Capítulo 4

294 10 5
                                    

Após todo aquele falatório, eu fui direto para o meu quarto onde rapidamente arranquei a roupa do meu corpo para tomar uma bela ducha, depois enrolei apenas a toalha em minha cintura a abrir o guarda roupa a procura de algo legal para vestir, optei por uma regata branca que usaria por baixo de um colete jeans e uma calça também jeans da tonalidade vinho, admirei a minha imagem no espelho e me agradei ao que vi. Ao que tudo indicava tudo estava harmonioso em minha maneira de vestir naquela noite, terminei de me aprontar não esquecendo o perfume que era uma ferramenta essencial.

Quando apareci diante de todos que estavam reunidos na sala minha irmã Manuela foi a primeira a dizer:

_ Uaaauu, meu irmão, você tá muito gato.

_ Sinto que essa noite promete.

Declarou Julinho, animando-me, Rafaela não disse nada apenas me deu um beijo em meu rosto, meu avô também veio abraçar-me dizendo:

_ Boa sorte, se esse cabra te magoar faço picadinho dele.

_ Chega disso, assim vocês vão monopolizar a noite toda dele e ele nem chegará a ir a esse encontro.

Meu pai Jordan logo disse, empurrando-me para fora de casa.

_ Vai, vai logo, só não esqueça de ligar se for dormir fora.

_ Pai...

_ Não liga para o seu pai filho, se não conseguir ligar manda sinal de fumaça.

Fiz uma careta a eles e segui com o meu carro para a casa de Ivan, ao chegar bati três vezes, mas ele não atendeu, porém, a porta estava apenas encostada então fui entrando:

_ Ivan... desculpa eu entrar a porta estava...

Engoli a seco a saliva que desceu rasgando por minha garganta, quando vi Ivan sair do banho, totalmente nu, seu corpo havia sido feito para ser esculpido por um artista que pincelasse com leves toques todas as curvas daquele abdômen, eu vislumbrava obcecado aquele pecado em forma de homem, ele não pareceu-me preocupado em cobrir sua nudez, ao contrário parecia divertir-se com o efeito com que aquela visão me causava, enfim ele pegou uma toalha e passava sobre o seu corpo e meu olhar acompanhava cada movimento que ele fazia.

Ele passava a toalha abaixo de seus testículos fazendo assim com que seu pênis desse uma leve inclinação, eu não conseguia desviar o meu olhar daquela área que mostrava uma sugestiva ereção, senti o descompassar das batidas cardíacas em meu peito que estavam aceleradas, insinuei me aproximar, e imediatamente ele levou a mão a sua cueca para vestir-se, meus olhos mergulharam nos dele e ele sorriu, era nítido que ele sabia o avassalador sentimento que me causava, eu estava praticamente hipnotizado com a sua provocação.

_ Você tem um belo porte físico.

Ele deixou escapar um riso alto, enquanto colocava a camisa xadrez que lhe caía tão bem:

_ Não foi fácil, foram anos trabalhando os bíceps na academia, na época da escola era magrelo e franzino, do tipo raquítico mesmo, aí quando completei dezessete anos fui rejeitado pela garota mais gostosa da escola, e aprendi a lição, comecei a malhar e aqui estou eu...

_ Fez um belo trabalho...

_ Obrigado... de certo modo é sempre bom receber elogios. É vamos... não queria demorar muito na tenda.

_ As ordens...

Eu queria dizer que preferia ficar com ele ali mesmo, eu queria dizer que queria está nos braços dele, mas não era o momento certo, era a primeira vez que ele aceitou um convite meu e eu temia que se falasse uma palavra fora do contexto no mesmo instante ele me mandaria embora daquela casa.

Fomos a tenda, estava lotada de fazendeiros jogando conversa fora. Então o próprio Ivan sugeriu que comprássemos algumas bebidas e alguma coisa para comermos e retornássemos a sua casa, e assim fizemos.

Ele sentou-se sobre o sofá com as pernas entre abertas, sentei-me ao seu lado, ele falava sobre um assunto aleatório, assunto esse que eu nem imaginava do que se tratava, tudo o que prendia a minha atenção era aqueles lábios que ele molhava com o líquido que ingeria no gargalo da garrafa, aqueles lábios pareciam chamar pelos meus, meus olhos estavam tão focados sobre ele que não tive tempo de desviar quando ele me olhou, foi inevitável que ele me pegasse no flagra o observando, sem dizer uma única palavra, ele segurou minha mão a conduzindo para sua coxa coberta pelo tecido da calça, ele continuou conversando como se não tivesse acontecendo nada entre nós, mas minha mão parecia queimar a medida em que me aproximava de sua virilha, passando o polegar pela extensão de seu mastro por entre sua perna.

Balancei a cabeça em concordância com que ele dizia mesmo que não soubesse do que era o assunto. Desfivelei o cinto e puxei a retirá-lo, ele não me impediu, embora continuasse a falar o assunto trivial, desabotoei o botão de sua calça e desci o zíper, ele entendeu bem o que eu queria quando comecei a dedilhar em seu pelos pubianos, ele não parava de falar, mas ergueu um pouco o quadril para que eu descesse sua calça juntamente com a cueca, salivei e deslizei a mão sobre o dorso do seu corpo por baixo da camisa, ele não me impediu, então botão a botão foram sendo desabotoados e logo se desvendou aquele peitoral bem definido, suguei um dos seus mamilos, enquanto brincava com o outro, percebi uma leve mudança no timbre de sua voz que ficava mais carregada e tracei com a boca uma linha imaginária em seu corpo do tórax até sua virilha, e nesse momento, ele parou de falar, segurou os meus ombros firmemente, olhando-me diretamente em meus olhos, agora o silêncio parecia atordoar-me, era torturante toda aquela tensão, e como impulsionado por um desejo que o impeliu de forma contundente ele arrancou o colete do meu corpo quase brutalmente e puxou-me pela regata para juntar nossos corpos, ele virou-me de costas para ele e encostou-me sobre a parede e passou a esfregar o seu membro de forma despudorada, suas mãos lutavam apressadas contra o cós da minha calça, mas de repente ele me virou, ajoelhando-se a minha frente. Suas mãos agarradas sobre minha coxa enquanto ele besuntava todo o meu falo com sua saliva, senti meu pênis escorregar em sua boca diversas vezes o que me fazia gemer sem reprimendas. O arfar da minha respiração era escutado por todo aquele cômodo e então ele ergueu-se seus lábios encontraram a curva do meu pescoço onde ele sugou com força e estremeci, mal acreditando que aquilo fosse real, eu havia desejado tanto estar em seus braços e ali estava eu...

Antes de dizer te amo (cont: O amor acontece devagar)Onde histórias criam vida. Descubra agora