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   Louis descia lentamente a camisola larga de Eleanor até que a garota estivesse completamente nua, olhava para ela com tanto desejo que nem ao menos parecia estar receioso com os sentimentos um tanto frágeis de Harry. Debruçou seus lábios no pescoço dela, deu beijos suaves e seguiu rumo ao seus seios, encheu a mão com um deles e olhou para a inocente Eleanor com tanta luxúria, que quase chegava a ser sólido. A garota mordiscou os lábios dando pequenos indícios de prazer se alastrando por suas estruturas assim que Louis mordiscou delicadamente um de seus seios. Um suspiro prazeroso, dois, três... e isso acabou se tornando um ofego desesperado. O ofego de mais um dos pesadelos de Harry. Ele tentou abrir os olhos, mas era como se fosse obrigado a permanecer com eles fechados em forma de castigo por ser tão ingênuo. Por longos e dolorosos segundos, Harry teve que presenciar mesmo que em um terrível pesadelo, Louis delacerando-se nos braços de Eleanor. A garota tinha um sorriso cínico nos lábios, ela parecia imaginar que Harry assistia tudo em completa nitidez. 

   Então ele abriu os olhos se dando conta que já era um novo dia, a luz solar adentrava as minúsculas e arredondadas brechas de sua janela, dando assim, um desenho pontilhado de luzes em sua parede branca. Suspirou aliviado por tudo não ter passado de um pesadelo, um caroço se apossava de sua garganta. Ele sentia que não deveria estar aliviado, ele não necessitava sentir mais nada por Louis, nada além de ódio. Todo esse ódio tendia a crescer a medida que Harry imaginava Louis e Eleanor andando de mãos dadas, cercados por admiradores ingênuos do mais novo casal. De repente, notou que sentia falta de algo. Não era de Louis. Era de um mínimo que fosse respingo de bebida em seu paladar. Harry sentiu necessidade de beber e quem sabe assim, esquecer ou ignorar os seus patéticos sentimentos por Louis que o afoitavam pouco a pouco.
   Olhou para o lado e notou que a imensa cama estava muito bagunçada para ele ter passado a noite sozinho, Gemma ficou com ele até onde pôde. Era muito difícil para ele contar a irmã como se sentia em relação a tudo e TUDO o que realmente havia acontecido. Por que Harry havia se apaixonado e o motivo qualquer para sentir que era correspondido. Limpou as lágrimas fujonas com as costas da mão, se levantou e seguiu em direção ao pequeno banheiro que havia dentro de seu quarto imenso. Harry se olhou no espelho, parecia devastado. Preferiu fingir que era coincidência do destino e ignorou o fato de que realmente era assim que se sentia... devastado. Ouviu alguém bater a porta, ajeitou minimamente seus cachos no lugar e foi receber.

-Bom dia, Harry! — A doce e velha Aurora possuía um sorriso genuíno nos lábios. Sua orelha canina, levemente esbranquiçada quase misturava-se com o crespo branco de seus cabelos emaranhados em um coque mal feito.

-Bom dia, Aurora... — Harry sorriu. — Veio me trazer o café da manhã? 

-Não, rapazinho. Na verdade vim avisar que o café já está pronto. — Suspirou, sorridente. — Seu pai pediu para que eu lhe chamasse para se reunir a mesa com sua família.

-M-Minha família? — Harry abriu os lábios em um perfeito "O", chocado com a repentina demonstração de afeto de seu pai. Até parecia que ele realmente se importava com a família. 

-Seu pai errou muitas vezes... — Aurora revirou os olhos baixos. — Mas acho que ele agora quer realmente que vocês sejam uma verdadeira família. Ele estava tão preocupado com você, Harold. Você nem imagina! 

-Então porque ele não deixou eu ver minha mãe ontem? Nem Gemma? — Harry franziu o cenho, suspeitando, depois deu um tapa em sua própria testa. Ele deveria acabar de vez com essa mania de suspeitar de todos, lembrou-se que estava em casa, com sua verdadeira família, não na floresta, com Louis Tomlinson. Aurora deu de ombros e se pôs a descer as escadas vagarosamente, ela era mesmo muito idosa para ser governanta. 

   O gatinho apenas vestiu-se com uma calça preta, uma camisa branca e uma de sua botas desgastadas. Se conferiu novamente no espelho e notou que seus cachos haviam crescido depressa, rasgou uma de suas camisas velhas e a usou como uma bandana para tirar toda a cabeleira dos olhos. Sorriu com o reflexo murcho de si mesmo. Desceu as escadas de dois em dois degraus até chegar a gigantesca copa e se deparar com uma mesa bem arrumada e pais sorridentes conversando como um casal apaixonado. Ele não sabia o que dizer, olhou para Gemma e a irmã deu de ombros, demonstrando também não entender bulhufas da situação. Tentou demonstrar frieza, não era algo dos Styles dar "bom dia", dizer "eu te amo" ou até mesmo um "senti sua falta", Des nunca permitia esse tipo 'exagerado' de demonstração de afeto.

guerrilla; l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora