💀.Ten.💀

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- Eu trabalhei o dia todo, preciso mesmo ir nessa festa? - Indago cansada.

- Você prometeu, todos estão esperando. - Bufo e saio do banheiro, ela abre a boca surpresa. - Não precisava humilhar também. - Olho para meu corpo e franzo o cenho.

- Como assim? Foi você que escolheu. - Digo nervosa.

- Eu sei, mas você tem um corpo tão bonito, ficou muito bem em você. - Ela coloca a mão na barriga. - Eu tenho que fazer um regime.

Reviro os olhos.

- Você está ótima. - Digo e vou até o espelho, Arregalo os olhos. - Deus, isso ficou ótimo. - A maquiagem que ela fez combinou comigo.

Meu cabelo loiro quase branco vai até a cintura, ela fez cachos nas pontas.

Meu cabelo nunca esteve tão bonito, é a primeira vez em muito tempo que deixo meu cabelo solto.

- Eu disse que sou muito boa. - Olho para os saltos que me deixam mais alta e o vestido preto de alcinhas que tem uma fenda em uma das cochas.

- É melhor a gente ir. - Digo pegando minha bolsa.

(...)

- Você falou que estavam nos esperando, nenhum deles estão aqui. - Digo brava com Andressa.

- Aqueles ingratos me deram um bolo, agora eu vejo que só você é minha amiga de verdade. - Bufo.

- Andressa, eles devem estar chegando, ainda são nove da noite, porém... Se mais algum engraçadinho bater na minha bunda eu vou ser presa por atirar em alguém. - Digo a acompanhando até o bar.

- Você tem uma bunda linda, não culpe os caras. - A olho brava. - Dois coquetéis. - Olho para o barman.

- Tá louca? Eu não vou beber. - Ela sorrir.

- Você vai beber sim, teve um dia difícil, está uma gata e merece tomar uns porres e beijar alguém. - Olho em seus olhos.

- Não vou beijar ninguém que está aqui. - Ela rir.

- Veremos até o fim da noite. - Bufo.

(...)

Ótimo, Andressa sumiu com o boliviano gato e eu estou enchendo a cara com alguns coquetéis, a noite não poderia ficar melhor.

PS: Eu só tenho 15 anos.

É claro que aqueles engraçadinhos que tentam se engraçar para meu lado, mas não estou afim de papo com ninguém por incrível que pareça.

Olho para todos ali e meus olhos encontram uma jaqueta de couro familiar, olho para o dono e o vejo bebendo Wisky pensativo.

- Me dá mais uma por favor. - O barman me dá mais um coquetel e eu vou em direção a Louis. - Oi gato posso sentar? - Digo brincando, Rio da cara de surpresa que ele faz.

- Lua o que faz aqui? - Me sento ao seu lado.

- Vim com Andressa, mas aquela pirralha me deixou sozinha, e você? - Ele me fita e acabo ficando sem jeito.

- Vim pensar um pouco. - Sorrio.

- Acho que está no lugar errado, eu mal consigo ouvir meus pensamentos com essa música alta. - Ele rir.

- Só queria encher a cara e esquecer os problemas. - O olho confusa.

- Está com problemas? Posso ajudar de algum jeito? - Coloco meu copo Na mesa e encontro com seu olhar.

- Infelizmente sim. - Fico mais confusa ainda.

- Como assim? - Ele bagunça os cabelos.

- Esquece isso, um brinde a princesa mafiosa. - Sorrio.

Faz dois dias que me apelidaram assim e agora não consigo não rir.

- Um Bride ao cara tarado. - Ele rir, brindamos.

- Está muito bonita coelhinha. - Ele bebe um pouco de seu Wisky.

- Como pode ser tão bonito de terno e com roupas assim? - Ele sorrir largo. - Não sabe quantas horas Andressa me fez ficar parada para fazer essa maquiagem, eu odeio essas coisas. - Ele rir.

- Digo o mesmo quando me fazem usar terno. - Rimos.

O celular dele começa a tocar e ele me olha.

- Vou atender lá fora. - Ele diz se levantando, levanto também.

- Eu fui abandonada por Andressa, vou buscar ela e acho que já irei pra casa. - Ele assente.

- Ótimo, não quero que fique aqui enquanto esses bastardos olham para você. - Olho para ele e sorrio, pego meu copo na mesa e bebo um gole.

- A única bastarda aqui sou eu... - Ele me olha surpreso. - Até amanhã Senhor Fabbri. - Digo me afastando.

- Até amanhã Coelhinha. - Ele saí atendendo o telefone que toca pela terceira vez, suspiro pesadamente e ando pela aquela multidão, acho Andressa no colo daquele Boliviano e Arregalo os olhos.

Droga, droga, droga.

Minha amiga está drogada e cercada por quatro bolivianos.

- Andressa vamos embora. - Digo me aproximando, ela me olha rindo.

- Amiga vem, vamos nos divertir. - Puxo ela.

- Já são três da manhã, já chega, vamos embora. - Os quatro se levatam e eu os encaro com um olhar fuzilante. - Não toquem nela.- Digo com dificuldade mesmo assim, minha voz sai mais irritada do que realmente estou.

- Eu quero ficar! - Andressa me empurra.

- Andressa por favor, não me faça te levar a força. - Digo me aproximando dela.

- Ei gostosa, não ouviu sua amiga? Ela quer ficar, fica também, podemos nos divertir. - Um deles toca em mim e eu me esquivo dele.

- Não toque em mim. - Digo firme. - Vamos agora, a festa acabou. - Puxo Andressa mas ela me empurra novamente, meu salto acaba quebrando e eu perco o equilíbrio caindo em uma mesa cheia de copos de vidro, sinto os cacos me cortarem e me levanto, olho para tudo e vejo que eles estão saindo levando Andressa com eles, os sigo e vejo quando estão prestes a entrar em uma van.

O boliviano que estava com Andressa a agarra de novo.

- Vamos para minha casa? - Ele diz com seu sotaque nojento.

- Vamos nos divertir. - Andressa aparenta estar totalmente drogada.

- Ela não vai a lugar nenhum. - Digo firme, os quatro me olham.

- Agora você vai conosco. - Vejo um deles pegar uma arma e o outro um canivete.

- Vocês podem nos deixar ir agora ou amanhecer com a cara partida amanhã. - Digo me aproximando, eles riem.

- Lua não estraga tudo, vai embora porra, eu não preciso de uma cadelinha de guarda. - Andressa entra na van.

- Droga Andressa. - Puxo minha pequena arma da bolsa e vejo o cara errado apontar sua arma pra mim, atiro em seus braços e em sua perna, atiro nos outros três fazendo eles cair no chão gritando de dor. - Eu disse para não tocar nela. - Chuto o rosto do cara que estava com Andressa.

Vou até a Van e puxo a mesma.

- O que você fez? Acabou com minha noite. - Não a ouço apenas a puxo para longe dali. - Me deixa em paz, maldita bastarda. - ela se solta de mim, a olho nos olhos. - Eu não preciso que tome conta de mim, vai se foder você e seu maldito jeito protetora, eu me garanto. - Ela bate no peito.

- Ótimo. - Saio dali a deixando para trás.

- Ei aonde você vai? Vai me deixar aqui sozinha? - Olho para ela.

- Você não se garante? Volte pra casa sozinha, não serei mais sua protetora. - Assobio para um táxi, ele para e eu entro no táxi.

Logo saio dali.

Princesinha Mafiosa.( CONCLUÍDA )Onde histórias criam vida. Descubra agora