Princesinha Mafiosa.( CONCLUÍDA )

☠ONE☠

Solta ela. - Grito puxando seu braço.

Malvin me da um tapa e logo depois me impurra fazendo eu ir de encontro com a parede.

- Malvin, não toca na minha filha. - Mamãe grita no chão.

- Duas vadias. - Ele rosna ofegante. - Está avisada Ana, se não me pagar o que deve, vou matar as duas. - Ele sai da nossa casa e bate a porta com força.

Com dor nas costas me levanto e vou até minha mãe com dificuldade.

Ela se encontra cheia de sangue e quase inconciente.

- Me perdoa. - Ela diz chorando.

- Ta tudo bem, vou cuidar de você. - Digo ajudando ela a se levantar.

Imagine chegar em casa depois da escola e encontrar sua mãe sendo agredida.

Quis matar aquele desgraçado.

- Stwart... - Ela murmura.

Sempre que ela está drogada ou bebada, murmura o nome do meu papai.

Stwart Santore, é tudo que eu sei sobre ele.

Minha mãe diz que ele morreu em um acidente de carro a muito tempo, as vezes sinto falta de um pai comigo.

Ana é uma boa mãe pra mim, mas eu é que tenho que cuidar dela.

As vezes me sinto cansada demais pra isso, cansada para acordar de madrugada e levar ela pra cama, cansada pra sair na rua a procura dela por todos os bares da cidade, cansada de ser chamada de filha da bêbada por todos da escola.

Cansada de estar cansada.

Ela me deu a vida, a única coisa que posso fazer por ela é cuidar da mesma.

Olho para ela enquanto ensaboo seu corpo, a ajudei a se sentar na banheira enquanto lhe dou banho.

- Eu sou uma péssima mãe. - Ela diz com o olhar longe.

- Não diga isso, você é boa mãe, só não é perfeita, ninguém é. - Digo sorrindo fraco.

- Pensei que ele fosse destruir sua vida, mas quem destruiu sua vida foi eu. - A olho sem intender.

Como sempre ela diz coisas sem nexo algum.

- Eu estou bem mãe, não se preocupe. - Digo a ensaguando.

(...)

Termino de colocar sua blusa e ela se deita na cama, olho para seu machucados no rosto e seu olho roxo quase fechado.

- Eu te amo meu bebê, você perdoa a mamãe? - Ela sussurra.

Olho para ela por alguns segundos.

- Também te amo mãe. - Lhe dou um beijo na testa e apago a luz do abajur, vou para sala e suspiro.

Olho para todo aquele sangue e pego os materias de limpeza.

Limpo todo o sangue, e tiro tudo que aquele homem quebrou do carperte.

Me sento na escada e olho para a sala completamente limpa.

Sinto lágrimas descerem e desvio o olhar para o chão.

- Se tivesse algum motivo para eu passar por tudo isso... eu só queria uma família de verdade, só isso. - Sussurro vendo a sala escura.
(...)
Escuto barulho de algo caindo no chão e me levanto rapidamente, levanto da cama e saio correndo pra cozinha.

- Droga. - Minha mãe está de pé na cozinha chingando uma colher. - Ah... oi querida, olha o que eu fiz pra você. - Ela aponta pra mesa e arregalo os olhos quando vejo a mesa completada por comida.