Princesinha Mafiosa.( CONCLUÍDA )

💀.Twelve.💀

- Rita, se ele se aproximar da minha porta diga que eu não estou. - Digo nervosa.

- Sim senhora, algum motivo? - Fico agitada.

- Não, só diga que ele não pode entrar, ou que eu não estou. - Ela assente.

Papai demitiu Cíntia assim que soube como ela me tratou, Rita agora é minha assistente pessoal e eu realmente confio nela pois a mesma me mostrou ser uma pessoa muito simpática.

Entro em minha sala e me tranco ali.

Suspiro aliviada.

Ele não vai me perturbar aqui.

Hoje eu tenho milhares de coisas para fazer então não posso ficar fazendo o joguinhos de Louis.

Faz dois dias que ele me beijou pela primeira vez e toda vez que nos encontramos ele me agarra e isso resulta em discussão da minha parte, pois ele mesmo não dá a mínima para o que eu digo.

Meus professores me deram uma folga de um mês para que eu pudesse tomar conta da empresa.

Papai estendeu a viagem e isso deixou Mamãe irritada e muito emotiva, eles brigam o tempo todo e eu sempre acabo tendo que acabar a ligação.

Se papai soubesse o que está acontecendo viria logo para cá e eu não estaria passando por essa com Louis.

Droga, ele parece uma criança, será que não vê que isso não vai dá certo.

Ele é dez anos mais velho que eu.

Eu não tenho nem dezoito ainda.

- Eu já falei que você não pode entrar. - Ouço a voz de Rita e extremeço.

- Quer dizer que agora ela está se escondendo de mim. Isso é muito feio coelhinha. - Ele grita para que eu escute.

Miserável.

- Senhor eu já disse que ela não está, não insista. - Rita diz já irritada com ele.

Paciência Zero.

- Eu vou te pegar em algum lugar e você vai se arrepender de se esconder de mim coelhinha. - Não ouço mais vozes depois disso.

Suspiro me deitando na cadeira do papai, ufa.

Não o encontrarei tão cedo.

(...)

- Aé? Você está cansado? Imagina eu. Faz dias que eu não te vejo. - Ouço mamãe gritar ao telefone.

Droga.

Corro subindo as escadas.

- Quer saber? Resolva tudo o que tiver que resolver, eu vou embora da sua casa e da sua vida, Adeus. - Ouço o barulho do celular ao ser jogado na parede, entro no quarto e vejo ela chorando.

- E agora? O que foi? - Me sento ao seu lado.

- Agora toda vez que ligo para ele, está sempre cansado, imagino o que esteja fazendo para ficar cansado. Malditas Austrálianas. - A olho perplexa.

- Mãe, está louca, acha que papai trairia mesmo você? Está se ouvindo falar? Stwart nunca faria isso com você, papai é louco por você, qualquer um ver isso só de olhar o jeito como ele te olha. - Meu celular toca e vejo que é ele. - Viu? Com certeza deve estar apavorado com o que disse. - Digo me levantando.

- Lua, atende e diz que eu saí de casa. - Choramingo.

- Odeio quando me fazem fazer isso. - Atendo o celular.

- Lua? Onde está sua mãe? - Papai indaga desesperado.

- Ela... Saiu de mala e tudo. - Digo de olhos fechados.

Ouço um silêncio e logo depois ouço o mesmo chorando.

- Não, não, não. Ela não pode me deixar. Lua faça de tudo para saber onde ela está indo, eu estou voltando para casa, foda-se a máfia, eu quero minha mulher. - Ele desliga.

Olho para mim mãe que me olha querendo saber o que ele disse.

- Papai disse que está voltando para casa, ele disse que não quer perder você. - Ela coloca as mãos no rosto. - Mãe, sei que não está sendo fácil lidar com a gravidez, você anda muito sensível a tudo, não quero que passe por um estresse grande, tente entender o papai, ele está fazendo isso por nós também. - Ela me olha com seus olhos marejados.

- Eu não sei o que está havendo comigo, não consigo me controlar. - Me levanto.

- Ele deve chegar de madrugada. Daqui e três horas mando uma mensagem dizendo que consegui te trazer de volta para casa, espero que vocês se ajeitem. - Ela sorrir para mim.

- Obrigada filha, você é um amor. - Assinto sorrindo. - ah... Pode pegar chocolates e salgadinhos na dispensa pra mim? - Assinto rindo.

- Tudo por meu irmãozinho e por você. - Saio de seu quarto e vou até a dispensa.

Pego chocolates branco e preto e salgadinhos do tipo Cheetos que ela adora e Doritos.

Entro em seu quarto e não a vejo.

- Mãe? - A chamo colocando as coisas na cama.

- Estou no banho, deixe as coisas aí, obrigada querida. - Sorrio.

- Também vou tomar um banho, qualquer coisa me chame. - Saio de seu quarto e vou direto para o meu.

Meu celular toca e atendo pensando que o papai.

- Oi pai. - Digo calma.

- Errado Coelhinha. - Fecho os olhos me julgando mentalmente por ter atendido sem ler quem era.

- Louis, o que você quer? - Indago abrindo a porta do meu quarto.

- O que acha? Terno ou jaqueta? Ou talvez um Smoking? Ou nada. - Franzo o cenho.

Coloco o telefone entre meu ouvido e meu ombro e começo a desabotoar minha blusa social.

- Do que está falando Louis? - Indago tirando minha blusa.

- Estou falando do que vou usar hoje a noite no nosso jantar. - O que? Onde? quando?

- O que? Como assim "nosso jantar"? - Ele rir.

- Coelhinha, daqui a uma hora é melhor estar pronta, pois eu estarei no seu jardim e só vou sair daí quando você estiver pronta para jantar em meu apartamento. - Nocaute.

- O que te faz pensar que eu aceitaria ser ameaçada por você? - tiro minha calça e me levanto pegando o celular e trocando de orelha.

- Sou bom com a arte de sedução, você sabe disso. - Não sei o que isso tem haver mas ok.

- Louis, eu estou indo para meu banho agora, quando acabar ele, vou colocar um pijama e vou deitar na minha cama, fim. - Ele rir.

- Não poderia estar mais errada coelhinha, é melhor estar pronta quando eu chegar, pois eu vou começar a gritar e só vou sair daqui quando você estiver na minha frente. - Daqui? - A propósito, gostei da langerrie, branco se tornou minha cor favorita.

Olho para minha janela e vejo o bastardo acenar do jardim, fecho a cortina rapidamente.

- Miserável! - Digo com raiva.

- Não diga palavras feias coelhinha, você tem uma hora e não me faça esperar mais que isso. - Ele desliga, olho para o quintal e vejo ele sentar na grama e acenar pra mim dando toques em seu relógio.

Mando o dedo do meio para ele e o mesmo rir.

Maldição.

Louis só pode ser um Karma na minha vida.