Capítulo 23

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Hello pessoas!

Tudo bem com vocês? Apareceu a margarida. Nandinha aqui e eu estive LOUCA com o lançamento do meu livro, depois algumas mudancinhas na minha vida pessoal e tudo atrasou o andamento de NA LUZ, infelizmente. Mas já voltei. Sem enrolação, vamos de capítulo?

Vamos de Heitorzinho??



HEITOR


Eu estava perdido.

Absolutamente perdido. Nunca estive assim antes na minha vida. Eu não sabia o que fazer ou por onde começar. Queria conversar com Mariana e fazê-la entender que nada era como ela estava pensando, mas nunca tive a oportunidade.Então resolvi esperar.Esperar que a poeira baixasse e em algum momento ela pudesse me ouvir. Esperar que ela aceitasse minhas desculpas e entendesse meus motivos, estes que pensando bem agora eram até um pouco bobos. Talvez se desde o início eu tivesse dito a verdade, nada disso estivesse acontecendo agora. Contudo eu nunca saberei a resposta, porque eu fui por outro caminho.Estava tomando café ligado no piloto automático antes de ir para a empresa.

— Heitor, seu pai te avisou do jantar beneficente deste fim de semana? – minha mãe perguntou e eu a olhei.

— Como é? – franzi o cenho.

— Francamente, você é muito avoado. – revirou os olhos. – O jantar beneficente no orfanato.

— Não, mãe, eu não estou sabendo de nada.

— Eu não sei quem é pior, você ou seu pai.

— Ele, com certeza. – respondi, levantando-me. – Vou trabalhar.

— É no sábado, não esqueça. É bom que toda a família esteja presente, um bom marketing para a imagem da empresa. – avisou.

Eu não lhe respondi. Minha mãe era totalmente ligada a aparências e eu precisava dizer que isso me enojava na maioria das vezes. Mais valia uma boa imagem que um bom coração, por exemplo. Era absurdamente enfadonho e eu vivia me perguntando se realmente possuía o mesmo DNA que os meus pais. Eu devo ter sido trocado na maternidade, porque não tinha condições.Dirigi até a empresa da mesma maneira que estava conduzindo a minha vida e ficava me perguntando se haviam motivos parar seguir, porque francamente eu estava procurando e não encontrava nada.

Outro dia encontrei com minha pequena Liz e levei uma bronca sua, me dizendo o quanto era feio mentir. Lhe pedi desculpas e o coração doce, puro e infantil as aceitou, mas eu duvidava que a irmã fosse fácil de convencer da mesma forma.

Porque nós, adultos, não podíamos ver o mundo com o mesmo olhar de uma criança? Com simplicidade e pureza? Talvez, a vida, fosse menos complicada dessa forma.

— Bom dia Senhor Muller. – a voz de Joana, do RH, me chamou antes que eu entrasse na sala.

— Bom dia. – a encarei. – Algum problema?

— Um dos novos contratados para área de programação desistiu. – avisou e eu senti minha cabeça latejar, assim como meu coração afundar.

Era para Mariana estar ali. Ela tinha o perfil e era realmente muito boa, mas não estava. Infelizmente.

— Algum outro candidato para preencher a vaga? – perguntei entrando em minha sala com Joana em meu encalço.

— Nenhum que seja realmente surpreendente. – deu de ombros. – Senhor Muller... Eu tomei a liberdade de ir atrás daquela menina, a Mariana. O nome dela me fez entrar em alerta e encarei Joana imediatamente. Ela parecia sem graça diante de sua confissão, mas eu só queria que ela prosseguisse.

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