16. Mon Soleil

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Oieeeee!

Mais uma att nesse dia que o solzinho faria show em SP, mas devido às circunstâncias... bem, vocês sabem. Se possível, fique em casa para tudo isso passar logo!

Boa leitura❤️

>prestem atenção nas passagens de tempo para não se perderem<

⚜️

França, 1792.

Harry poderia dizer que seu último ano havia sido ótimo, estava vivo e sem ferimentos ou sequelas de algumas lutas que precisou travar com bandidos ao longo dos meses, mas seu coração doía toda vez que pensava em Louis. Seu amado ainda estava no Palácio das Tulherias, bem e vivo, e se correspondiam por cartas sempre que podiam, porém há um ano que não se viam. Styles estava ficando louco, queria ter um momento com seu alfa, poder abraçá-lo e beijá-lo, demonstrar todo o seu carinho, mas não podia.

Guardar aquele amor para si estava ficando insuportavelmente doloroso, tinha medo que as coisas esfriassem entre eles ou que o sentimento simplesmente acabasse. Trocavam cartas indecentes e que certamente seriam indecorosas caso chegasse nas mãos de um terceiro e correrem o risco de serem expostos, mas Harry tinha deixado de se importar com aquilo há muito tempo. Ou pelo menos em partes, porque não tinha coragem de confessar o que sentia para sua família.

Anne o via deprimido alguns dias e até tentou arrancar algo do filho, mas ele simplesmente ficava em silêncio, com o olhar distante e relembrando os momentos com seu alfa. O calor de Louis o envolvendo como uma força protetora, as mãos dele percorrendo seu corpo enquanto estavam unidos em um só, seu olhar quente e amoroso o tranquilizando sem precisar dizer qualquer coisa, seus beijos apaixonados, os toques lascivos e desejosos descendo por sua pele e o acendendo sem esforço, as juras de amor ditas aos sussurros em momentos íntimos... todas as lembranças pareciam dolorosas demais para ele.

Sem contar o cheiro, que certamente o derrubava. Recordar aquele aroma masculino e deliciosamente viril acabava com Harry, principalmente por ele estar perto de seu cio. Não que aquilo o incomodasse, sabia fazer uma mistura de ervas fortes o suficiente para inibir seu cheiro e fazê-lo passar despercebido pelos alfas na rua, mas ainda assim precisava ser saciado, porque não tinha feito uma combinação de plantas que aliviasse todos os sintomas. Então ele ainda sofria a cada três meses para se saciar, mas ficava feliz por ninguém além da sua família perceber isso porque sua gororoba de ervas era boa em esconder o aroma de um ômega no cio, que era bem forte, por sinal.

Desde que começou a se envolver com Louis, nunca passou seu cio com ele. Não porque não quisesse, ele adoraria ter seu alfa o saciando da melhor forma possível, mas sabia que seria impossível. Os dois teriam que estar em um lugar decente, não no meio de uma floresta por cinco dias. Além disso, transar com um alfa durante aquele período significava uma gravidez e Harry não queria pensar na possibilidade naqueles tempos instáveis, muito menos sem estar atado a Louis.

Styles sabia como aquilo funcionava. Um bom casamento, que na época eram as uniões capazes de gerar filhos saudáveis, era respeitado. Um ômega bem casado era ótimo aos olhos da sociedade, mas aquilo não o impedia de ser atacado caso andasse sozinho nas ruas. Não mudava muita coisa, para falar a verdade. Os riscos que Harry corria sendo solteiro seriam os mesmos que se fosse casado, embora caso tivesse uma aliança no dedo as chances de ser defendido e protegido fossem maiores.

Ele queria tanto, tanto. Desejava tanto estar casado com Louis, ser mordido e finalmente marcado pelo seu alfa, pelo homem que amava. Queria passar um cio com ele e receber o seu nó, gerar o seu filho. No entanto, seus sonhos pareciam cada vez mais distantes e aquela Revolução parecia não ter fim.

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