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 [N/I] gente, eu tô péssima pra escrever ultimamente, então me desculpem se isso saiu confuso demais, apressado demais ou com alguns erros, prometo revisar depois, okay? só estou postando por vocês serem maravilhosos e terem comentado d+++ no último capítulo, espero que façam o mesmo com esse capítulo, se assim for, tem atualização mais rápido!!! amo vocês. BOA LEITURA, KITTENS.

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     Harry descobriu a porta pouco depois de terem se mudado para a casa.
   Desde então, depois de seu quarto, o sótão passou a ser seu lugar favorito no mundo todo, o velho sótão sob o telhado com uma pequena janela que dava uma bela vista do jardim que hoje tinha as plantas murchas graças a neve que as cobria desde muito cedo. Noites em claro foram passadas naquele lugar, telas foram pintadas, músicas foram compostas, bebidas foram escondidas -para fugirem do olhar acusador de Gemma- e o antigo diário de Harry também estava guardado dentro de um cofre no sótão. Era um ambiente de muito peso sentimental para Harry.

  Louis explorou o local com os olhos, percorrendo a visão em cada prateleira, dos livros aos vinhos, dos vinhos aos móveis velhos e dos móveis velhos a Harry, sentado em uma poltrona com sua filha no colo. Harry foi até a janela e observou a neve cair. Não era o tipo de neve sob a qual podia-se caminhar, tratava-se de outro tipo, o tipo que se atira do céu e se esparrama por onde cai. Era uma neve determinada, e, no momento, sua determinação era transformar o jardim em um grande borrão branco. 

-Não é bonito, Katherine? — Harry indagou se referindo a neve que caia do céu. 

-Harry... Me desamarre. — Louis pediu, tentado soltar-se da corda presa a cadeira num canto do sótão em busca de um pouco de alívio em seu braço que parecia estar prestes a se rasgar.

-Suponhamos que eu também estivesse amarrado, você me soltaria? — O rapaz virou-se na direção de Louis e franziu o cenho. 

-Claro que sim! — Ele responde se debatendo na cadeira, já irritado. 

-Então por qual motivo ainda existem cordas no meu pulso psicológico? Você ainda não as tirou de mim... — Harry colocou a pequena garotinha de pé no chão e caminhou na direção de Louis com o olhar carregado de questionamentos. — Eu ainda estou amarrado a tudo, Louis. Não devia se importar tanto assim com essa corda física! 

-Harry, não guarde mágoas! Você nunca me deu a chance de lhe explicar que eu realmente nunca te... — Ele tentou se explicar, levantando a cabeça e encarando Harry nos olhos. O azul no verde. O verde no azul. — Nunca... 

-Nunca me traiu? — Louis suspirou, abaixando a cabeça novamente e encarando suas botas surradas. — Kath provavelmente saiu de dentro de um repolho. Mamãe sempre me contava que crianças vinham de dentro de repolhos, nunca comi repolhos com medo de ferir alguma criança mas suponho que... 

-Pare de falar de repolhos e me tire daqui. — Louis grunhiu e Harry riu baixinho. 

-Apenas cale a boca. — Harry exigiu, puxando os cabelos de Louis com força e fazendo-o lhe encarar nos olhos e suspirar agitado. 

-Se quer me machucar de alguma forma, p-pelo menos tire minha filha daqui. — Louis pediu, mordendo o lábio para evitar um soluço. 

-Ei... Eu não quero te machucar. — Harry aproximou seu rosto do de Louis e pousou o olhar nos lábios finos do rapaz, acariciando-o suavemente na bochecha. — Eu quero fazer milhares de coisas! Eu fiz até mesmo uma lista, espero que não se importe.

-G-Gatinho... — Louis mordeu o lábio e encarou Harry fixamente nos olhos, tentando encontrar vestígios daquele garoto de dezesseis anos que fez com que ele descobrisse o lado bom da vida. 

-Eu vou mandar te soltarem, hum? Você vai ficar aqui. — Harry se afastou bruscamente e caminhou até a porta, com um olhar vacilante. — É melhor se acostumar com o ambiente, você não vai embora daqui tão cedo... Suponho que Kath também não. 

guerrilla; l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora