A um passo de você

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Quando Tenten entrou no quarto reservado a noiva em um dos corredores da torre Kage, ofegou em surpresa com a aparência suntuosa de Sakura. Não que a amiga não fosse normalmente bonita, mas naquele momento mais parecia uma princesa que sairá de um conto de fadas, vestida naquele vestido branco com rendas marcadas por pérolas, uma capa com bordas prateadas e uma coroa  encrustrada de minúsculas pedrinhas brilhantes entre os cabelos rosas trançados. Quase quisera se casar de novo quando chegasse em Suna; talvez pudesse se inspirar naquele estilo de vestido.

— Por Kami, Sakura. Voce está linda.

Sakura sorriu para a amiga, ainda com os braços abertos para o ajuste da costureira. Suspirou aliviada quando a mulher de cabelos castanhos declarou que estava mais que perfeita, encerrando os ajustes.

— Obrigado. Foi tão trabalhoso! Estou me arrumando a umas três horas — olhou de esguelha para a costureira, que havia se afastado para guardar suas agulhas — Você não imagina o quanto ela me furou, disse estar nervosa; nunca antes ajustou um vestido para a noiva de um Hokage.

—Oh, coitada — Tenten riu, girando na frente da amiga com seu vestido com fendas comportadas — Oque achou de meu vestido de madrinha? Não é um corte perfeito?

— É tão lindo. Reconheço Ino nessa cor azul aí — Sakura sabia que possivelmente Ino se metera naquilo também, já que era sua madrinha e a decoradora da festa — Falando dela, você a viu?

— Ino disse que foi até o Hokage garantir que ele esteja pronto. Segundo ela Yamato e Gai sensei vao atrapalha lo, mesmo que eu tenha lhe dito que Shikamaru jamais permitiria isso.

—Ah, sim — Deu um olhar subitamente desesperado a amiga —  Estou tão nervosa, Tenten. Ainda bem que você chegou.

Sakura odiara ter que ficar sozinha naquele momento pois quando o silêncio reinava exceto pelos resmungos da costureira quando se mexia um centímetro sequer, sua mente a pregava peças a fazendo lembrar daquela manhã, quando juntará os joelhos abraçando o próprio corpo, chorando sozinha no escuro de seu quarto cuja luz do sol não entrava apenas porque escolherá a melhor cortina rosa que já viu a venda. Lembrava se de Sasuke, de Naruto e dos beijos de Kakashi sensei. Sua mente parecia fragmentada como se tivesse conhecido dois homens. Um que fora seu professor que amava como um amigo, e outro que beijava tão bem que a fazia suspirar com as memórias de seus lábios contra os dela, para logo depois se afundar em uma onda gigantesca de culpa por suas próprias acusações.

Ficou ali, na cama que não dormiria mais por longos meses, pensando na vida e deixando as lágrimas caírem. Começava a achar que a velha Sakura chorona queria tomar posse, e tratou de enxugar o rosto, dando uma olhada no relógio na cabeceira ao lado. Ainda era tão cedo, mas como a hora costumava correr rápido quando torcemos para que ela vá devagar, levantou se para aproveitar os minutos que ainda tinha antes que Ino derrubasse a porta a chutes a acusando de preguiçosa que esquecera do seu grande dia, se ela demorasse um segundo sequer para atender a campainha.

Se arrastou até a cozinha, resolvida a tomar algum chá que pudesse conter seu nervosismo. Sabia que por ter chorado seu rosto estava inchado e se amaldiçoou, massageando as bochechas, tentando amenizar os danos até a amiga enlouquecida bater em sua porta. Quando caminhou até a sala com a xicara fumegante e um saco de torradas na mão, notou surpresa um grande pacote encima de sua mesa de centro, com rosas amarelas tão bonitas que sabia que quem as deixará só podia ter feito naquela manhã. Como alguém havia entrado em sua casa sem ter percebido? Se fora tão cedo, já devia estar acordada... Ah, só podia ser coisa de Naruto.

Assim que pegou o buquê nas mãos, percebeu que não podia ser do amigo, pois exigia muita delicadeza deixar algo assim sem fazer barulho nenhum. Cheirou as flores e automaticamente sorriu, imaginando que seria algum presente de casamento das amigas, pois na última noite que tiveram juntas  comentará que nunca havia ganhado um buquê. Notou um cartão no meio do arranjo pegando o entre os dedos. Não havia remetente.

Uma Esposa Para o Hokage.Onde histórias criam vida. Descubra agora