Trabalhar com Heitor me mostrou o quão profissional ele era, não se distraía um minuto sequer, arava a terra, preparava o feno com as vitaminas e os minerais dos animais, separava os animais para o abate, e eu fiquei livre para cuidar apenas da égua prenha e do Valente, confesso que a ideia no início me pareceu uma tentativa de aproximação, mas eu estava totalmente equivocado, pois Heitor se dedicava mesmo ao trabalho me fazendo crer que o contratar havia sido uma boa coisa.
Sem perceber visualizei rapidamente o perfil de Heitor, ele estava com uma regata vermelha, e um macacão sarja com suspensório, ele usava apenas uma alça para sustentar o macacão enquanto a outra ficava pendurada, eu fui flagrado o observando e ele sorriu mas nada comentou, continuando a se ocupar no que fazia.
Por volta da uma da tarde ele deixou o estábulo e veio ao meu encontro:
_ Como está com a égua?
_ O veterinário disse que tudo está bem com ela e com o potro, fizemos o controle de ecto e parasita para saber se não tinha nenhum perigo e se o ambiente onde ela está localizada está essencialmente limpo e ventilado, as vacinações fundamentais está ok, ela não corre risco de tétano e encefalomielite, agora que falta apenas um mês para o potro nascer é preparar a baía e desinfetá-la para o momento do parto.
_ Você é apaixonado pelo que faz, eu sinto segurança na sua voz quando se trata dos animais.
Um largo sorriso se podia ver em meu rosto, era verdade eu tinha mesmo confiança quando o assunto era o meu trabalho:
_ Eu gosto do que faço.
_ E eu gosto de ver esse seu lado confiante. Vem... vamos levar a égua para dentro da baía, vamos dar uma volta.
_ Mas é que...
_ Estamos na hora de descanso, ou você é tão exigente com os funcionários que não deixa eles nem almoçarem?
_ Não seja bobo.
_ Então vem comigo.
Acomodamos a égua no estábulo, e o Valente em uma das baías, e eu segui com Heitor por uma trilha, que eu sabia bem que nos levaria ao rio, chegando lá, sem dizer uma palavra ele simplesmente retirou o macacão e a regata, ficando apenas com a peça de baixo, ele olhou-me esboçando um sorriso e retirou também a parte de baixo ficando completamente nu sem nenhum pudor, engoli em seco o observando:
_ Vai ficar só olhando?
Permaneci parado, sem nada dizer, Heitor então se aproximou e começou a desabotoar os botões da minha blusa, seu olhar estava preso ao meu, ele escorregou o tecido sobre os meus braços e deixou que caísse ao chão, em seguida ele desabotoou o cós da minha calça, desceu o zíper e também fez escorregar por minhas pernas, eu o auxiliei a retirar, tudo era feito em silencio, eu estava ali seminu na frente daquele homem totalmente nu, ele ergueu a mão ao meu rosto, seu toque era suave quando com seus dedos acariciava a pele, seu polegar passava vagarosamente por meus lábios e eu não protestava, e muito menos ele se afastava, ao contrário, ele diminuiu ainda mais a distância entre nossos corpos, eu podia sentir a sua ereção, juntar-se a minha, e o beijo aconteceu, foi um beijo rápido e ele me olhou, seu dedo passeou pelo elástico da única peça de roupa que ainda separava minha carne crua da dele, seus lábios se curvaram ao contorno do meu pescoço, eu gemi quando sua língua encontrou a minha pele subindo até o lóbulo de minha orelha onde puxou com os dentes sussurrando:
_ Eu pararei se me pedir para parar.
Ele fez o caminho reverso, agora descendo com a língua até os meus lábios onde deu-se inicio a um beijo avassalador, sua língua invadia a minha boca me dando uma estranha sensação de prazer, meus dedos entrelaçaram sobre seu cabelo e eu me rendi totalmente aquele beijo, meu corpo estava encostado em uma das rochas, preso entre ela e o corpo de Heitor que a cada minuto parecia mais excitado, de repente o beijo cessou, ele voltou a explorar meu pescoço descendo os lábios por meu ombro, e foi explorando mais abaixo e eu tremi quando ele baixou a minha cueca expondo o meu pênis já ereto, ele levou a mão em minha base, bem próximo ao meu testículo fazendo-me uma punheta invertida, o enlevo daquela sensação era de puro prazer, e quando ele lambeu o meu testículo fazendo leves sucção perdi totalmente a noção do que estava preste a acontecer ali, me deixei levar pelo momento e permitir que ele me tocasse da maneira mais intima que alguém já havia me tocado antes, nem mesmo Ivan conseguira me fazer sentir aquele frenesi, tudo aquilo era muito novo para mim, ele besuntou todo o meu pênis com um oral até que eu não resistindo cheguei ao auge do prazer, jorrando para fora todo o denso líquido pós ejaculação. E então ele se ergueu, voltou a beijar os meus lábios, e sorriu, depois se afastou e confuso deixei escapar:
_ É só isso, não vamos transar?
Ele deu risada e eu tampei a boca com a mão, não acreditando que havia dito aquilo, calmante ele respondeu:
_ Eu não quero transar com você... eu quero fazer amor com você, e não acho apropriado fazermos amor desconfortável assim, você encostado em uma rocha, eu quero que seja algo especial.
Ele beijou-me nos lábios, terminando o beijo com uma mordida no inferior e puxou com os dentes e sorriu:
_ Então vamos nadar?
Fiz que sim com a cabeça, aquele homem me confundia e eu agia como uma criança embasbacada com um brinquedo novo que havia ganho, ele era um blefe, tinha que ser um blefe, não existia um homem como aquele afim de mim.
Nadamos por cerca de quinze minutos, depois eu me sentei na grama, Heitor veio e deitou a cabeça nas minhas pernas:
_ Um sol escaldante igual a esse nada melhor que um banho de rio não acha?
_ Acho...
_ Poderíamos vir mais vezes aqui... quer dizer se você quiser.
_ Quem sabe...
_ Você Richard, só você.
Heitor não perdia uma, lógico que eu sabia o que ele queria dizer, mas o problema era que eu não sabia o que responder.
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Antes de dizer te amo (cont: O amor acontece devagar)
RomanceQual caminho trilhar para chegar ao seu coração? Estimular um sentimento que é correspondido já é complicado por si só, pois se trata de duas pessoas com pensamentos muitas vezes adversos, mas... estimular o sentimento não correspondido se torna d...