Vive la Vie | Larry Stylinson

20. Dans L'ombre de la Cheminée

Olha só quem apareceu com att surpresa de Vive La Vie!

Aconselho vocês a prepararem o coração para os próximos capítulos!

Boa leitura e até o fim de semana❤️

⚜️

Harry respirou fundo ao ver a claridade do sol, o dia ainda não havia nascido, mas a barra clara no horizonte indicava que seria em breve. Ele sacolejava na boleia da carroça, que ia carregada com cerca de trinta fardos de feno. Niall guiava o pobre burro que os levava e Antoine Claude estava entre os dois, cansado por ter sido acordado tão cedo e se encostando em Harry a cada curva, se aconchegando ao ômega para dormir.

- Antoine, acorde, amor. - Niall sorriu e acariciou os cabelos ruivos do garotinho. Ele já tinha sete anos, não era mais tão pequeno assim, pelo menos não para a sociedade da época, mas Horan o tratava como seu bebê.

Harry sorriu com o amor que seu amigo demonstrava pela criança, nos últimos dois anos Niall tinha se tornado um pai exemplar, muito mais atencioso e carinhoso que alguns biológicos. O ômega aprendeu com os dois que o sangue muitas vezes não era nada, o amor podia ser muito maior que laços sanguíneos e ele via que Antoine era tudo para Niall.

Conformado que morreria sem um parceiro para chamar de seu, Horan desistiu de procurar betas para se relacionar e optou por criar o menino sozinho. Claro que aquela escolha afastava possíveis pretendentes, mas ele não se importava, porque tudo era maravilhoso se tinha seu menino ao seu lado. Mesmo não sendo de sangue e tendo o conhecido já grande, Horan considerava Antoine o seu filho, assim como o pequeno o via como pai. A relação dos dois era linda e Harry se questionava se um dia teria um filho para tratá-lo daquela forma.

- Harry, você tem certeza do que estamos fazendo, não tem? - Niall questionou pela última vez, parando a carroça em uma das ruas de Paris.

Era o dia da fuga de Louis e a resposta do nobre à carta de Harry foi "amoras e beijo de coelho". Ele cumpriu o trato ao mandar algo que apenas os dois sabiam, já que ninguém mais tinha conhecimento do lado coletor de frutinhas de Tomlinson e nem desconfiavam que o primeiro beijo dos dois tinha sido no dia em que almoçaram um coelho em uma das florestas aos arredores de Versalhes.

- Tenho. - o ômega respondeu e respirou fundo, sentindo um frio na barriga.

Tinham arquitetado o plano de fuga e até mesmo incluído Antoine no meio. O menino seria responsável pela distração enquanto os outros dois cuidavam de tirar Louis da Torre do Templo sem ser visto. Era uma estratégia arriscada, imprudente até, mas a única chance de Tomlinson sair de seu cárcere e fugir para outro país. Caso fossem pegos, todos seriam presos e condenados à guilhotina por traição ao Estado, já que planejar uma fuga de quase condenados seria uma grande afronta a Robespierre.

Talvez nem mesmo Antoine se safasse da morte e aquilo colocava Niall e Harry na posição de adultos irresponsáveis e completamente imprudentes por envolver uma criança naquilo.

Horan respirou fundo e continuou a movimentar a carroça pelas ruas de Paris, grande parte da população ainda acordava e algumas padarias estavam abertas para serem organizadas antes da chegada dos primeiros clientes. Era uma manhã de agosto com temperaturas amenas, o que seria ótimo para Louis durante o trajeto de Paris até Calais.

Viram a Torre do Templo mais adiante e Harry engoliu em seco, escondendo seu nervosismo e erguendo a cabeça. Tinham combinado de levarem um novo carregamento de feno à prisão, tudo dentro do normal, tirando o fato de que não eram comerciantes e aquele feno tinha sido surrupiado - para não dizer roubado - de um comerciante que deixava os fardos fora de sua propriedade. Styles nem se abalava mais com seus delitos, todos tinham se tornado criminosos nos tempos de caos e um roubo de feno não traria tantos problemas para ele, já que não tinham provas e nem testemunhas para acusá-los. A necessidade de salvar Louis falava maior que regras impostas pela sociedade.