Vive la Vie | Larry Stylinson

13. Antoine Claude

Oi! Mais uma att!

Fiquem em casa e boa leitura❤️

⚜️

Harry vira Louis retornar ao Palácio das Tulherias escoltado por soldados da Guarda Nacional, ele estivera no meio da multidão, o coração apertado ao ver seu alfa em situação tão degradante. Pelo o que sabia, todos que tentaram fugir estavam vivos, porém eram proibidos de sair do palácio. Styles tentou se comunicar com Louis através de cartas, mas não obteve resposta.

Quase um mês depois do episódio que ficou conhecido como Fuga de Varennes, Harry caminhava pelas ruas de Paris. Era tarde, cerca de meia-noite, e ele estava sozinho, portando apenas sua pistola e adaga. Via prostitutas pelas ruas e alfas casados entrarem nos bordéis, alguns até mesmo olhavam para o rapaz com desejo, mas recuavam ao ver a adaga de aço em sua perna.

Ele estava coberto com sua habitual capa escura e usava uma roupa confortável por baixo, apenas uma camisa e calça. Era verão e a noite estava quente, roupas em excesso só atrapalharia o que iria fazer. Continuou com sua caminhada sorrateira pelas ruas sujas e iluminadas com tochas, ouvindo o burburinho que vinha de alguns bordéis, embora a fachada fosse extremamente discreta.

Viu os portões do Palácio das Tulherias ao longe e se aproximou, escondendo-se atrás de carroças. Cerrou os olhos e engoliu em seco com a quantidade de guardas que circulavam pelo pátio e respirou fundo, não conseguiria passar por ali sem ser visto. Caminhou devagar para a entrada e foi para os fundos do palácio, contra a luz da lua e menos vigiado. Olhou ao redor outra vez e teve que se arriscar. Agarrou a grade e apoiou o pé embaixo, escalando com dificuldade, mas rápido o suficiente para que o único guarda daquele lado não o notasse.

Pulou no chão e sentiu suas pernas doerem, mas correu para as sombras antes que o guarda se virasse. Engoliu em seco, seu próximo desafio seria entrar no palácio, que estava quase completamente trancado. Suas esperanças aumentaram quando viu uma janela iluminada alguns metros adiante e se esgueirou até lá, espiando por dentro. Era um quarto pequeno, com uma simples cama e uma mesa com uma bacia cheia. Uma senhora cantarolava e dançava sozinha, feliz por algo que tinha acontecido.

Harry respirou fundo e pulou a janela, rolando para debaixo da cama e se escondendo ali. Aproveitou quando a senhora saiu do quarto e foi junto, indo pelo sentido contrário no corredor simplório da área dos empregados. Ele não conhecia as Tulherias, não sabia se tinha passagens secretas ou para qual lado ficava o quarto de Louis.

Antes de ir para a ala nobre, pegou roupas dos empregados em um cesto e vestiu.

Aproveitou que estava próximo da cozinha e apanhou uma bandeja de prata com um copo d'água, aquele seria o seu disfarce. Seguiu seu caminho para os aposentos de Louis e sorriu para um jovem guarda, que não deveria ter mais que sua idade.

- Boa noite. - ele sorriu. - Sou novo aqui nas Tulherias e o monsieur Louis pediu um copo d'água. Pode me informar onde fica os seus aposentos?

- A terceira porta ao lado esquerdo da escada principal. - respondeu, não vendo problema em ajudar um jovem empregado, embora não tivesse passado pela cabeça do guarda que não tinha como Louis pedir uma água sem falar com alguém.

- Obrigado.

Harry subiu as escadas devagar, impressionado com o luxo do local. Era belo e de estilo clássico, devido à sua construção no século XVI, em pleno Renascimento francês. Não era tão majestoso quanto Versalhes e nem tão iluminado, ele se sentia sufocado no ambiente escuro. Caminhou para o local indicado pelo guarda, bateu na porta, girou a maçaneta e entrou.