Capítulo 11

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Ter Heitor ali em frente era um choque imenso. Imediatamente fiquei sem palavras e ação, só fiquei lhe encarando.


- Está tudo bem? – ele perguntou me fazendo voltar a realidade, esta de que eu estava em meu trabalho e sequer havia lhe dito algo, como era necessário.

- Oi, boa tarde. – me vi falando. – Han... O que está fazendo aqui? – soltei a pergunta sem realmente pensar, também estava sem filtro entre a cabeça e a boca.

- Boa tarde, eu gostaria de lanchar, será que eu posso? – a voz estava carregada de ironia.


Eu não estava pensando claramente, tê-lo ali era realmente a última coisa que eu havia imaginado. Claro que estava pensando nele e em como o havia tratado nos últimos dias, mas uma coisa é imaginar vê-lo outra totalmente diferente era tê-lo ali em minha frente. E naquele momento eu realmente precisava agir, visto que ele estava ali como cliente.


- Claro, claro. – respondi. – Seja bem vindo, aqui está o cardápio. – cedi o mesmo. – Meu nome é Mariana, qualquer coisa você pode me chamar.

- Sabe Mariana, uma certa princesa me falou que você tem perguntado bastante de mim... – ele começou, antes que eu pudesse sair de perto. Não estava me olhando, sua atenção estava voltada para o cardápio a sua frente. – O que levou a me perguntar porquê? Já que nosso último encontro não foi muito amigável e você parecia querer ver o capeta em sua frente e a mim, não. – disse por fim e eu novamente fiquei sem palavras.


Tentei falar, mas nada saiu. Não consegui formar nenhuma frase coerente na minha cabeça, o que era uma droga, já que eu realmente sempre tinha resposta para tudo. Naquele momento Heitor me roubou isso, eu estava muito surpresa com sua presença, para começo de conversa. E mais ainda por sua forma de abordar o assunto.

Talvez aquela fosse a minha deixa. Ele ainda parecia um pouco arrogante e irônico e isso me dava vontade de arrancar seus olhos azuis, na mesma medida que acelerava meu coração.

Eu estava fazendo sentido? É claro que não. Mas também não tinha como eu fazer, já que sentimentos tão divergentes estavam me habitando, dos quais eu nunca havia sentido antes. O que ele estava fazendo comigo? Eu não sabia responder com clareza.


- Eu... – comecei e soltei um longo suspiro. – Ok. Eu fui injusta com você no outro dia. – declarei por fim. Graças a Deus a lanchonete estava praticamente vazia, os dois clientes, além dele, que estavam ali, já haviam sido atendidos. O encarei, sentindo seu olhar me queimar. – E eu realmente gostaria de pedir desculpas. Não deveria ter te tratado daquela maneira, sabe? Foi errado, você só estava me fazendo um favor.

Na luz do seu olharOnde histórias criam vida. Descubra agora