guerrilla; l.s

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     Essa é a introdução da "segunda temporada", espero que não tenha ficado muito confuso a transição de anos que se passaram (2).  (COMENTEM O QUE ESTÃO ACHANDO, ISSO ME AJUDA MUITO, ACREDITEM.)

[ ll parte] 

   Noham foi uma época bastante tranquila para Harry até sua maior idade. Nessa fase, ele havia crescido devagar, com naturalidade e uma maturidade estrondosa. Claro que demorou certo tempo para o garoto aprender a controlar seus sentimentos e suas crises de abstinência. Se você imagina que se tratava de abstinência ao álcool, se engana... Se bem que, o efeito de Louis Tomlinson em Harry Styles era como o do álcool para Niall, tão vicioso que se tinha água na boca. Mas então o jovem rapaz se lembrava que Louis Tomlinson havia lhe causado problemas, destruído sua vida e ido embora, feliz e saudável emocionalmente com sua amada Eleanor e seu bebê. Certo. Ainda não era fácil lidar com isso mas... Quem precisava saber? 

   Desde que Liam e Zayn haviam retornado para Noham, se casaram e agora moravam tranquilamente no fim na rua, bem próximos de Harry e  viam o amigo sempre que podiam, apesar de Harry ter mudado muito no ponto de vista de ambos. Quase tudo havia retornado para Harry, quase todos os seus amigos estavam por perto e ele se sentia minimamente estável. Acabou tudo, toda aquela guerra social, toda aquela revolta. O povo realmente amava Harry Styles, ele era excepcional em tudo o que fazia, limpando a imagem que um dia Des havia plantado. Não que Harry tivesse o foco distante dos negócios, nesse ponto ele era frio, exatamente como o pai. 

-Ahm... — Gemma adentrou o escritório majestoso do irmão. Ao lado da porta, havia uma estante que cobria toda a parede, com fileiras e fileiras cheias de livros encadernados em couro, que iam do chão até o teto. — Não queria incomodar mas...

-Tishio! — Apontou a pequena Heidi no colo de Gemma. 

-Olá, pequena! — Harry cumprimentou a sobrinha, se levantando apressado e pegando a menina no colo, que soltou gritinhos animados em meio a palavras mal formadas. — Eu também senti sua falta, faz o que? Meia hora que não nos vemos? 

-Bem, eu deixei ela na sala com o Niall mas ele dormiu e ela ficou assustada com os roncos. — Gemma gargalhou. — Aurora está ficando muito cansada para cuidar dessa gatinha manhosa, ela não parava de gritar pelo "tishio", achei que fosse gostar de vê-la e...

-Oh, céus! Cale a boca e me deixe com a Heidi de uma vez.  — Harry revirou os olhos e empurrou a irmã risonha para fora do escritório. 

-Dá! — Pediu Heidi, assim que o tio fechou a porta do escritório. — Dá! 

-O que você quer, kitten? — Harry se sentou na poltrona, encarando os olhos esmeralda da menina. 

-Dá! — Gritou novamente, apontando para a bandana na cabeça de Harry. 

-Oh... Mas eu preciso disso. — Harry franziu o cenho. 

-Ixo... — Murmurou Heidi, apontando para a lata de lixo, formando um beicinho de reprovação. — Nah... 

-Você quer que eu jogue minha bandana no lixo? Que audácia! — Harry fingiu estar bravo. — Vou chamar o tio Niall, hum? 

-Nah, nah, nah... tishio. — Heidi implorou, combrindo a boca de Harry e escondendo o rosto na curva de seu pescoço. 

-Brincadeira, baby, eu te amo muito, seria incapaz de te fazer algum mal como por exemplo, chamar o Niall aqui. — Harry acariciou os cachos da sobrinha. — Linda. 

-Indo. — Gargalhou Heidi, sem saber direito o que estava dizendo e depositando um beijo molhado no queixo do tio. 

-Indo? Está indo aonde? — Harry se fez de desentendido. 

-Tishio indo! 

-Titio lindo, não? — Harry acariciou as pequenas orelhinhas da menina. — E o tio Niall? Repita comigo: Niall titio feio. 

-Au tishio eio. — Tentou imitar, a garota.

-Quase lá... — Harry gargalhou, anotando em um bloco de notas as palavras novas que ensinava a sobrinha. 

    Ele enrolou seu grosso casaco ao redor dos ombros de Heidi, que aproximou a peça contra o corpo e se acomodou em seu colo. Era inacreditavelmente fofo e familiar ter alguém para cuidar, ensinar coisas novas e amar. Uma onda de gratidão dominou Harry. Ele tinha que agradecer muito a Ashton e Gemma por permitirem que Heidi passasse a maior parte do tempo com o "titio solitário" apenas para vê-lo sorrir.

-Sabe de uma coisa, baby? Hoje será uma daquelas noites em que o tio Liam e o tio Zayn vem para cá... Nós ficamos acomodados ao redor da lareira, nos aquecendo por conta da neve e... — Heidi suspirou, ouvindo tudo com atenção. — Niall sempre está aqui. Sua mamãe, seu papai e você. Aurora. Vocês são tudo o que eu sempre quis, me pergunto se sentem o mesmo em relação a mim ou estou me iludindo com toda essa paz que de repente surgiu. Você se lembra do homem malvado que lhe falei? — Heidi arregalou os olhinhos e bufou, sonolenta. — Eu sinto a falta dele, isso é doentio, não é? Isso nunca vai passar... Você sentiria minha falta se eu morresse? Se me encontrassem morto no banheiro? Eu poderia fazer parecer um acidente, eu poderia, não é? Eu não sou tão bobo, ao menos morrer, eu sei. 

-Gemma! Ele está fazendo de novo! — A voz de Ashton ecoou pelo corredor e Harry abaixou a cabeça, derrotado. Lá estava ele novamente. 

-O que houve? — Gemma entrou correndo no escritório. 

-Só estava colocando a Heidi para dormir. — Harry afirmou. 

-Harry, por favor, você estava contando mais um de seus planos suicidas para nossa bebê. — Ashton suspirou, angustiado. 

-E-Eu... — Os olhos de Harry se encheram de lágrimas ao que Gemma tomou Heidi de seus braços. 

-Pare com isso, por favor, tenha um pouco de sanidade. Ela pode ser pequena agora e não entender nada, mas vai chegar um momento em que ela vai entender e não vai saber lidar com toda essa sua linha de raciocínio doentia! — Gemma murmurou, saindo do escritório depressa, enquanto Heidi acordava e choramingava pela agitação repentina. -Apenas supere de uma vez. Shh... Passou, bebê.

   Muitas coisas haviam mudado, claro, a começar pela estabilidade emocional de Harry, nada que uma surpresa vinda do passado não pudesse mudar em questão de apenas um olhar. De qualquer forma, Harry precisava estar preparado para mais movimentações.