¤ capítulo 15.

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Cuidado para não se sufocar com tudo que você finge não sentir.

#ClichéTheory

A semana do meu castigo passou de uma forma lenta e monótona.

Bailey me levava e me buscava no colégio, depois me deixava no Aromas onde eu só saia às seis da tarde acompanhada de minha mãe. Exceto na terça e na quinta que são os dias em que Lame me dá aula particular, ou seja, depois da aula, Bailey me levou para a biblioteca municipal e meu pai me buscou me deixando no Aromas logo em seguida.

Mas um elemento muito importante, fez minha semana ser menos entediante.

Eu passei a semana inteira trocando SMS com Noah, ele havia tornado meu castigo menos tedioso e chato, me impedindo de ficar mofando na minha cama enquanto olhava para o teto do quarto. Essas mensagens me fizeram gastar todo meu crédito comprado pacote de torpedos já que eu estava proibida de usar a internet. Mas valeu a pena os créditos gastos.

Bom, agora eu já estou livre daquele castigo ridículo, mas, merecido. Okay, nem tão livre assim, já que estou nesse momento no colégio.

- Abre, desgraça. - murmuro irritada na falha tentativa de fazer meu armário abrir.

O sinal anunciando o início do sexto período já tocou a cinco minutos e os corredores estão começando a ficar vazios, e meu desespero está aumentando, já que a qualquer momento o Clóvis pode aparecer por aqui com uma advertência.

Respiro fundo e tento girar mais uma vez a maldita chave na fechadura, mas não abre. Suspiro. Aquela merda só podia estar emperrada.

- Você sempre teve problemas com esse armário.. - alguém sussurra no meu ouvido e eu nem preciso me virar para saber o dono daquela voz que durante muito tempo me destabilizava de uma maneira bem diferente do que causa agora. Pois no momento ela só me faz querer vomitar.

Me afasto imediatamente e encaro Gabriel em minha frente, que sorri. Com um movimento rápido ele abri meu armário e fica me olhando, esperando uma reação da minha parte além do meu cenho franzido.

- Um "por nada", seria bem vindo agora, você não acha? - fala sarcástico, me fazendo revirar os olhos.

Dou as costas para ele, pegando meus livros dentro do armário.

- Fiquei sabendo que você se bardiou para o lado dos ladrõeszinhos do São Vicentino. Está querendo trocar de lado? - continua se aproximando de mim, de modo que sinto sua respiração em meu pescoço, e isso me faz virar imediatamente para o empurrar.

- Desde quando eu devo satisfação da minha vida para você, Gabriel? - questiono apertando os livros contra o peito.

- Não seja uma traidora, Sina.

- O traidor aqui não sou eu. - devolvo amarga.

- Por que guardar tanto rancor? - questiona com as sobrancelhas erguidas, tocando o meu queixo.

- Não me toca! - grito batendo em sua mão.

- Calma. - ele pedi rindo, levantando as mãos na altura dos ombros. Como um dia eu pude gostar desse garoto? - Eu acho melhor você se afastar do povo daquele colégio, sabe, coisas podem acontecer..

- Você está me ameaçando?

Ele sorri estilo coringa, de uma maneira bem psicótica.

- Não, eu estou te avisando. - ele diz presunçoso. - Sabe, é que não é bom para sua reputação.

stay with me - adaptation noart | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora