Capítulo 27 - Romeo Mazzacurati

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Desafio batido, cá estou eu! Espero que gostem... Não odeiem o Michelangelo. Ele vai ter um livro inteiro para passar pelos seus percalços. Kkk

Deixando Juliet dormindo, Romeo compareceu logo cedo a reunião que convocou do conselho, chegando primeiro que todos, pois saiu depressa do lado de Juliet, uma vez que tudo que pensava era em voltar para cama e dar a ela um ótimo começo de dia.

Era irresponsável? Sim. Ele deveria nunca pensar naquilo?  Talvez. Se Juliet Kasey Bernard valeria a pena aquela loucura? Com toda certeza.

— Podemos começar? — Michelangelo avisando ao Don Mazzacurati recebe um sinal positivo dele.

Que fosse em frente e começasse com as coisas chatas. Tinha tido uma ótima noite e nada o mudaria. Michelangelo poderia dizer o que quisesse sobre Romeo e ainda sim o homem apenas concordaria e deixaria o imbecil falando sozinho. Porque tudo estava perfeito. Tinha um plano, uma Donna belíssima o aguardando, se livrou da pedra no sapato da Micaela e ia finalmente ser feliz, sendo solteiro e agindo como bem entendia.

— Temos a solicitação de uma audiência do senhor Don Mancinelli...

— Ele é um dos membros? Associados? — Romeo Mazzacurati perguntando curioso recebe um sinal negativo de Michelangelo.

Quem era aquele maluco e o que ele queria? Pedir uma audiência com os fundadores? De onde saiu aquela ideia e quem foi que disse que era possível?

— Acredito que deviam escutar o rapaz. Precisamos expandir os Três Poderes além da Itália. O que ele tem é uma ótima oportunidade para nós... — o Lupino informando a situação faz os conselheiros conversarem entre si.

Expandir a organização? Bem, demandaria muito trabalho e precisaria de muita confiança em quem quer que estivesse a frente de tudo aquilo. Não era uma tarefa fácil e demandaria tempo.

O que Romeo não tinha para ir a outro país fundar uma extensão da sua máfia, enquanto tudo estava lá para ser resolvido. A questão de Juliet, os Selvaggi e principalmente sua família. Avó, irmã, irmão e toda a reforma de sua casa. Além do rompimento com Micaela e como aquilo seria repassado ao resto dos Três Poderes.

— Aqui está todas as informações que precisam saber dele — o Consigliere passa a ficha com as informações entre todos, deixando a última para Romeo, que abriu irritado.

Um ato de coragem, rebeldia ou apenas descaso com a família e sua omerta? As opções eram muitas. E Romeo precisava estar lá para lidar com tudo referente ao seu rompimento. Além de pôr michelangelo em seu lugar, pois ele adorava passar por cima dos outros.

— Esse é o seu cara? Um garoto? — o Mazzacurati perguntando em tom debochado, recebe um olhar furioso em resposta.

Com seus vinte e quatro anos, o homem de cabelos loiros, olhos claros e uma barba por fazer, parecia intimidador a primeira vista. Mas era seu perfil que chamava a atenção.

O garoto tinha um Qi maior que o de Michelangelo, além das duas faculdades, voltadas para gestão de negócios e seu emprego anterior era basicamente num cargo alto da  bolsa de valores. Algo grande. Exceto pelo fato da máfia dele, dos Mancinelli ser uma família sem homens, tampouco recursos.

Estavam falidos e tinham um bom projeto. A ideia era tornar-se a maior máfia de informações dos EUA, contudo já havia os Di Marchi. E Romeo sabia que o conselho havia se negado a unir-se a eles anos atrás, por conta de seus negócios ilícitos, que poderiam manchar a reputação dos Três Poderes. Que os Di Marchi também possuíam e por isso não conseguiam uma aliança com os Três Poderes de maneira alguma.

— Apenas pensem nisso, porque continuarmos comprando informações se podemos criar nossa própria rede? Os Di Marchi já tem poder demais por muito tempo. É hora de criarmos uma máfia limpa nos EUA também...

— Parece ridículo — um dos conselheiros comentou recebendo sinais positivos dos demais.

Ele também pensava tal coisa, ainda sim, não ia dar o braço a torcer, uma vez que Michelangelo era bom em multiplicar dinheiro e com toda certeza aquilo seria produtivo a família deles. O homem havia feito o impossível uma vez, porque não deixá-lo fazer o impossível novamente?

— Felizmente quem decide sou eu e meu Consigliere. Se para ele estiver tudo bem, não vejo porque não aceitar a audiência. Sendo assim, a marque para daqui a quinze dias, Lupino...

Encerra de uma só vez o assunto, aguardando que todos façam silêncio para informá-los de sua decisão.

— Bem, vim apenas para comunicar a vocês que não precisam mais se preocuparem com a minha descendência — mentindo com sua cara mais deslavada recebe apenas expressões surpresas em resposta.

— Não ia espera até o casamento para... — Michelangelo confuso o faz rir.

— Sua irmã não é virgem, mas também não é a mãe do meu filho, não se preocupe — Romeo Mazzacurati retrucou sem paciência irritado com a ideia de ter um filho com aquela mulher insuportável.

Se fosse pra escolher, ficaria com Juliet, que mostrava ser uma boa mãe, levando em conta seu trabalho de babá da Domenica, além de ser algo muito mais intenso entre quatro paredes, pois Romeo nunca sabia o que viria dela de um dia para o outro e aquele tipo de novidade constante o deixava feliz.

— Como é? — o pai de Luca Quintavalla entrou no assunto chocado.

— Juliet Kasey é a mãe do meu herdeiro e vim informá-los que me casarei com ela como manda o código... — começa seu discurso que ensaiou antes de chegar.

Juliet não estava grávida, ainda, mas poderia trabalhar naquilo assim que encerrasse a reunião. Estava se sentindo o cara mais esperto da sala, até que Michelangelo sorri e cruza seus braços sério:

— Ela é de qual família dos Três Poderes?

Respondendo que não havia nenhuma ligação dela com as famílias, Romeo gera burburinho ao fazer um sinal negativo com a cabeça, ciente que havia alguma coisa que deixou passar.

— Bem se não é uma das filhas da máfia, apenas se certifique que ela tenha uma criança. O casamento só é interrompido em caso da gravidez de uma filha da máfia... — Michelangelo dizendo calmo irrita o homem.

Aquele Consigliere maldito não iria fazer o que estava pensando, iria?

— Sugere que eu deixe minha mulher e filho desamparados? — contendo seu ódio, Romeo fecha as mãos em punhos.

Juliet não esperava um filho dele, ainda sim, a ideia daquilo acontecer a ela o enfurecia de uma forma que não conseguia pensar em outra coisa, senão matar o Lupino desgraçado.

— Sugiro que você dê um bom dinheiro a mulher, fique com a criança e case com Micaela. Seu herdeiro não vai ficar desamparado...

— Juliet Kasey vai! Não vou deixá-la sozinha! — afirmou recebendo olhares desconfiados dos presentes.

Respondendo que não havia nada a ser feito com relação a ela, Michelangelo ainda fez questão de informá-lo que Micaela iria visitá-lo para ajudar ele com a gravidez, além do seu irmão mais novo, que era médico, ir visitar a mulher, para se certificar que a gravidez correria bem.

Algo que era impossível, uma vez que Juliet Kasey não estava grávida e no que dependesse dele não estaria, pois não gostava da ideia de condicionar uma criança a prisão que ele viveria casado com aquela mulher.

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