- Arrependida? - ele pergunta com uma risada ofegante.
- Não… - respondo sinceramente e me lembro da cena com a Brie, o que me faz dar um tapão na sua bunda branca. - Seu palhaço! Você não devia ter continuado! Já pensou se a Brie te pega aqui?!
- Você parecia feliz em que eu continuasse te comendo...- diz com a sobrancelha levantada. - Frodo. - acrescenta com um sorriso implicante. Eu dou peteleco na sua testa e ele solta um "ai!" de reclamação.
- Idiota. - digo puxando o lençol para me cobrir.
- Idiota, palhaço… - ele lista os adjetivos. - Você quer ressaltar mais alguma qualidade? - ele troca de posição, ficando de lado e apoiando a cabeça na mão com um sorriso desafiador.
Qualidade? Eu reviro os olhos e rio em incredulidade.
- Você é irritante com todas ou só eu tenho essa sorte? - viro o rosto para encará-lo, ele ri e se aproxima um pouco.
- Só você, eu tenho que combater sua marra com alguma coisa. - ele diz com aqueles olhos pretos brilhando, fitando intensamente os meus. É um contato visual íntimo demais…
É por essa proximidade e intimidade da situação que eu me levanto e visto minha calcinha abandonada no chão e a blusa que estava usando, fazendo com que ele erga o tronco da cama e me encare confuso.
- O que foi? - ele pergunta de cenho franzido.
- Sede. - respondo já destrancando a porta e saindo, nem esperando por uma reação sua.
Sigo meu caminho para a cozinha e percebo que não sou seguida, o que é um alívio, essa intimidade dele está me incomodando. Abro a geladeira e não consigo parar de me questionar o porquê dele ter vindo até aqui afinal… Quer dizer, ele tem a fama dele, come a mulher que quiser, então por que, numa sexta a noite, aparecer na minha porta? Não tem uma explicação lógica para isso… Por que sou gostosa? Ha! Não. Por que está desesperado? Duvido muito.
Ele é problemático, é a única conclusão a que consigo chegar.
Sento na banqueta do balcão da cozinha e bebo minha água, mato um tempo para voltar para o quarto, agora que o tesão já foi satisfeito é meio enervante ficar ao lado dele com aquele jeito de olhar e implicar. Será que foi assim também na noite da minha primeira vez?
Eu forço a memória, mas apenas lembro dos mesmos fragmentos: ele rindo desafinado de algo que eu disse, dormindo com a boca aberta e braços acima da cabeça e me fitando de longe com um sorriso de lado. Merda! Suspiro irritada.
- Eu fiquei preocupado que você tivesse se afogado, marrentinha… - ele aparece de cueca na cozinha, me tirando das minhas reflexões.
Observo Jungkook sentar na banqueta a minha frente e o vejo pegar o copo da minha mão, encher novamente com a água da garrafa e beber até a última gota, inchando suas bochechas com o líquido e me olhando desse jeito. É meio fofo, mas irritante por me fazer pensar isso.
- Cansou, marrentinha? - ele pergunta com um tom de desafio, após engolir a água e me encarar com a sobrancelha erguida e um sorrisinho.
Eu bufo uma risada e me levanto para guardar a garrafa na geladeira.
- Você vai ter que se esforçar mais para me cansar. - revido o olhando por cima do ombro e sorrindo com deboche.
O sorriso de Jungkook se alarga e ele se levanta, vindo até mim. Sinto seu corpo atrás do meu e suas mãos no meu quadril, nos colando um ao outro, enquanto estou lavando o copo que usamos.

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Uma noite. //// Jjk
Hayran KurguEra para ser apenas uma noite. Era para nunca mais acontecer novamente. Era para perder a virgindade e não vê-lo mais. Pelo menos, esse era o plano. Agora ele está parado na porta, pedindo por mais essa noite. Em andamento.