Heitor Stein Müller é o herdeiro da SM Interprise Ltda, empresa multimilionária que sua família comanda há décadas. Só que Heitor não gosta de pertencer ao mundo em que nasceu e vive. Heitor é simples e não gosta do glamour que encobre até a alma de...
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- Por que você a trouxe sem que eu desse algum tipo de autorização?
- Olha, Mari... – tentei argumentar, mas ela me interrompeu com pura arrogância.
- É Mariana! Para você, é Mariana. Não somos íntimos para me chamar de "Mari". – a minha paciência tinha limites e esses estão quase indo para o espaço com toda a arrogância dessa menina.
- Perdão, Mariana... – tentei não parecer tão irônico, mas foi algo inevitável de acontecer. – Mas todas as crianças já haviam ido embora!
- Eu sei que estou atrasada, você acha que eu não tenho ideia das minhas responsabilidades?
- Não estou dizendo isso!
- Então pronto, eu sei que tenho um dever a cumprir com a minha irmã e sei que me atrasei, mas mesmo assim você não deveria tê-la tirado de lá sem que eu dissesse que podia. Eu te conheci dois dias atrás, acha que confio em você para isso? – respirei fundo, sabia que havia agido de maneira impensada de qualquer forma, mas eu realmente só quis fazer algo bom, ela não precisava agir com cinco pedras na mão.
- Sei que não nos conhecemos há muito tempo e entendo seu pensamento, não dá para confiar em todo mundo, mas não fiz isso por mal, apenas pensei que podia trazê-la.
- Pensou errado. Sei que você acha que sou nova demais para tanta responsabilidade, mas não sou criança, Heitor. Eu sei tudo o que é meu dever e minha irmã é o principal!
- Eu sei de tudo isso, garota. – chamei-a de garota, pois sabia que a irritava. Ela já havia demonstrado. – Mas...Não imaginei que fosse causar tanto problema o fato da minha boa ação.
- Ah claro, o príncipe Heitor vindo ao socorro em seu cavalo branco. – ouvi sua fala irônica e me agarrei ao pedido de Liz, mas de forma contrária, eu não brigaria com Mariana. – Aqui é vida real, deixa eu te dizer se você não sabe. E os monstros são reais, além dos príncipes não existirem.
- Certo, Mariana. – concordei com ela, não ia discordar de uma louca. – Acontece que a Liz estava sozinha, te esperando, triste. Entende? Eu só quis fazer um favor. Eu jamais faria mal aquela menina, você está louca em pensar algo assim! – percebi que ela ficou mexida, mas isso só foi um reflexo, a Mariana briguenta estava de volta em um piscar de olhos. – Eu imaginei que seria mais fácil trazê-la tendo em vista que a ONG também tem hora para fechar! Você entende isso ou precisa que eu desenhe?
- Você é um imbecil.
- E você uma mal agradecida. Tudo bem que queira fazer as coisas sozinha, mas uma ajuda vez ou outra não cai mal.