19. La Maison Rouge

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Mais um capítulo de Vive La Vie!

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Boa leitura❤️

⚜️

Seis meses após a morte de Luís XVI, a França não estava mais o caos que costumava ser, pelo menos no aspecto social. Com a Convenção Nacional no poder, reformas de base começaram a ser feitas, ajudando e garantindo o apoio dos sans-culottes aos jacobinos, que lideravam o Comitê de Salvação Pública, responsável por decisões importantes, além de ter o controle do exército.

O país ainda estava em guerra contra a Coalizão, uma aliança de países que atacavam a França com o objetivo de impedir que a Revolução se espalhasse para o resto da Europa. O bloco militar era composto, principalmente, por Áustria e Prússia, tendo o financiamento da Inglaterra. Em contrapartida, os franceses tinham aumentado o exército desde que haviam se tornado uma república e conseguiam conter as tropas estrangeiras.

Os jacobinos, apoiados pela maioria dos sans-culottes até então e aumentando o número de radicais na Convenção Nacional, incitaram que sans-culottes capturassem alguns líderes girondinos há pouco mais de um mês, formando assim, a Convenção Jacobina, sob as ordens de Robespierre, Marat e Danton. Os dois últimos tinham deixado o Clube dos Cordeliers e se tornado apoiadores da causa jacobina ao longo da Revolução.

Criaram o Comitê de Salvação Pública para administrar exércitos e finanças e também o Tribunal Revolucionário, que julgava - e na maioria das vezes executava - pessoas contrárias ao governo. O medo tinha se instalado em Paris após aquelas medidas.

Harry não concordava com a política atual, para ele Luís XVI teria permanecido vivo e o país estaria em um regime de monarquia constitucional, mas as coisas não tinham seguido aquele rumo. Porém, permanecia calado porque não sabia se alguém do governo ouviria e o deduraria para os jacobinos.

No entanto, ele não podia condenar a Convenção totalmente. Estavam tentando controlar a inflação, que estava beirando às alturas e implantaram medidas assistenciais à população carente. Além disso, escolas públicas começaram a ser construídas e incentivavam que as colônias francesas dessem um fim à escravidão. Seria um país perfeito se não fosse a violência.

Harry tinha se afastado da Revolução, mas não abandonado de fato. Manteve-se quieto para não ser morto, mas estava lá apoiando os sans-culottes e participando de algumas reuniões na Convenção, praticamente escondido, porém ele estava lá. Observava, analisava e ponderava. Seu pai estava sempre ao seu lado, apoiando fielmente à causa e ignorando o fato de que pessoas sem uma causa plausível estavam sendo mortas por simplesmente discordarem do governo. O rapaz achava aquilo absurdo.

Enquanto os sans-culottes recebiam medidas assistenciais - que Harry sabia que era para os jacobinos conseguirem apoio, porque ninguém fazia nada de graça - o cerco se apertava para os membros da Família Real e alguns nobres, incluindo Louis.

O maior medo de Styles era que capturassem e matassem seu amado. O sentimento de antipatia pelas pessoas mais próximas do rei crescia entre o povo francês e não era raro ver alguns pedindo para que executassem a rainha também. Os mais radicais queriam que os filhos do casal real também fossem mortos e aquilo tirava Harry do sério porque não passavam de crianças.

Eram crianças que não sabiam ao certo o que estava acontecendo, que não tinham influência nenhuma no governo e nas decisões que Luís XVI tomou durante seu reinado. A princesa e o delfim não eram responsáveis por aquilo e tinham o direito de crescerem e construírem uma vida tranquila. Era totalmente absurdo querer condenar alguém por sua linhagem e não por seus atos.

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