Capítulo 34 - Romeo Mazzacurati

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Notas da Autora:
Amores da tia! Perdão pela demora...! Para me desculpar com vocês trago mais um capítulo e um desafio! 😍 😍 😍 30 votos e 30 comentários e teremos atualização ainda hoje! Que tal? Vamos ver se dá? 👀
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Michelangelo havia passado dos limites. De todas as coisas que poderia ter feito para atingir Romeo, distraí-lo para sua irmã incomodar sua Donna foi a pior delas.

Haviam limites quando se tratava da máfia e família era algo que ninguém poderia tocar, quer fosse inimigo ou não. Quando Michelangelo errou no passado não fez questão alguma de trazer aquilo a tona. Mesmo quando o pai dele, tentou convencer Romeo Mazzacurati a ajudá-lo a prejudicar ele, o homem se manteve irredutível quanto ao que houve no hotel oito anos atrás.

— Está ciente que essa situação vai trazer o pior dele a tona, não é? — Luca Quintavalla tenta mudar a ideia de Romeo que apenas dá de ombros.

Que ele tivesse pensado com seu cérebro e não com o pau quando dormiu com uma agente americana disfarçada. As ordens eram claras, surpreendê-la, junto de seu informante e matar os dois. Algo rápido, limpo, sem testemunhas ou danos colaterais. Entretanto, Michelangelo, obsecado pela menina na época, não pensou muito e além de abordá-la, expondo seu rosto para quem pudesse ser os outros membros de sua equipe, dormiu com a mulher. A deixando viva, apesar de incrimidada pela morte e de seu informante.

O que trouxe a conexão do morto com os Três Poderes no radar da polícia e os custou muito dinheiro para fazer desaparecer.

Um efeito colateral que poderia ter sido evitado, se o maldito tivesse pensado direito e não com o pau. Kate. Coincidentemente irmã de sua Juliet Kasey, deveria ser só mais um trabalho, alguém a ser uma ponta solta, um nos muitos números de turistas desaparecidos, mas tornou-se o calcanhar de Aquiles do Consegliere mais odioso dos Três Poderes. Tudo porque Romeo naquela época foi esperto e manteve por perto um homem que, na pior das hipóteses poderia em situações extremas usar.

— Nicola Penna acabou de ligar. O último membro do conselho das vinte famílias faleceu na volta à visita da casa de sua amante... — Luca avisou ao desligar o celular e trazer Romeo dessa forma ao presente.

Respirando fundo, o mafioso sorriu, em seguida fazendo sua expressão mais vazia antes de olhar para Anne e dizer:

— Prepare uma coroa de flores bem bonita para o funeral. E se possível ligue para a viúva. Precisamos nos unir nesses momentos de fatalidade e tornar a família mais forte...

Se colocando de pé com agilidade, Anne sorriu divertida e se voltou de costas para os homens, falando que seria algo muito doce da parte dele se não tivesse sido o próprio Romeo quem ordenou a morte do Don Penna.

Um antigo membro da família dos Três Poderes, que possuía um cargo bem maior do que merecia, dada a covardia excessiva do homem. E que honestamente já ia tarde, pois seu filho Agnelo Penna possuía muito melhores qualificações e ao contrário do pai, não se distraia com bagascias por aí. Uma aquisição que estava perdendo seu tempo como soldado de Luca Quintavalla e agora graças a Romeo teria chance de provar seu valor como líder de sua família que vivia a causar problemas por aí.

— Já avisei a Michelangelo que sua presença é solicitada no meu escritório. Ele chegará em trinta minutos — Luca contando calmo faz Romeo voltar a mexer na pasta que recebeu de um amigo dos EUA.

Graças as informações que Anne disse, unindo as que a própria Juliet Kasey também soltou, Romeo conseguiu encontrar a famosa Zoey Katherine Bernard.

Nas fotos, que mostravam ela em lugares genéricos, podia-se ver que a pobre moça conseguiu recuperar-se e agora trabalhava e vivia bem. Sempre cercada por soldados da família dos Di Marchi, ela até mesmo parecia mais adulta aos olhos de qualquer um que fosse. Ao contrário da época, quando tinha seus dezessete e estava a menos de uma semana de completar seus dezoito anos. Quando envolveu-se com Michelangelo.

Até mesmo as roupas da mulher lembravam um pouco o estilo do Lupino. Sempre de roupas escuras, ela só se diferenciava no cabelo, que agora tinha dreads na cor azul e era possível ver também um piercing no nariz.

Se Juliet soubesse que ele estava a usar sua irmã mais nova em algo com toda certeza iria matá-lo, entretanto, se usar a imagem dela para pôr Michelangelo aos seus pés era o que precisaria fazer, Romeo o faria de muito bom grado. Esperou por anos a oportunidade de usar o erro de Michelangelo contra ele e não iria desperdiçar.

— Domenica quer sorvete... Querem também? — perguntou Juliet ao entrar na sala, mas sem conseguir ver as fotos no envelope.

Pois Romeo havia sido mais rápido e as guardou antes que ela parasse as suas costas. A olhando sério, incrédulo que Juliet Kasey estava achando que iria para rua sem mais nem menos.

— Diga ao homem na entrada da casa o que querem e ele trará a vocês. Não pode sair daqui, mia Donna...

— Ah pelo amor de Deus! É só um sorvete! Não tenho sequer meu passaporte, Romeo! Não posso fugir para lugar nenhum! — reclama com o homem que a olha pensativo e ainda sim nega ao pedido dela.

— Michelangelo estará aqui em breve. Não quero você perto dele! É perigoso. Preciso arrancar uma mão a deixá-la ser um alvo. Fique segura! — disse a ela segurando com força seu plano de contingência.

Sua moral não era algo muito sólido, sendo assim não sentia nada em dar imagens de Kate para Michelangelo. Aquela mulher era uma fraqueza na grande fortaleza que aquele bastardo era e Romeo não poderia ser burro de desperdiçar a oportunidade.

Se colocando de pé, ajeita seu terno, olha para Luca e pede que Anne tome conta de sua Donna, Juliet. Dados os avisos para que tomassem cuidado, o mafioso sai da casa de Luca, com ele no seu encalço e solicita a segurança que reforce a cobertura do lugar, indo para a entrada do terreno, que era onde ficava a boate e o escritório de Luca, onde aguardariam Michelangelo chegar.

— O que está fazendo? — seu amigo questiona a Romeo que espalhava as fotos com as mãos pela mesa dele.

— Nada de prejudicial. Em caso de ataque, mantenha ele longe de mim. O bastardo tem a mão pesada e eu estou sem minha arma — explicando a Luca Quintavalla recebe um sorriso em resposta.

Odiava corpo a corpo. Havia apanhado uma vida inteira por não gostar de se machucar. Ele preferia ficar seguro, a distância matando. Apenas não tinha paciência para tirar sangue de suas roupas depois.

— Outra coisa e quanto ao problema com os Selvaggi? — Luca lembrou a ele que depressa concordou.

Uniria seus soldados e resolveria o problema na casa principal dos Selvaggi. Após resolver com Michelangelo, íris na madrugada até a casa do pai de Alonzo e mostraria  o que ele ganharia reclamando o direito sobre Juliet e o filho que ela carregava.

Não havia sido inteligente ela dizer que o filho de Romeo era de Alonzo, mas não podia culpá-la. Estava grávida, com medo e no mínimo Michelangelo havia a ameaçado em caso de contar a alguém que o filho que esperava era de Romeo Mazzacurati. Sua Donna era uma vítima de todas aquelas pessoas que estavam tentando o tirar do seu cargo. E ele não deixaria que a incomodassem mais.

— O que querem? — Michelangelo reclama ao entrar na sala, olhando para Luca de pé ao lado de Romeo, sentado na cadeira confortável do escritório do amigo, com seu sorriso mais bonito no rosto.

— Achei que já era hora de colocar as coisas em ordem, não acha? — perguntando ao homem gesticula para que ele se sente.

Contrariado, Michelangelo mexe em sua gravata, fecha a cara e se senta na cadeira indisposto a estar ali até que seu olhar vai para a mesa repleta de fotos da sua querida Kate, fazendo o homem trincar os dentes, ficando tenso no mesmo instante.

— O que você está fazendo com fotos dela? Onde a encontrou? — gritou se colocando de pé o que só aumentou o sorriso convencido de Romeo.

Quem diria que o próprio diabo cairia de amores por uma mulher? Ele não diria, mas toda a situação estava saindo melhor que a encomenda. Isso era.

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