28. 'King of the Seas'

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Estou sendo boazinha demais nesses últimos dias...

Aqui vai a att dupla!

Boa leitura❤️

⚜️

No dia seguinte, Harry deixou a estalagem após pagar sua estadia e dar uma quantia extra para o ômega que o ajudou na noite anterior. Sabia que dinheiro nenhum ia apagar toda dor e mágoa que aquele homem guardava dentro de si, mas Styles tinha esperança que aquelas moedas servissem para que ele mudasse de vida, saísse dali e procurasse por seu filho perdido.

Conseguiu embarcar em um dos navios que partia para a Escócia e fazia uma parada em Dover, o King of the Seas, que curiosamente tinha sido o mesmo em que Louis subiu, praticamente um ano atrás. Com muito diálogo e moedas a mais, o capitão permitiu que o cavalo embarcasse junto com ele, já que não tinha outro meio de transporte terrestre e o equino era fundamental para que chegasse em Londres rápido e seguro.

Cruzar o Canal da Mancha com um bebê de dois meses - em cinco dias completava três - não era fácil. Mesmo que a travessia fosse curta, uma questão de duas ou três horas dependendo do vento, era terrível acalmar um neném tão pequeno em uma embarcação que balançava de um lado para o outro.

Benjamin tinha cólicas toda manhã - alguns dias era a todo momento - e era impossível fazer massagens em sua barriguinha com toda aquela movimentação, o que o fazia chorar alto e incomodar não só o pai, mas praticamente todos a bordo. Tentou fazer com que ele mamasse um pouco, mas o neném não quis.

Harry sentia seus peitos cheios de leite, doloridos por seu bebê não ter mamado, mas não poderia fazer nada se Ben não queria. Ele estava sentado sobre um barril de vinho, lugar que um tripulante ofereceu a ele nas sombras para que pudesse acalentar o filho. Harry o balançava nos braços, cantarolando uma cantiga de ninar baixinha e tentando fazer com que Benjamin pelo menos dormisse, mas sabia que os resmungos do bebê se tornariam choro em minutos.

O tempo estava quente e parecia ainda mais abafado no mar, mesmo com vento soprando para o norte, em direção à costa inglesa. Harry limpou sua testa com um paninho e cogitou tirar Ben do cueiro, o incômodo do bebê poderia estar sendo intensificado devido ao calor, mas se preocupou com as queimaduras do sol e preferiu mantê-lo enroladinho no cueiro de algodão.

Sabia que quando descesse do navio teria que prendê-lo no pano que deixava o neném colado a ele e infelizmente não era suficiente para proteger seu corpinho do sol, já que seus bracinhos e perninhas ficariam de fora e Harry não queria que a pele cheia de brotoejas do menininho ficasse ainda mais sensível.

- Perdoa o papai? Estou sendo péssimo com você, meu anjo. - apoiou Ben em seu ombro e beijou sua orelhinha suavemente. - Não sei o que fazer para aliviar seu incômodo. Se eu te tirar do cueiro, pode se queimar com o sol e vai doer bastante, você é muito pequenininho. Se eu te deixar com o cueiro, você vai ficar com calor e com mais brotoejas. Perdoa o papai? Eu prometo que assim que tivermos um local para descansar, vou te deixar só de fraldinha e refrescar seu corpinho. Desculpa, amor, me desculpa mesmo.

O neném resmungou e Harry crispou os lábios, pois sabia o que aquilo significava. Era um resmungo sofrido e o bebê começaria a chorar em pouco tempo. Balançou seu filho para que ele se acalmasse, mas Ben só ficou ainda mais incomodado e abriu o berreiro, chorando alto e acordando algumas pessoas que dormiam em redes.

- Filho! Que horror, não seja escandaloso. - murmurou e tentou acalmá-lo, mas não conseguiu.

Minutos depois finalmente viu a costa inglesa se aproximar e prendeu Benjamin, ainda chorando, ao seu corpo. Apanhou seu casaco e a trouxa de roupas e se aprumou para descer ou tinha certeza que o jogariam no mar em segundos por não conseguir acalentar seu filho e perturbar a todos.

Vive la Vie | Larry Stylinson Onde histórias criam vida. Descubra agora