18. Place de La Révolucion

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Oie!

Já passamos da metade da história e estamos chegando na parte que >eu< acho mais legal, foi a que eu mais gostei de escrever.

Boa leitura❤️

⚜️

Harry sabia o que tinha acontecido a Louis. Ele viu a carruagem do rei sair com o monarca e o seu alfa lá dentro, mau humorado e entediado por estar sendo levado à uma prisão. Styles viu, chorou e gritou de ódio por aquilo estar acontecendo, ele queria proteger Louis de qualquer mal e com seu amado na Torre do Templo, tudo ficava mais difícil.

Nas Tulherias, já era consideravelmente complicado vê-lo e arriscado devido à quantidade de guardas. Obviamente a Torre do Templo era cercada de oficiais, todos armados para a segurança do rei e seria quase um suicídio tentar entrar ali.

Harry suspirou, abraçando seus joelhos. Ele estava sentado em sua pequena cama, no quarto que tinha na casa dos seus pais e dividia com Gemma. Era um cômodo apertado e frio devido às paredes de pedra, a parte dele era mais escura porque um lençol encardido estava estendido em um varal no centro do quarto, dando um pouco de privacidade aos irmãos. Ele suspirou, na penumbra, já que a janela ficava na parte que pertencia à Gemma e os primeiros raios de sol começavam a surgir no céu, dando início ao dia.

Eram quase sete horas da manhã e o sol ainda não havia raiado. Era janeiro, do ano de 1793, pleno inverno francês, as temperaturas baixas eram frequentes e o rapaz evitava sair de casa, preferindo ficar na companhia de sua família e de uma xícara de chá. Os dias eram curtos e as noites longas, quase torturantes à luz de velas, silenciosas e praticamente infindáveis.

Sua rotina tinha se tornado entediante sem Louis. Acordar, fazer serviços domésticos, ajudar seus pais no moinho, alguns dias caçar um emprego, às vezes ir à casa de Niall e ficar com o amigo e Antoine e logo retornar à casa dos Styles para jantar papas e dormir. Chato. Irritante para um ômega inquieto.

- Pare de fungar ou vou tapar seu nariz com algodão. - ouviu Gemma resmungar do outro lado do lençol e ele fez um biquinho triste.

Sua irmã tinha deixado de trabalhar no Palácio de Versalhes há algumas semanas e nem se dava ao trabalho de procurar emprego, porque sabia que não encontraria naqueles tempos instáveis. Harry desconfiava do paradeiro de sua irmã durante o dia e início da noite, ela saía pelo menos três vezes por semana por um longo período e voltava com um saco de moedas.

- Me deixe chorar em paz. - ele soluçou e enxugou os olhos. Estava chorando de saudade de Louis, queria um abraço apertado de seu alfa e beijinhos carinhosos. Ele tinha prometido a si mesmo jamais derramar lágrimas por um alfa que não fosse o seu pai, mas não conseguia evitar. Ele estava com medo de não vê-lo uma última vez.

- Chorar não vai adiantar nada, seja lá porque está assim.

Ele suspirou. Ninguém além de Niall sabia de seu caso com Louis, tudo era na surdina e o mais secreto possível. Ninguém de sua família desconfiava que ele estava apaixonado por um nobre que estava preso e que provavelmente seria morto, ninguém sabia que ele teve momentos ardentes com o alfa em questão ou que seu coração batia mais rápido ao se lembrar de Tomlinson. Era tudo um grande segredo.

- E-Eu... Eu sinto falta de alguém. - murmurou. - Só isso.

Silêncio.

Em segundos, soltou um grito assustado quando Gemma afastou o lençol e o fitou, supresa. Harry se encolheu na cama, cobrindo-se melhor com a camisa, que era curta e ele tinha acordado há poucos minutos, não vestia nada além daquilo. Apanhou o travesseiro e colocou em seu colo, olhando-a com um misto de irritação e receio.

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