17. Tour du Temple

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Última de hoje!

Boa leitura❤️

⚜️

Harry não aguentava mais ficar sem Louis. Ele queria o alfa mais do que já quis qualquer coisa na vida e ficar longe dele o machucava cada dia mais. Tinha prometido não voltar mais ao Palácio das Tulherias, mas ficava cada vez mais difícil seguir aquilo.

Não era bom que um ômega saísse de casa sozinho. Mais uma vez, a violência e instabilidade tinha se instalado nas ruas de Paris, se um dia chegou a ir embora. Ômegas eram estuprados, pessoas eram roubadas, estabelecimentos saqueados e incendiados e tudo estava de pernas para o ar.

Desde que houve a Jornada de 10 de Agosto, nome pelo qual ficou conhecido o último ataque às Tulherias, a França tinha mergulhado em semanas de instabilidade política que pareciam não ter fim. Se antes já era difícil, tinha se tornado pior porque não sabiam ao certo quem governava o país. Não sabiam se era o rei, que tinha quase nenhum poder, ou se era a Assembléia Nacional Legislativa, que estava chegando ao fim em alguns dias.

Durante essas seis semanas de caos, houve um episódio violento que o deixou aterrorizado. Milhares de prisioneiros tinham sido assassinados nas prisões de Paris por motivos desconhecidos e aquilo deixou o ômega com mais medo ainda. Aquilo tinha recebido o nome de Massacres de Setembro e tinha sido um dia sangrento.

Pessoas continuavam a passar fome, os preços estavam altos devido à guerra que a França ainda travava com Áustria e Prússia e em meio a tudo isso, o Marquês de Lafayette tinha sido capturado por forças austríacas em sua tentativa de fuga para a Holanda, visto que seu destino final seria os Estados Unidos.

- Vai sair? - seu pai perguntou ao vê-lo ajeitar seu casaco grosso e esconder pistolas na barra da calça. Desmond estava sentado em uma cadeira e amassava um pouco de ervas com o pilão. - Essa hora?

Era cerca de nove da noite, não era recomendado que um ômega julgado indefeso pela sociedade saísse sozinho, era considerado indecoroso. Não que ele se importasse, estava armado até os dentes e qualquer um que mexesse com ele levaria bala. Harry olhou para o seu pai e respirou fundo, ajeitando seus cachos sobre os ombros.

- Vou. - disse decidido.

- Você sabe que está tarde e que as ruas estão cheias de bandidos.

- Sei.

- O que vai fazer? - espero ansiosamente foder, pensou em resposta, mas obviamente não disse. O jovem apenas suspirou e crispou os lábios. - Você se tornou uma puta, Harry?

- Não! Não, pai! - balançou a cabeça. - Estou indo à casa de Niall.

- Não abra as pernas para ele.

Indignado com a suposição, Harry saiu de casa e respirou fundo. Olhou para o céu escuro, com a lua brilhando e iluminando seu caminho. A estrada de terra até o centro da cidade estava seca e vazia, embora aquilo era duvidoso porque havia muitas construções que serviam de esconderijos.

Andou apressado por ali, com a mão na pistola, aguardando qualquer ataque. Chegou ao calçamento de Paris, suas botas velhas batendo no chão de pedra, os estabelecimentos estavam todos fechados, com exceção dos bordéis. Ouviu gemidos altos quando passou na frente de um e quase foi puxado para dentro por um velho bêbado, mas deu-lhe uma cotovelada e o beta caiu inconsciente no chão, seu copo cheio de vinho derramando o líquido avermelhado ao se rachar.

Harry franziu o cenho em irritação e o deixou lá, sabia que não estava morto, apenas bêbado demais para se mover, ajudado pela cotovelada forte. Styles subiu degraus mais adiante e bateu insistentemente na porta de madeira, olhando ao redor para garantir que ninguém estivesse o observando. Foi puxado para dentro por Niall e a porta trancada rapidamente depois que passou.

Vive la Vie | Larry Stylinson Onde histórias criam vida. Descubra agora