Nervosa, Juliet Kasey passou seu último dia de serviço correndo de um lado ao outro para deixar tudo perfeito para o novo Souls Chef.
O grande restaurante na área nobre de New York apesar de abrir no período da noite era um grande desafio ao longo de todo dia. Seguindo as tendências da área, o restaurante Bela Donna seguia a tendência de conceito aberto bem a risca, aproveitando sua localização na rua mais visitadada do estado, bem no topo de um arranha-céus, tinha seu teto e parede feitos de vidro, dando a falsa impressão que quem jantava estava nas nuvens, além de seu ar rústico com as mesas de madeira, balcão no mesmo estilo, só mudando o tom da madeira e encerrando com um lindo jardim vertical que ficava na parede atrás do bar.
— Kasey! Cadê o prato da mesa cinco? — o chef grita a ela que traz o pedido depressa e põe na bandeja finalizando com um molho branco.
A cozinha era quase um inferno de tão quente, às vezes parecia ser do tamanho do seu banheiro de tão minúscula, mas ainda sim amava muito tudo que fazia e a equipe que a recebeu a dois anos atrás.
— Jonas! A sobremesa da mesa um! Rápido, vamos, vamos! — pediu ao homem que depressa se põe a mexer nos seus utensílios.
Ter o controle de toda a cozinha, fazer pratos incríveis e deixar pessoas felizes era tudo para ela por anos a fio. E sentiria muita falta daquilo.
— Dá pra acreditar que Julie não vai mais gritar com a gente? — Carlos, o chef brasileiro que amava as tortas de limão que ela fazia, provoca a mulher enquanto entrava na cozinha trazendo um prato.
— Se você que é o chefe escuta gritos meus e mesmo assim libera pratos como esse, como vai andar o lugar sem mim? — brincando com o homem joga o pedido no lixo pois aquilo estava uma bagunça.
Mesmo que não quisesse, sair era tudo que podia fazer, já que moraria na Itália, uma vez que seu noivo tinha toda sua vida lá e, como Alonzo Selvaggi havia a convencido a dar uma pausa para que pudessem começar sua família o mais rápido possível após o casamento, próxima a família grande e feliz dele, ajudando Juliet ao longo de toda sua gravidez e criação dos filhos deles, ela apenas aceitou de bom grado a opção dada por ele. Visto que, sua irmã pretendia ir embora de sua mãe o mais rápido que pudesse também, agora que ela estava estabilizada no seu emprego de garçonete em uma lanchonete no Brooklyn.
— Elise! Vamos refazer o da mesa oito, por favor! — pediu olhando para a amiga que embora tivesse feito um sinal positivo não disfarçava sua tristeza com o final do turno.
Estava indo atrás do seu objetivo. Tinha um bom valor em sua conta, um noivo doce, bonito, bom de cama e dócil que não se incomodava com ela o comandando e fazendo 9 que era melhor para eles. Talvez fosse um pouco controladora? Sim, mas ele a amava e já haviam muitos planos juntos em andamento. O que era perfeito, pois um sonho antigo que Juliet e ele tinham em comum era o de formarem uma família feliz. Até porque, ela tinha toda sua pose de dona de si, mas seu objetivo de vida sempre foi esse.
— Vamos sentir sua falta, Kasey — Carlos comentou em tom baixo antes de sair para instruir o garçom que levou o prato a mesa oito ter algum cuidado com o manuseio da bandeja.
Ela só não queria dar continuidade a união fadada ao fracasso que tinha com sua mãe. Almejar uma família parecida com a que sua irmã possuía com seu filho, Pietro o bebê da casa, muito carinhosa, animada e unida não era errado,. Não algo bagunçado, que havia se perdido a certo ponto e que apenas ficava a cada vez mais difícil de manter junta como era com a mãe delas, sim algo como nos livros e mídias.
— Não vou morrer, tá legal? Vou casar! Casar! Ficar rica e dar todos os dias pra um homem lindo e maravilhoso! Ter muitos bebês e cozinhar para minha família! Repito, darei bastante, gente! — fala para todos ouvirem rendendo risadas na cozinha.
E antes que qualquer um pudesse a dizer que era muito cedo por conta da sua idade, Julie já havia se divertido bastante e agora aos seus vinte e quatro anos estava numa idade perfeita para começar sua família. Seria uma mãe com energia para os seus filhos, sim porque sua família tem histórico de gêmeos por toda parte de mãe, pulando apenas a progenitora de Julie, mas que se tudo desse certo ela conseguiria aquela sorte de ter dois bebês numa gravidez só.
— Que seja! Não precisa esfregar na cara de todos que vai ser feliz e não tera nunca mais que pensar em um boleto! — Elise reclamando faz as risadas voltarem.
Até mesmo estava se programando para fazer tudo perfeito. O casamento seria em dois meses, mas comprou sua passagem antecipada para fazer chegar dali a uns dias e fazer uma surpresa incrível para seu noivo. Pretendendo o dar boas notícias na própria data de casamento, de preferência já esperando o primeiro filho deles. Já que eles já haviam combinando tinha dois meses que ela iria parar com os contraceptivos. Bem, ela sugeriu de parar e ele disse que seria ótimo.
Enfim, seria incrível, um ótimo presente de casamento para ele e viveriam como um casal perfeito. Ela estava louca para ter um filho e desde que pegou o pequeno Pietro no colo pela primeira vez soube que era aquilo que ela queria com todas suas forças ter.
— Certo, certo! Todos ao trabalho! Eu sei que sou muito sortuda! — Juliet falou com a equipe que depressa voltou ao que fazia a deixando a vontade pela cozinha.
Ajudando uns, outros e seguindo acelerada até o final do turno quando tudo acabou, a cozinha ficou limpa, organizada e até mesmo uma pequena festa de despedida a fizeram. Prometendo que enviariam seus presentes pelo correio, já que não poderiam apenas largar o restaurante para ir ao casamento.
Exausta, Juliet Kasey foi para sua casa, tomou um banho e apagou acordando no dia seguinte onde pegou suas malas e saiu antes mesmo de sua mãe acordar.
Ela não precisava saber onde Juliet ia. Sua mãe não se importava tanto quanto aparentava. E já estava na hora de começar a viver seu sonho.
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Na Máfia Por Acaso EM ANDAMENTO
Lãng mạnKasey vai de surpresa até a Itália, disposta a morar com Alonzo, seu noivo, mas logo ao chegar se depara com uma terrível verdade. Se pondo a beber, errou o número de seu quarto, indo por fim direto para uma cama que não era sequer sua. Sem dinheir...