Próxima Vítima

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Capítulo 1

As pessoas não dão valor à liberdade... até que a percam para sempre.

Jimin Lewis provou disso da pior forma possível e se havia algo em que se arrependia, com certeza seria de ter sido descuidado o suficiente para ser preso.

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Fora dos muros da Colmeia 047...

Alguns meses no futuro...

Havia o som irritante de uma goteira que escorria do teto e caía na poça enorme que se formou, o cheiro da umidade penetrava nas narinas da pessoa que se encontrava presa e a temperatura baixa fazia os cabelos de seu corpo ficarem arrepiados. A atmosfera do cômodo fechado era densa, carregada e sombria como a pior das histórias de terror. Qualquer um teria calafrios ou preferia morrer a ter que esperar as consequências daquele cativeiro.

Paredes rachadas, destruídas pelo tempo, carregando marcas e memórias de muita dor e sofrimento, grades cobrindo a única porta do ambiente, se encontravam tão enferrujadas que mesmo a distância, se podia sentir o cheiro ferroso da ferrugem. Seria impossível ignorar a má higiene daquele cativeiro, afinal, o cheiro podre de comida estragada e bicho morto ajudava a compor os odores presentes, uma harmonia de desespero.

Mas não era apenas isso que saltava as narinas do homem sentado no chão, ele sentia cheiro de sangue, do próprio sangue.

Suas pernas estavam esticadas, a calça preta do uniforme militar, se encontrava rasgada em vários lugares, lutou muito para se libertar e aquilo gerou consequências. Não se arrependia, mesmo que o sangue escorresse de sua testa, caindo nos olhos e atrapalhando a visão. Os machucados não paravam por aí, ele tinha certeza de que havia algo errado com suas costelas, aquela dor latente a cada vez que respirava, não era normal.

Desgraçados!

Ele xingou mentalmente, estava poupando suas energias para acabar com qualquer um que entrasse por aquela porta descascada. Com dificuldade, seus olhos varreram o ambiente mais uma vez, quando olhou anteriormente não conseguiu ver muito devido a tontura da pancada na cabeça. Além da água caindo do teto a cada segundo, criando um ritmo como o de uma música, não haviam muitos móveis no cativeiro. Exceto por uma maca caída no chão, deitada. E uma mesa com diversos objetos de tortura, alicates e facas. Aquilo não o amedrontou, estava acostumado a ver coisas piores e o treinamento que recebeu no passado, não era o que poderia ser chamado de "treinamento leve".

Puxou a mão para limpar o sangue em seus olhos, mas havia esquecido que seus pulsos estavam acorrentados. As longas e grossas correntes estavam presas ao chão, contornando seus braços, e os mantinha separados para que não pudesse se libertar. Ele bufou visivelmente cansado de lutar, ainda assim, não desistiria, ele tinha um motivo para continuar.

Sons de passos foram ouvidos no corredor do lado de fora, imediatamente ele ficou em alerta, tentando se sentar em cima dos joelhos, assim deixaria as correntes bem esticadas e poderia buscar uma forma de se soltar.

A porta foi destrancada com o tilintar de uma chave e o ranger das dobradiças soou alto ao ser aberta. A ansiedade e a vontade assassina no corpo do homem, crescia ainda mais. As grades também foram empurradas e finalmente a pessoa entrou, a pessoa que o havia capturado e trouxe desgraça a sua vida.

- O...- A voz do prisioneiro falhou miseravelmente devido a desidratação. - Onde...onde ele está?

Não havia nada mais que ele gostaria de saber, não ficaria tranquilo enquanto não visse a pessoa que tanto se importava.

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