Vive la Vie | Larry Stylinson

7. Bisous & Désordre

Oi, gente!

Primeira att depois de tudo que aconteceu, mas cá estou eu seguindo em frente depois de ser derrubada pelo Wattpad.

Boa leitura❤️

⚜️

Harry respirou fundo ao segurar a jarra de vinho, sentindo seus braços doerem. Seu corpo todo estava dolorido devido à Tomada da Bastilha que havia acontecido no dia anterior e seu maior desejo era poder se deitar em sua cama simplória e relaxar, mas infelizmente tinha que servir aos nobres do palácio. Havia voltado para Versalhes na calada da noite e fez o possível para esconder alguns arranhões e outras pequenas escoriações por seu corpo, mantendo-se coberto pelo uniforme quente que o sufocava no calor de julho.

Ele despejou vinho na taça de um nobre e voltou para seu lugar ao lado da mesa de bebidas, seu olhar se conectando brevemente com o de Louis, que almoçava sem pressa e o observava com atenção. Harry sabia que o nobre o procurou enquanto esteve fora, sua irmã havia lhe dito que o duque de Giverny parecia desesperado para vê-lo, mas até o momento não tinha se aproximado.

O rapaz respirou fundo e escondeu seu bocejo, cansado da batalha e de seu trabalho árduo. Assim que os nobres terminaram sua breve refeição, ele e os outros auxiliares de cozinha recolheram os utensílios, levando-os para serem lavados. Harry agradeceu internamente por não ser ele a lavar a louça naquele momento, sua função era apenas guardá-la.

Fez sem pressa, deixando a prataria e os objetos de porcelana nos mesmos lugares de sempre. Foi para a despensa por um momento, com o intuito de pegar uma compota de abóbora para que o cozinheiro fizesse uma torta e ouviu a porta se fechar atrás de si. O ômega, que estava agachado e de costas, ergueu-se e se virou com o pote de vidro nas mãos, pronto para atacar quem quer que fosse.

Sorriu pequeno ao ver Louis ali, elegante com seu casaco preto com bordados em prata e adornado com pedras preciosas, as calças apertadas que chegavam ao joelho também eram escuras e as meias 3/4 brancas cobriam o resto de suas pernas, que terminavam em sapatos vermelhos. Os cabelos do nobre estavam em um topete alinhado e seus olhos azuis fitavam Harry com atenção.

- Louis! - o ômega respirou aliviado. - Em que posso ajudá-lo?

- Onde esteve ontem? - foi tudo o que disse.

Louis não costumava ser o tipo de alfa ciumento que cobrava satisfações, mas seria ridículo dizer que não passou o dia anterior pensando no que Harry estaria fazendo e com quem estava. Tinha ficado possesso por seu sumiço misterioso e tentou esconder ao máximo, embora seu mau-humor fosse visível a quilômetros de distância.

- Fui ver minha família. - mentiu. Não poderia dizer que estava em um movimento que destruiu uma prisão vista como símbolo da monarquia absolutista, até então em vigor na França.

- Você foi a Paris na zona que a cidade estava ontem? - cruzou os braços, insatisfeito.

- Fui. - afirmou. - Por que está agindo desta maneira? Não temos nada para que fique com ciúmes de mim.

- Foi apenas uma preocupação. - disse com polidez, não querendo demonstrar que estava bravo por não tê-lo visto. - Soube que Paris estava uma zona.

- Oh, é mesmo? - franziu o cenho. - Eu não costumo passar pelo centro para visitar meus pais. O que houve?

- Tomaram a Bastilha. - o amargor e desgosto em sua voz eram quase palpáveis, claramente reprovando a atitude dos revolucionários. - Um bando de revoltados conseguiu invadir uma prisão! Isso é um absurdo, é uma afronta à monarquia francesa!