Louis sentou-se ao lado de Harry no tronco seco que permanecia em frente a fogueira. Já podia sentir o efeito das chamas lhe trazendo conforto e aquecimento. Harry sorriu gracioso ao que uma das gêmeas, Dayse, correu em sua direção e se apossou de seu colo como se fosse a poltrona mais confortável que já encontrara. O coração de Louis estava acelerado, ele não sabia bem o por quê.
Quando Eleanor aparecera, vinda de dentro da barraca de Phoebe e Jay, Harry ficou pálido e quieto, podia-se sentir seu desconforto a quilômetros de distância. Louis realmente não entendia o por quê de tudo aquilo, Harry era uma pessoa doce e não costumava julgar as pessoas pela aparência, mas com Eleanor, ele estava sendo completamente imparcial e grotesco. Louis fez uma nota mental de que mais tarde, perguntaria a Harry o motivo pelo qual ele agia como se Eleanor pudesse lhe fazer algum mal. Mas por enquanto, ele preferia abraçar o menino e lhe passar um pouquinho de conforto.
-Tio Harry. — Chamou a pequena Dayse, cutucando o queixo do cacheado, a procura de atenção.
-Sim, babe? — Sorriu, Harry estava surpreso por ter sido chamado de 'tio', ele se sentia em algum tipo de cargo importante na vida da garotinha de orelhas pontudas.
-Eu e Phoebe fizemos um presente para você! — A garota destacou o 'você', apontando para o peitoral de Harry.
-Olha só, fizeram um presente para o Harry! — Sorriu Louis, arqueando as sobrancelhas, ele sabia o quão as irmãs eram doces e ele realmente torcia para que fosse o que ele estava pensando. — O que é?
-Na verdade é um presente para você e o Louis, tio Harry. Fechem os olhos que eu já volto. — Instruiu a garotinha, que saiu saltitando sem nem ao menos conferir se eles estavam mesmo de olhos fechados, Louis e Harry olharam um para o outro, e então sorriram.
Harry sentia-se observado, a garota ao longe era Eleanor, ela o fitava de cima a baixo e ele sentia um desconforto tremendo. Louis era incapaz de notar, ele era incapaz de ver algum tipo de maldade vinda daquela garota. A não ser, que ele tivesse algum tipo de afeição pela mesma, então, Harry não poderia julgá-lo por se sentir atraído.
-Fechem os olhos! — Uma voz infantil e aguda cantarolou de longe, então Louis e Harry deram as mãos e fecharam os olhos. Ouviram ruídos e risadinhas vindos das duas garotinhas que remexiam em algo. — Já podem abrir.
Louis abriu os olhos e correu o olhar na direção de Harry, o garoto estava realmente lindo. Uma coroa de flores rosas, roxas e brancas se apossava de seus cachos, os realçando e o deixando com uma feição um tanto angelical. Seus olhos verdes estavam destacados pelas chamas da fogueira e ele sorria, expondo as covinhas e olhando para cima como se a coroa de flores fosse a coisa mais bonita do mundo. E realmente era, Harry dava essa aparência a tudo que usava. A tudo que tocava. Ele parecia um verdadeiro príncipe, um anjo ou até mesmo... Uma fada? Harry estava incrível.
-Eu adorei, meninas, vocês são demais! — Harry bateu palminhas, ele era doce demais para ser real. — Vocês são muito talentosas, depois quero que me ensinem a fazer.
-Tudo bem. — As duas menininhas balançaram suas cabeças freneticamente como se houvessem recebido algum tipo de ordem, elas estavam encantadas tanto quanto Louis.
-Mas cadê o presente do Louis? — Harry curvou a cabeça para a direita, analisando, procurando algo em Louis.
A pequena Phoebe ergueu um espelho de mão até a altura do rosto de Harry, então ele se analisou pela primeira vez e permaneceu confuso, enquanto Louis, permanecia sorrindo, encantado.
-Você, gatinho. — Louis sorriu. — Você é o meu presente. Um ótimo presente, eu diria. — Brincou, batendo nas mãos das duas irmãzinhas em high-five.
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guerrilla; l.s
RomanceAlgo havia mudado em seu rosto e, sob a luz fraca da lamparina, Louis não conseguia decifrar o que significava. Era quase como se ele já soubesse suas razões mas quisesse ouvir da boca de Harry, que sim, ele era o motivo de sua chateação.