💀Twenty-Three💀

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- Pai, ta machucando ela. - Maggie grita chorando, seu rosto está tão machucado quanto o meu.

Diria que estamos irreconhecíveis.

- Cala a boca. - Milium grita. - Vamos acabar com isso.

Com um taco de baseball ele acerta meu rosto.

- Idiota, vai precisar de muito mais pra cabar comigo. - Digo sorrindo, o sangue que sai da minha boca não é pouco, tenho certeza que estou horrível.

- Cadê seu rostinho bonito agora? - Milium se abaixa e segura em meu queixo, cuspo sangue m seu rosto e ele limpa sorrindo. - Devo admitir, você é corajosa, se parece muito com Santore... Só tem uma diferença, Santore é mais forte e mais inteligente que você, Lua minha querida... você não passa de uma mosquinha em minha teia. - Ele sorrir largo. - Vamos, diga pra mim, onde está o verdadeiro?

- Do que está falando? - Digo fraca, minha visão está embaçada, todo aquele treinamento para morrer na primeira missão, ótimo.

- Estou falando do pen drive, não seja idiota. - Ele se levanta.

- Então você percebeu. - Sorrio. - Não é tão burro como parece.

Coloquei no computador um pen drive que tinha baixado conteúdos da minha escola.

Dentro do travesseiro coberto por penas está o pen drive.

- Eu nunca vou dizer. - Ele rir.

- Não importa, você vai morrer aqui e ninguém nunca vai saber do pen drive. - Olho para Maggie.

- Tem razão, mas naquele quarto tinha outro computador, um computador rastreavel, eu coloquei o pen drive nele antes de esconder os dois. - Sorrio. - Em menos de 20 minutos, meu pais irão receber o imail e após rastrear, eles acabaram com você e eu não preciso estar viva pra ver isso, eu sei que irá acontecer. - Ele me olha com uma veia saltando de seu pescoço.

- Vadia miserável. - Ele agarra o meu cabelo. - Sabe o que vai acontecer? Eu vou matar sua amiguinha ali. - Richard aponta a arma para Maggie e eu olho para Milium com ódio.

- Mataria sua própria filha? - Indago com ódio.

- Posso fazer outros filhos. - Ele rir.

- Desgraçado. - Ele puxa mais meu cabelo.

- Eu vou matar ela, você tem dois minutos para me dizer onde está o computador. - Sorrio.

- Está com medo? - Rio.

- Eu não tenho medo de você. - Ele diz sério.

- De mim não, mas do meu pai... admita, você morre de medo dele, é por isso que está se escondendo, fazendo tudo debaixo do tapete e escondendo as migalhas. - Ele coloca a mão em meu pescocço e me sufoca.

- Acho que está na hora de morrer. - Milium aperta meu pescoço a ponto de eu ficar sem a fala.

- TA MATANDO ELA, PAI SOLTA ELA. - Maggie grita.

- Vamos, cadê sua coragem agora? - Ele rir.

- PAIII. - Me solto das cordas e acerto um soco em Milium.

Puxo o ar quando caio no chão.

Um tiro é ouvido e tudo que eu sinto é uma ardência no meu peito.

- NÃO, LUAAAA. - Maggie grita.

Mais dois tiros.

Milium cai gritando de dor, o segurança cai também com um tiro na testa.

- Desgraçada, eu vou te matar Maggie. - Ele urra.

Minha respiração está fraca e tudo anda em câmera lenta, pisco os olhos não sentindo dor nem nada no meu corpo, Consigo ouvir tiros por toda parte mas sei que não é Maggie.

Ela se abaixa ao meu lado e chora.

- Me perdoa Lua. - Ela diz chorosa.

- Ta tudo bem... - Sussurro. - Concluimos a missão. - Sorrio fraco e ela chora mais. - Diz para os meus pais... que eu amo eles, ok? - Ela se desespera.

- Não,não,não. Ta tudo bem, acho que eles já chegaram, vamos levar você para um hospital e tudo vai ficar bem, vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem Lua, porque você não pode fazer isso comigo nem com eles, você tem que dizer a eles, tem que dizer que os ama, nós ainda temos que viajar para Miami, nós ainda temos que fazer muitas coisas, você precisa ficar bem. - Temos que ir no mercado.

- Maggie... você é a irmã que eu nunca tive, nossa amizade foi baseada em uma mentira, mas eu amo você... espero que seja feliz com o Gabriel... - Minha visão vai ficando mais escura.

Atrás de Maggie vejo minha mãe vestida de branco.

- Precisamos ir ao mercado. - Ela sorrir pra mim.

- Esse é o fim. - Sussurro.

Maggie Milium.

Lua da seu ultimo suspiro me desesperando.

- Lua? Lua não faz isso, ainda tem muitas coisas pra você fazer, tem muitas coisas Lua... por favor não faz isso. - Deito minha cabeça em seu peito e vejo que seu coração não bate mais. - Não por favor. - Choro mais ainda.

Fecho seus olhos e sinto sua pele ficando fria.

- Não Lua, Deus... não leva ela, não leva ela, por favor, não faz isso conosco, precisamos dela. - Coloco sua cabeça em meu colo vendo sua pele palida. A porta é aberta derrepente e o professor de Italiano passa por ela, assim que ele nos avista vejo seu rosto perder a cor. - Me perdoa, eu não pude fazer nada. - Digo chorando.

- Coelhinha. - Me afasto dela e ele se ajoelha perto de Lua.

O homem que deduzo ser o superior de Luana, toca em seu rosto parecendo não acreditar.

- Por que você não me disse? Por que? Por que fez isso? - Ele deixa lagrimas caírem.

- Ai meu Deus. - A prima de Luana chega e a olha apavorada.

Outros garotos entram e olham a cena chocados, até mesmo Gabriel.

- Me perdoem, eu não tinha o que fazer, eu não consegui fazer nada, me perdoa, eu tentei ajudar, eu juro, eu tentei, eu não queria que ela morresse, eu não queria. - Digo chorando.

- Ta tudo bem, não foi culpa sua. - Gabriel me abraça.

- Quanto drama, a morte eu até aguento, ser torturado então é moleza, mas ficar aqui escutando vocês dramatizando é demais pra mim. - Ele ainda ta vivo?

- Espera Louis. - A prima de Lua segura o homem alto quando ele puxa uma arma para matar meu pai. - Não vale a pena, quer que todo o esforço dela seja envão? Precisamos dele vivo. - Ela diz também com lagrimas no rosto. - Valentim, Miguel me ajuda a prender ele. - O ruivo e um moreno assentem.

Gabriel me pega no colo.

- Vou levar ela na minha moto, será que posso levá-la ao hospital? - Ele indaga para Louis.

- Pode claro, eu cuidarei de tudo aqui. - Ele assente saindo, passo meus braços por seu pescoço e deito em seu peito.

- Eu não queria que ela morresse. - Não seguro as lágrimas.

- Eu sei, ninguém imaginou que isso aconteceria, acho que nem mesmo a Lua. Ela era boa no que fazia, ninguém se comparava a ela, todos nós fomos criados nesse mundo, mas ela entrou a menos de um ano e superou a todos, chegou perto de superar o pai. - Ele diz triste. - Vamos cuidar de você agora.

Fecho os olhos.

Me perdoe Lua.

Princesinha Mafiosa.( CONCLUÍDA )Onde histórias criam vida. Descubra agora