22. Champ de Camomille

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E vamos de att de Vive la Vie!!!

Boa leitura❤️

⚜️

Harry revirou os olhos pela enésima vez desde que acordara. Estava sentado em sua pequena cama, isolado em seu lado do quarto pelo lençol que dividia o cômodo em dois. Abraçou seus joelhos e crispou os lábios, sentindo seu estômago se revirar ao sentir o cheio da torta de maçã que sua mãe preparava na cozinha.

Ele adorava o prato e tudo que Anne cozinhava, mas naquela manhã estava sendo difícil para o jovem ômega permanecer bem com o cheiro doce da maçã assada. Estava enjoado e nauseado, sabia que se permanecesse mais tempo na casa vomitaria ali mesmo no quarto.

Decidido a não sujar o pequeno cômodo, apanhou uma calça e camisa e vestiu rapidamente, calçando as botas e saindo do quarto, sem reparar se Gemma tinha acordado ou não. Teve ânsia ao chegar na cozinha e cumprimentou sua mãe com um aceno ao apanhar uma cesta de vime e correr para fora da casa.

Respirou fundo o ar fresco e se sentiu minimamente melhor ao caminhar pela estrada de terra na direção oposta à que levava a Paris, para o campo. Sua mãe passou dias reclamando da falta de ervas para chás e decidiu pegá-las para não voltar para casa de mãos abanando. Sua ânsia retornou ao sentir o cheiro de cocô de cavalo, havia um monte grande no meio da estrada e ele correu para a moita mais próxima, vomitando ali.

Ele se recompôs e continuou seu trajeto após limpar a boca, chegando no campo de camomilas e vendo uma moça ali. Aproximou-se devagar e sorriu grande ao perceber que era Gemma, o que o deixou aliviado porque ela não o pegou no sufoco antes de sair de casa.

- Harry! - ela sorriu ao ver o irmão se aproximar e franziu o cenho. - Você está pálido e não parece bem. Aconteceu alguma coisa?

- Não, estou ótimo. - sorriu sem mostrar os dentes e se concentrou em colher camomila e hortelã.

Harry não era bobo, tinha suas suspeitas desde que seu cio atrasou. Era para ter vindo no mês anterior, em setembro, mas outubro tinha chegado e nada dele vir. Queria acreditar que suas suposições estavam erradas, que era um atraso ocasionado por estresse ou qualquer coisa do tipo, mas não poderia ignorar os outros sintomas que seu corpo apresentava.

Sentia-se pesado e se cansava com facilidade, estava retendo líquido e aquilo não tinha relação alguma com o calor, já que por ser outubro as temperaturas estavam amenas e a tendência era esfriar ainda mais com a chegada do inverno. Tinha enjôos todas as manhãs, mal tomava o café porque não conseguia ingerir nada nas primeiras horas do dia, passava boa parte de seu tempo com o estômago embrulhado. Seus mamilos estavam maiores e doloridos, sensíveis ao toque.

Além das mudanças físicas, ainda haviam as emocionais. Qualquer coisa era capaz de tirá-lo do eixo, uma hora estava rindo e na outra estava chorando como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Harry não era bobo, sabia o que tudo aquilo significava, mas se recusava a acreditar.

Ficara um longo período transando com Louis toda semana e não engravidou, como uma noite poderia ser tão certeira ao ponto de passar a gerar um filho? Ele não entendia! Sabia que o simples fato de fazer sexo era responsável por uma gravidez, mas aquilo não entrava em sua mente. Não acreditava, tudo parecia irreal para ele e completamente fora de nexo.

Por falar em Louis, Harry não havia recebido carta alguma. Achou que seu alfa diria a ele onde estava ou se estava bem, mas pelo visto não. Uma parte sua achava que Tomlinson tinha encontrado outro ômega e se esquecido dele, um ômega nobre e mais interessante que ele. Dois meses desde a fuga e nenhuma notícia.

Ele até mandaria cartas e mais cartas, mas não tinha um endereço para isso. Não sabia se Louis estava em Dover ou se tinha partido para Londres, não sabia se ele tinha conseguido se reerguer ou levava uma vida simples no interior inglês. Harry tinha muitas perguntas e nenhuma resposta. Não tinha nada além de preocupação e desespero, porque se realmente estivesse grávido, seria o seu fim.

Vive la Vie | Larry Stylinson Onde histórias criam vida. Descubra agora