☠Eight☠

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Ver que Valentim tinha alguém não mudou em nada em mim, isso o que me assusta, eu não sinto ciúmes, na verdade fiquei feliz por ele ter alguém.

Mas é como se fosse errado não amar ele, não gostar dele mais que um amigo parece errado pra mim.

E eu realmente não entendo isso.

Saio de meus pensamentos ao ver um carro na contra mão, ele praticamente se joga pra cima de mim acelero mais um pouco e consigo me desviar dele por pouco.

Acabei de descobrir que não sou cardíaca, olho para trás e vejo que o carro parou, saio da minha moto e tiro o capacete.

- Você está bem? - Era só o que me faltava.

- Tentou me matar? - Indago irritada.

- O que? Claro que não, eu só me distrai um pouco. - Ele diz se aproximando.

- Então não se distraia outra vez, eu tive sorte, não acredito que outro tenha a mesma sorte que eu, se tirou a carteira sabe que deve prestar atenção na pista. Idiota. - Ele me olha assustado.

- Quem é você e o que fez com a verdadeira Luana? - O olho brava.

- Sem piadinhas Louis. - Ele sorrir de lado.

- É tão bonitinho ouvir você dizendo meu nome, coelhinha. - O olho surpresa.

- Cala a boca, nunca mais me chame assim. - Ele sorrir mais ainda. - Eu vou atirar em você tô avisando. - Ele faz um bico.

- Por que está tão brava? - Ele indaga se aproximando.

Porque não amo Valentim e estou me culpando por isso.

- Por que você é um idiota e quase me matou. - Digo firme.

- Vocês são tão infantis, eu tenho Hora Louis. - Olho diretamente para o carro e vejo uma mulher nos olhando.

- Essa é... - Não deixo ele terminar.

- Me deixe em paz Louis e não me mande mais bichos de pelúcia, estou cheia deles. - Digo indo até minha moto mais brava ainda.

- Quer dizer que guardou todos? Isso é muito legal da sua parte Coelhinha, eles me lembram você, são fofos e pequenos. - O olho fuzilante.

- O próximo que chegar em minha casa vou arrancar a cabeça e mandar pra você. - Ele rir.

- Você é tão doce Coelhinha. - Olho para o chão e pego algumas pedras. - O que tá fazendo? - Ele indaga um pouco mais sério.

- Não me chame assim. - Começo a jogar as pedrinhas nele.

- Porra você tem uma mira muito boa. Aí. Você fica mais fofa brava coelhinha. - Bato o pé furiosa.

- Vá Para o INFERNO. - Coloco meu capacete e monto em minha monto logo arrancando com ela.

(...)

Me jogo em minha cama e bato os pés.

Eu realmente me importo com aquele idiota? Por que eu quero tanto saber quem era aquela mulher? Só posso estar ficando louca.

Eu nem gosto dele, na verdade ele só me faz passar raiva.

Preciso dar um jeito na minha vida amorosa.

- Filha? Como foi com o Valentim? - Me sento na cama e olho para minha mãe, ela se senta ao meu lado.

- Eu tô confusa. - Digo choramingando.

Odeio ser adolescente.

- Sobre o que? - Ela me chama para seu colo, deito minha cabeça em seu colo enquanto ela acaricia meus cabelos.

- Hoje eu vi Valentim com outra pessoa. - Ela faz uma cara de quem comeu e não gostou. - Mas eu não senti nada, não senti raiva, nem nada, aí eu fiquei com raiva por não sentir raiva dele estar com outra garota. - Minha mãe franze o cenho.

- Agora eu estou confusa. - Ela diz rindo.

- Mãe isso é sério, eu me sinto tão mal por não corresponder os sentimentos dele. - Digo triste.

- Mas você mesma não falou que ele estava com outra pessoa? - Ela indaga confusa.

- As garotas já me falaram sobre essa menina, ela é doida, então eu sei que não significa nada para ele. - Digo calma.

- Deve ser isso amor, você sabia que não importava para ele e não ficou com ciúmes. - Olho em seus olhos.

- Mas... Ele também me beijou. - Mamãe fica estática. - E foi o pior primeiro beijo da história. - Digo triste.

- E por que isso? - Ela continua a acariciar meus cabelos.

- Por que eu não senti nada, nada do que sempre dizem, as pessoas dizem que o primeiro beijo sempre causa arrepios e frio na barriga, mas eu não senti absolutamente nada. - Digo triste.

- Você não tem culpa querida, a gente não manda no coração. - Faço um bico.

- É isso que eu tenho medo. - Digo sem olhar para ela.

- Do que? - Ela indaga confusa.

- Do meu coração. - Ela suspira.

- Amor... Você vai amar, se decepcionar, rir, ficar irritada, ficar furiosa... Mas eu tenho certeza que vai encontrar alguém que vale a pena. - Fecho os olhos por instantes.

- O problema é que eu tenho medo de amar a pessoa errada, por isso eu queria amar o Valentim, sei que ele seria a pessoa certa. - Digo calma.

- Está errada, se você não o ama é porque ele não é a pessoa certa. - Olho para ela.

- Mãe... O que aconteceria se eu me apaixonasse por alguém que não está no meu alcance? - Ela me olha triste.

- Infelizmente eu não sei querida, você terá que descobrir sozinha. - Olho para sua barriga ainda liza.

- Falou com o papai? - Ela nega.

- Seu pai viajou, vai ficar algumas semanas fora, pediu para que eu avisasse você, ele irá manter contato. - Assinto.

Coloco a mão em sua barriga.

- Tomara que não passe pelo mesmo que eu. - Digo olhando para sua barriga.

- Todos passamos querida, o amor é algo que destrói, mas também pode construir, queria privar vocês mas isso é impossível. - Sorrio fraco.

- Tentarei fazer possível o impossível.

Princesinha Mafiosa.( CONCLUÍDA )Onde histórias criam vida. Descubra agora