moto sobre o balcão e saí.