Capítulo 22 - Romeo Mazzacurati

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Voltei! Demorei porque ultimamente mais durmo que estou acordada, mas... Enfim. O desafio é de 15 votos e 15 comentários! Alguém afim de tentar bater a meta??? 👀

Vendo que ela parecia num pesadelo, a julgar pelo suor que brilhava em seu rosto, além dos movimentos repetitivos de quem tentava se afastar de alguma coisa, Romeo encostou em Julietta que levantou de uma só vez, agitada e parecendo apavorada.

— Aí meu Deus. Foi um pesadelo... Foi um pesadelo. Só um pesadelo... — voltando a se sentar, ela o faz ir até onde estava, preocupado.

Deveria prestar a atenção nela. Afinal de contas ela era uma mulher inexperiente com máfias. Deveria estar passando por um trauma enorme, o que não ficava mais fácil de lidar sozinha. E ele por sua vez estava atolado de problemas na família, que precisavam de atenção e faziam sua Donna ficar sendo negligenciada. Não gostava da ideia de tratá-la como seu pai tratou a suas esposas. Juliet Kasey merecia mais e Romeo temia que ela encontrasse com outro que não fosse ele. Pois até então ela como sua amante estava ótima e não pensava em outra mulher havia muito tempo.

— Está tudo bem? — Romeo Mazzacurati questionando a ela recebe um sinal negativo.

— Essa casa me dá medo. Não vai a lugar nenhum e me largar aqui não, né? — devolve incomodada a ele que riu.

Ao tentar tocar nela, foi impedido por Juliet que foi para o banheiro, largando ele lá confuso, até que saiu de banho tomado vestindo um roupão infantil que só a cobria o básico, deixando uma parte de seu traseiro e as pernas que ele tanto gostava a mostra.

— Deixei o café da manhã pronto... Precisa de mais alguma coisa? — ela usando um tom impessoal olha para ele do espelho curiosa.

Ainda conseguia ver o medo dela pelo que sonhou, contudo, Juliet disfarçou seu desconforto bem com um dos seus meios sorrisos que o deixavam sem ar quando os via.

— Estava tudo ótimo, é que eu preciso que você fique no meu quarto.. — pediu a mulher que depressa concordou e pegou uma toalha que usou em seu cabelo, a amarrando por debaixo do robe para cobrir sua bunda a mostra.

Romeo pessoalmente preferia a ver, mas logo que pensou em comentar algo a respeito, lembrou dos homens da construção no primeiro andar, com isso manteve seus pensamentos para si e a guiou para fora do quarto, tirando do corredor de hóspedes. Em alguns minutos André, o homem que vestia as mulheres mais rcias da Itália chegaria com seu esquadrão e ele precisava colocar sua Donna num lugar a altura da importância dela para ele.

— O que tem no final do corredor? — perguntou curiosa a ele que respirou fundo.

Aquele quarto era o reservado as esposas de seu pai. Desde que a mãe de Domenica fugiu ninguém havia entrado lá.

— Um quarto desativado. Vou reformá-lo. — faz pouco caso, recebendo um olhar pensativo da mulher.

Resmugando coisas baixo, ela continua andando até a porta e para lá, o que faz ele rir. Claro, sendo teimosa como era, deveria achar que havia algo ilegal naquele lugar.

— Posso dar uma olhada? — pergunta séria a Romeo que tenta abrir a porta e não consegue.

Pensando que estava trancado, ficou só mais curioso agora concluindo que definitivamente precisava saber o porquê estava tudo fechado ali. Teria Alexander fechado o cômodo? Para qual finalidade?

— Só um minuto... — o Mazzacurati falando com a mulher tira sua arma da cintura.

Dando espaço, Juliet parecia nervosa o que ele achou ser por conta de estar com uma arma perto dela. Dando dois tiros, conseguiu o espaço que precisava para derrubá-la com um chute.

De imediato ele sentiu o cheiro horrível no lugar, que concluiu ser do tempo que ficou fechado, levando Juliet a abrir a janela e ir para a varanda. Voltando agitada para o cômodo que ela começou a olhar de um lado a outro.

— Juliet?

— Você acredita em premonições? — pergunta a Romeo que depressa a olha pensativo.

Era impressão dele ou estava preso a bruxas bonitas desde que Anne entrou em sua vida?

— Eu não sou cristão, mas... Acho que sim.

Vendo pela expressão da mulher que algo estava a corroendo, Romeo apenas deu de ombros e a viu pegar sua arma, indo até a parede próxima a porta, onde Juliet se põe a bater até que acertou algo oco, o deixando alerta.

— Deixa que eu faço isso — ele pedindo a Juliet recebe o revólver que logo acerta onde ela bateu, mostrando que sim, a parede era oca.

Talvez a terceira esposa tivesse deixado alguma coisa escondida na parede. Agora vinha a pergunta que não queria calar, como Julietta Kasey Bernard sabia daquilo?

Ao tirar um pedaço grande da parede com a mão o cheiro ruim aumentou de forma a Romeo quase vomitar, sendo ignorado pela mulher que ainda tirou mais um pedaço, antes de gritar o chamando a atenção.

— Julietta? — chama a mulher que ficou num silêncio que o fez pensar que tivesse desmaiado.

Tomando coragem para continuar ali, de onde ela arrancou os pedaços inteiros da parede, saiu parcialmente um esqueleto que de imediato fez Juliet Kasey se afastar, levando Romeo a puxá-la para perto dele.

— Mais que merda! Como você sabia disso? — perguntou a ela que se afastou e terminou de tirar a camada de gesso, fazendo o esqueleto cair por completo.

Pelo esqueleto, que era feminino, Romeo ainda conseguiu ver dentro do espaço o que sobrou de um pano claro no fundo, assim como pedaços de cabelo e sangue envelhecido nas paredes, onde deveria ter ficado as costas da vítima.

— Eu, vou sair daqui... — avisando a ele Juliet sai do cômodo e o deixa mexendo no esqueleto, que possuía pedaços faltando, caídos também no chão.

Uma das mãos, metade da perna, o maxilar. Aquilo com toda certeza era uma esposa de seu pai. Se era a mãe de Michelangelo ou a de Domenica era a dúvida maior ali, mas certo era que seu pai havia feito aquilo.

Saindo do banheiro, Juliet parecia pálida, o que o fez ir até ela e encostar a porta do quarto, que havia com seu cheiro empestiado todo o andar, deixando Romeo surpreso pela descoberta de Juliet Kasey.

— Tem mais alguém por aí? Você vê espíritos? Fala com eles? — pergunta a mulher que olhava fixamente para o quarto.

— Não. Eu.. Sei que parece estúpido, mas tenho sonhos...

— Você viu a mulher sendo colocada lá? — questionou curioso, apesar do medo da resposta.

A achava linda, boa de cama e aquela mulher o deixava satisfeito de uma forma que nunca pensou que pudesse ficar, mas se ela visse espíritos, não iria conseguir nunca mais dormir com ela. Tinha absoluta certeza daquilo.

— Não. Eu me vi no corredor. Indo até o quarto e lá ouvia gritos, batidas na parede. Então o sonho acabava... Não sei quem é mulher. — foi honesta antes de um dos seguranças aparecer apressado entre eles.

— Andre chegou, Don Mazzacurati! Quer subir imediatamente... — contando ao mafioso recebe um olhar perdido dele.

Havia se esquecido do presente de Juliet.

— Fique no meu quarto e pode escolher tudo que a agradar... Eu vou cuidar disso — avisa gesticulando para onde estava o esqueleto.

— Só dê a ela um descanso, por favor — Juliet Kasey pediu antes de entrar no quarto que ele havia sinalizado antes, com um pesar que o comoveu.

Levando o mafioso a pensar que se Anne era alguém que intimidava pela sua afinidade com baralho cigano, Juliet Kasey com seus sonhos então.... O deixariam bem assustado. Felizmente não era alguém que estava disposto a fugir. Na verdade, estava cada vez mais curioso para descobrir mais sobre a sua Donna. Que parecia muito ligada a segunda herdeira dos Di Marchi.

Nada menos que a maior máfia dos EUA.

Na Máfia Por Acaso EM ANDAMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora