Dez

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Batemos mil leituras, meus amores! Tudo isso é graças a vocês!

Gratidão! 

Vamos de capítulo antecipado para comemorar?

Revisão: pedro_henriquesr_


FELIPE 

– Está maluco, Felipe? – Ouvi Enrico reclamar antes de mal ter entrado na minha sala no escritório – Você invadiu o quarto de uma paciente – Exclamou – Que tipo de advogado você é? – Me encarou realmente irritado – Invasão a domicílio é ilegal, merda!

Eu tinha acabado de sair da faculdade e vim direto para a Salvatore & Associados depois de uma prova de direito constitucional que só pela graça de Deus passarei, e dei de cara com Enrico me esperando muito irritado ainda na recepção. Estava crente que ele viria me trazer notícias dela, mas não. Veio apenas me dar um sermão por ter pulado a janela do quarto que a garota usava no hospital. Dane-se!

– Em primeiro lugar, ainda sou estudante de direito e estagiário, não um advogado – Lembrei – Em segundo, se você não queria que eu invadisse, por que me deu as instruções necessárias para chegar lá, então?! – Rebati sentando em minha cadeira.

– Eu achei que você pretendia visitá-la em outro momento – Revelou ainda de pé – Não vai me oferecer nada? – Bufou quando eu o olhei com cara de você tem duas pernas e dois braços, sirva-se! – Você já foi mais educado.

Caminhou até o meu minibar e se serviu de um pouco de vinho. Quem está preocupado se está ou não cedo demais para beber? Enrico claramente não!

– O que você quer exatamente, Rico? – Fui direto ao ponto. Ainda tinha que pegar Angel no cursinho para irmos até o hospital – Como ela está?

– Estava bem quando a vi no começo da manhã – Tomou um gole do seu vinho – O que está acontecendo entre você e a minha paciente, Salvatore? 

– Entre nós nada, ela nem sequer me conhece – Enrico me olhou como se dissesse quanto mais você tenta se explicar, mas essa história fede para o seu lado – Conheci a Clara por acaso no dia em que voltei de viagem e saí com a Letícia para almoçar – Comecei – Ela tinha indo fazer o mesmo com o Lucas. 

– Até porque ele não sai da cola – Enrico pontuou e eu assenti – Por falar na Letícia, como vocês estão?

– Não estamos – Revelei e meu padrinho me observava com mais atenção agora – Rompemos já faz algumas semanas.

– Se você me disser que isso tem a ver com Clara, irei rir muito da sua cara de tão arriado que você está por uma garota que nem sequer sabe da sua existência – Avisou segurando o riso.

– Apenas não estávamos mais na mesma sintonia – Respondi simplesmente. Não era porque terminamos que eu iria sair espalhando as intimidades da garota. Não seria eu se fizesse isso.

– Então quer dizer que agora você está livre para ter o coração arrebatado por uma certa garota ruiva? – Seu tom era debochado. Permaneci sério.

– Tudo o que quero fazer é ajudá-la a recomeçar a vida, Rico – Fui categórico, mas já nem sei se eu mesmo acreditava nisso.

A verdade é que a garota ruiva estava ferrando com a minha cabeça desde que eu a vi pela primeira vez. No começo, era simplesmente uma questão de empatia, queria apenas devolver o pingente porque sabia que era importante para ela pela forma como a mesma o procurou no restaurante. Mas agora não. Agora era diferente. Eu estava sempre – e com sempre quero dizer 24 horas por dia – Com a ruiva rodando meus pensamentos. Eu tinha me tornado um perseguidor de quinta categoria e agora estava morrendo de medo do que aconteceria quando ela descobrisse todas essas loucuras que eu tenho feito apenas para me certificar do seu bem-estar e para tê-la por perto, claro.

À Procura De Alguém Como VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora